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Publicado em: 15/08/2013
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Das pontas dos dedos à genética: impressão digital indica aptidão esportiva

Danielle Kiffer

 Divulgação

      
 Leonardo realiza análise dermatoglífica em um jovem: desenhos
       das digitais indicarão suas predisposições genéticas 

A impressão digital é uma marca de identidade única. Mas os pesquisadores descobriram que pelas pontas dos dedos se pode também conhecer a predisposição genética que indica as principais aptidões esportivas de uma pessoa. Isso pode ser feito por um exame simples e não invasivo, a chamada análise dermatoglífica. Pelo escaneamento e análise dos desenhos formados pelas digitais dos dedos das mãos, o professor de educação física Leonardo Basilio Caetano tem encaminhado crianças do ensino médio e fundamental de escolas públicas e municipais de Campos, da região norte fluminense do Rio de Janeiro, para a prática dos esportes para os quais elas mostram mais vocação. O estudo teve recursos da FAPERJ pelo edital de Apoio ao Desenvolvimento de Inovações no Esporte no Rio de Janeiro.

Força, velocidade, resistência, coordenação motora e potência. Essas cinco variáveis, indicadas pela análise dermatoglífica, podem ser determinadas pela análise do desenho das características de cada digital. Ou seja, cada uma delas é constituída de arco, que indica basicamente força; presilha, que aponta para velocidade; e verticilo, que indica coordenação motora. Essas variáveis aparecem em três níveis – baixo, médio e alto –, mostrando a aptidão de cada um. O exame também mostra a lateralidade predominante, indicando se o indivíduo é potencialmente destro, canhoto ou ambidestro. Em cima desses resultados, o professor de Educação Física faz a avaliação e a indicação do esporte ideal para aquela criança ou adulto que está sendo analisado. Para isso, Leonardo emprega o sistema desenvolvido pelo pesquisador Rudy Nodari Júnior, da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc) e faz uso de um banco de dados com perfil dermatoglífico de atletas brasileiros e estrangeiros para servir como base de referência em suas análises.

Mas além da dermatoglifia, é imprescindível realizar também uma análise morfológica, antes de se chegar a uma indicação de esporte adequado para aquele indivíduo. "As características físicas são igualmente importantes para uma verdadeira avaliação. Às vezes, o tipo físico daquela pessoa não condiz com sua vocação genética." Nesses casos, é necessário adequar as características e potencialidades a uma prática esportiva. "Quando, por exemplo, analisamos um jovem com o perfil dermatoglífico de um jogador de vôlei, mas vemos que ele é baixo e seus pais também têm baixa estatura, e que esse é o único esporte disponível em sua rotina, procuramos adequar o treinamento", afirma. Essa adequação é feita junto ao treinador, para que ele estimule o jovem de acordo com suas potencialidades. "Mesmo não tendo o perfil físico adequado à prática de determinado esporte, é importante que a criança não perca o incentivo nos treinos."

Em seu trabalho com os jovens de Campos de Goytacazes, Leonardo também conversa com os pais ou responsáveis de cada criança para averiguar qual é sua rotina. E procura verificar a oferta de esportes no bairro em que o jovem mora. "Não dá para indicar uma prática esportiva que não se enquadre na realidade do estudante", relata. Ele se orgulha dos exemplos bem-sucedidos. Como o caso da judoca Karen Rodrigues, hoje com 21 anos e campeã estadual de judô. "Ela fez a análise dermatoglífica comigo aos 19 anos e hoje se destaca na prática esportiva. Ela é apenas um de muitos exemplos de jovens que se dedicam ao esporte para o qual têm verdadeira aptidão."

A análise dermatoglífica pode ainda ser empregada para indicação de treinamento para adultos que procuram o professor de educação física. O resultado da análise serve para um melhor aproveitamento da atividade física, de acordo com o objetivo de cada um. "Se alguém quer perder peso, tem pouca tendência para velocidade e resistência, mas tem alto nível de força e coordenação, aconselho um exercício que priorize musculação e treinamentos funcionais, já que os exercícios aeróbicos não são seu forte. Ao contrário do que se pensa, não é apenas com exercícios aeróbicos que se emagrece, mas dependendo da pessoa e de suas potencialidades, pode haver maior perda de peso com exercícios focados na musculação, por exemplo", detalha.

O professor de educação física pretende expandir o trabalho com crianças e jovens de todo o estado. "É uma forma de estímulo ao esporte, já que cada um será indicado ao esporte para o qual tenha maior potencialidade, adequação que contribuirá para seu rápido desenvolvimento. Podemos formar, desta forma, muitos futuros campeões", finaliza.

 

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