Lécio Augusto Ramos |
A partir da esq.: Rex Nazaré Alves, Marcio Lacs, o jovem empreendedor Miguel Angelo Gaspar Pinto, Alexandre "Tande" Vieira e Augusto Raupp |
Numa iniciativa inédita, a FAPERJ reunirá, pela primeira vez em sua história, todos os contemplados em um de seus editais num mesmo espaço físico, com toda a infraestrutura necessária que desenvolvam seus projetos num ambiente de coworking – modelo de trabalho que se baseia no compartilhamento de espaço e de recursos de escritório, reunindo pessoas que trabalham não necessariamente para a mesma empresa ou na mesma área de atuação. A partir da segunda metade de junho, um dos prédios do conjunto arquitetônico de três edifícios, no bairro do Catete, na Zona Sul do Rio, um espaço de 1000 m² estará abrigando todos os responsáveis por cerca de cinquenta ideias desenvolvidas por jovens empreendedores na área de tecnologia digital, contemplados pelo edital Apoio à Difusão de Ambiente de Inovação em Tecnologia Digital no Estado do Rio de Janeiro (Start-up Rio).
O programa se destina a projetos na área de tecnologia digital, com apoio de consultores e parceiros do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Rio de Janeiro (Sebrae-RJ), da regional Rio da Associação de Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro-RJ), além de empresas privadas, como Cisco Systems e Intel, entre outras.
Patrimônio da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e cedido ao governo estadual, o prédio onde serão desenvolvidos os projetos sediará o Polo de Inovação em Tecnologia Digital, onde, nos próximos doze meses, os selecionados participarão de um programa de educação em empreendedorismo para concretizar seus sonhos ou mesmo transformá-los em empresas inovadoras. O anúncio foi feito pelo diretor de Tecnologia da FAPERJ, Rex Nazaré Alves, que na ocasião representou o presidente da Fundação, durante cerimônia realizada na manhã desta quinta-feira, 15 de maio, no Palácio Guanabara, sede do governo estadual, para entrega dos termos de outorga aos cinquenta contemplados de um total de 153 projetos enviados à Fundação. O evento contou com a presença de representantes governamentais, empresários da iniciativa privada e de jovens empreendedores.
Lécio Augusto Ramos |
Em seu discurso, Alexandre "Tande" Vieira falou da importância de diversificar a economia e criar uma cultura empreendedora no estado |
Para Rex Nazaré, o programa Start-up Rio transforma o estado em vitrine de exportação para essas futuras empresas, e o inclui no calendário de eventos internacionais. “O estado do Rio de Janeiro não poderia deixar de atuar numa nova cultura de inovação tecnológica, criatividade e empreendedorismo entre os jovens, muitos recém-saídos das universidades e sem experiência anterior na apresentação de projetos para concorrer a editais”, complementou.
Já o secretário de estado de C&T, Alexandre “Tande” Vieira afirmou que o próprio programa é uma start-up, uma política inovadora, uma obra inacabada que deverá ser corrigida ao longo do tempo. “Assim como vocês, jovens empreendedores, estão aprendendo a desenvolver suas ideias, nós também estamos aperfeiçoando a iniciativa. Esse programa é, em primeiro lugar, uma estratégia pensada pelo governo estadual para diversificar nossa economia nos próximos anos e criar uma cultura empreendedora no estado”, destacou o secretário. “No Polo de Inovação em Tecnologia Digital, que está sendo criado, além do espaço voltado para as start-ups, que estará pronto em meados de junho, construiremos uma biblioteca e um anfiteatro. Em 2015, vamos inaugurar, no terceiro prédio, um espaço voltado para empresas da área de biotecnologia”, acrescentou.
Subsecretário de estado de C&T e coordenador do programa Start-up Rio, Augusto Raupp falou sobre a satisfação de, depois de 20 anos do surgimento da Internet no país, de que participou como pesquisador e gestor, ver uma iniciativa concreta que agrega os três segmentos da chamada “hélice tríplice”: governo, empresas e estudantes. “"Pesquiso e trabalho há mais de dez anos com incubadoras de empresas e sei da importância das aceleradoras. Nesse sentido, o governo também tem noção da importância da criação de empresas inovadoras"”, afirmou.
Lécio Augusto Ramos |
Os jovens empreendedores posam para foto junto aos responsáveis pelo programa |
Presidente da regional Rio da Associação de Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro-RJ), Marcio Lacs falou sobre o papel da Tecnologia da Informação (TI) no estado. “A Assespro é a principal associação de TI do país, reunindo 1.500 empresas. Dessas, 250 estão concentradas somente em território fluminense”, lembrou. “Pudemos participar de cada etapa desse programa e vimos, na prática, a confirmação de um discurso que transforma o Rio em referência em inovação no país”, completou.
Por último, o jovem empreendedor Miguel Angelo Gaspar Pinto – que desenvolve um aplicativo voltado para avaliar e identificar os melhores médicos – foi escolhido para receber a outorga em nome dos outros 49 contemplados. Entusiasmado, ele destacou a importância da iniciativa e lembrou das dificuldades de empreender no país. “Esse edital único e inovador permite que realmente se desenvolva a chamada integração entre empresas, estudantes e governo – a chamada tríplice hélice. Sonho contribuir para resolver alguns dos problemas de saúde da população. Com este edital conheci sonhos de outras pessoas, como por exemplo, os de quem viaja e tem cachorro, das filas nos supermercados, de saber os horários dos ônibus”, afirmou. E acrescentou: “Há uns dois anos, fiz palestra num evento falando sobre as dificuldades de tirar do papel e transformar em realidade nossas ideias. Esse programa promete exatamente isso, acabar com o vácuo entre sonho e realidade”, concluiu.
Página Inicial | Mapa do site | Central de Atendimento | Créditos | Dúvidas frequentes