Divulgação/Governo Federal |
Para os pesquisadores, a falta de estudos e indicadores é um grande obstáculo ao planejamento e avaliação dos impactos do turismo |
Para os pesquisadores, a falta de estudos, pesquisas e indicadores que possam orientar gestores públicos e privados é um grande obstáculo ao planejamento e avaliação dos impactos do turismo no estado. Assim, a equipe coordenada por Osíris Marques, que conta com professores e estudantes de turismo, hotelaria e administração, desde o último domingo, 16 de junho, vem desenvolvendo, em tempo real, uma pesquisa com os turistas que vieram assistir à Copa das Confederações. “Estamos realizando 400 entrevistas no entorno do Maracanã, além de outras 100 com jornalistas que cobrirão o evento, para traçar o perfil dos turistas nacionais e estrangeiros, quanto aos gastos com hotelaria, alimentação, transporte, telecomunicações e compras. A ideia é de que possamos apresentar ao empresariado e ao poder público um panorama do impacto desses visitantes sobre a cadeia produtiva da cidade”, explica Marques. “Temos dez alunos treinados aplicando um questionário em tablets e um software de aferição de dados e resultados on-line e em tempo real, o que nos dará rapidez para que, no máximo em uma semana após o evento, já possamos divulgar o resultado”, acrescenta.
Segundo Tomé, o maior problema de infraestrutura na cidade do Rio de Janeiro se refere à questão dos transportes. “Nossa mobilidade urbana é incapaz de responder de maneira eficiente até mesmo ao cotidiano da população. Imagine, então, com o fluxo dos turistas que estarão chegando”, questiona o pesquisador. Ele explica que, por enquanto, a solução encontrada pelos governantes foi decretar feriado ou ponto facultativo durante os eventos. “A recomendação é para que as pessoas fiquem em casa e só saiam às ruas se for extremamente necessário, evitando maiores transtornos”, fala.
Divulgação/UFF |
João Evangelista (E), Osíris Marques e Marcello Tomé coordenam o Observatório do Turismo do Rio de Janeiro |
Outra pesquisa será feita em parceria com a Secretaria Estadual de Turismo (Setur) e levantará o perfil dos taxistas da cidade do Rio de Janeiro. “Verificaremos o nível de qualificação e de informação desses profissionais, suas maiores carências, principais demandas e seu nível de conhecimento em relação à cidade”, explicam os pesquisadores. Segundo eles, a ideia é utilizar os dados para subsidiar programas e políticas públicas para qualificar a categoria.
Nos próximos 30 dias, o site do Observatório do Turismo do Rio de Janeiro estará no ar e já deverá trazer os resultados da pesquisa realizada durante a Copa das Confederações. “Além de um canal de interlocução junto à população, ao poder público e ao empresariado, no qual apresentaremos os resultados de nosso trabalho, o site exibirá ainda um boletim eletrônico com os resultados de nossas pesquisas, que a princípio será semestral, mas, até 2015, deverá tornar-se trimestral”, afirma Marcello Tomé. O pesquisador destaca ainda que a página eletrônica reunirá entrevistas com importantes figuras do empresariado fluminense e nacional sobre o turismo. Em tempos de manifestações por melhores condições de saúde, educação e ética no país, qualquer iniciativa que busque incentivar o turismo de maneira a contribuir para a melhoria de vida da população, com certeza, é muito bem-vinda...
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