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Publicado em: 17/09/2009
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Mudas certificadas podem triplicar a produção de cítricos no estado

Danielle Kiffer

 Fotos: Divulgação/CitroRio

            

        Na estufa protegida, mudas de citros prontas para receber enxerto

Frutas maiores, mais saudáveis e com crescimento mais rápido. É o que garante a empresa CitroRio, que tem capacidade de produção de cerca de 60 mil mudas de frutas cítricas e 120 mil de bananas por ano, quantidade suficiente para abastecer o estado do Rio de Janeiro. A empresa também produz mudas de atemóia, goiaba, fruta do conde, e hortaliças, como quiabo, tomate e pimentão. Tudo em estufas inteiramente cobertas com telas anti-afídeo, que impedem a entrada de ácaros e insetos, e permitem que as plantas cresçam em ambiente propício, sem grandes variações de temperatura, umidade e luminosidade, independente do clima externo. 

Com o apoio da FAPERJ, por meio do edital Rio Inovação, a empresa produz mudas certificadas de vários tipos. Em três mil metros quadrados de estufas, com piso completamente revestido por brita, a irrigação das plantas é programada de acordo com a necessidade de cada espécie. "Uma das grandes vantagens deste tipo de produção é que elas se desenvolvem em ambiente protegido, em que utilizamos substrato orgânico e esterilizado e água proveniente de poço artesiano. Tudo isso previne o aparecimento de pragas, fungos, bactérias e nematóides em nosso material. As mudas crescem em um prazo mais rápido, e exigem pouca utilização de agroquímicos", afirma um dos sócios da empresa, Cesare Pace, engenheiro agrônomo e professor aposentado de fruticultura da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

"Todo material vegetal utilizado na produção de nossas mudas é proveniente de matrizes certificadas de procedência conhecida, laboratórios idôneos e registrados", garante o engenheiro. No caso de banana e abacaxi, o cultivo começa em laboratório, onde é feita a micropropagação, ou seja desenvolvimento de mudas a partir da cultura de tecido de plantas geneticanente saudáveis e resistentes. Com os cítricos, a produção é feita a partir de sementes de qualidade já comprovada, das quais são tirados "cavalos" que servirão de base para futuros enxertos. O resultado são mudas mais resistentes e de melhor qualidade genética, que numa segunda etapa, serão levadas às estufas, onde permanecerão até atingir o tamanho de plantio definitivo no campo. As hortaliças também são produzidas através de semente melhoradas e mais tarde transportadas para as estufas, onde completam seu desenvolvimento. "Quando a muda chega a 40cm de altura, atinge o tamanho padrão para a comercialização, o que garante ao produtor maior facilidade de plantio, melhor pegamento no local definitivo e maior rapidez na implantação da cultura", explica Cesare.

               
     Mudas de mangueira em desenvolvimento dentro de estufa 
Acomodadas em bancadas confeccionadas em madeira e tela, instaladas em uma altura mínima que garanta a perfeita aeração na parte inferior e boa distribuição dos recipientes propagativos, as mudas se desenvolvem evitando o contato com o solo. Em geral, elas irão abastecer agricultores que desenvolvem programas financiados pelo governo do estado, projetos de agricultura familiar ou produtores particulares.

De acordo com Cesare Pace, uma das vantagens das mudas certificadas é o aumento da produção. No Rio de Janeiro, por exemplo, a média de produção de laranjas, em geral, é de meia caixa por pé a cada ano. Com as mudas certificadas, produz-se, no mínimo, de três a quatro caixas no mesmo período. "O estado ainda bem está abaixo da média nacional, que, neste caso, é de seis caixas de laranja por pé ao ano. Mas com a propagação das mudas certificadas, acredito que possamos alcançar esse número em alguns anos", compara o engenheiro. E completa: "Estamos nos preocupando com todos os detalhes técnicos para produzir nossas mudas e, desta forma, garantir ao produtor frutas e hortaliças de altíssima qualidade."

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