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Publicado em: 03/07/2008
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Grupos emergentes na pesquisa recebem apoio da FAPERJ

Uma geração de pesquisadores que caminha para ocupar a liderança em suas respectivas áreas de atuação acaba de receber um importante impulso da FAPERJ. A Fundação anunciou nesta quinta-feira, dia 3 de julho, a lista de contemplados no edital Apoio a Grupos Emergentes de Pesquisa no Estado do Rio de Janeiro. O resultado, divulgado exatos três meses após o anúncio do lançamento do edital, lista os 101 projetos selecionados pela comissão avaliadora encarregada de julgar as propostas.

A relação dos aprovados contempla um total de 19 instituições de pesquisa e ensino sediadas no estado. A iniciativa, inédita, de apoiar grupos em ascensão, foi recebida com entusiasmo por pesquisadores de renome da comunidade científica fluminense (confira algumas opiniões abaixo). O programa, com dotação de R$ 20 milhões, tem por objetivo apoiar o desenvolvimento de atividades de pesquisa científica, tecnológica e de inovação por grupos de pesquisa considerados emergentes (doutores com até dez anos de formado).

Na lista dos projetos aprovados, a instituição com o maior número de projetos contemplados foi a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com 39, seguida da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), com 18. A Universidade Federal Fluminense (UFF), com 12, foi a terceira com o maior número de propostas aceitas, seguida pela Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ambas com seis. As demais instituições contempladas foram: Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio), Instituto Militar de Engenharia (IME), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnem), Embrapa, Instituto de Pesquisas Jardim Botânico (IPJB), Cefet-Química, Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), Universidade Salgado de Oliveira (USO), Fundação Getúlio Vargas (FGV), Universidade Estácio de Sá (Unesa), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), Instituto Nacional do Câncer (Inca) e Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa).

O presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Jacob Palis, elogia a decisão da FAPERJ de destinar parte dos recursos reservados à pesquisa para segmentos jovens da ciência no estado. "Acho que é mais uma iniciativa da Fundação na direção certa. É muito estratégico investir nos jovens, e a criação desse novo programa merece todos os aplausos da comunidade científica", disse. "O futuro está com os jovens, ousados, independentes, pois é assim que se constituirá uma sólida estrutura de C&T no Rio de Janeiro do futuro", avaliou o cientista, agraciado no mês de junho com mais uma condecoração, desta vez o Prêmio Internacional Tartufari para Matemática, atribuído pela Accademia Nazionale dei Lincei, da Itália.

O edital reúne diversas características dos chamados programas cooperativos, com inúmeros temas de pesquisa, que juntam, sob um mesmo teto, a expertise de diferentes laboratórios e instituições, dando um caráter multidisciplinar à iniciativa. "Na trajetória profissional e acadêmica dos pesquisadores, é comum constatar que, em um momento ou outro, os pós-graduandos, mestres e doutores dependem da chancela de outros, mais experientes, para poder captar recursos para suas pesquisas. Este edital abre uma importante oportunidade para a renovação desses grupos de pesquisadores, em nível intermediário ou emergente", opina o diretor científico da FAPERJ, Jerson Lima. Já para o professor e diretor do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ, Roberto Lent, é "essencial" destinar recursos para grupos de pesquisa que estão se sobressaindo. "A tradição, ao longo dos últimos anos, talvez em razão da lógica da carência de recursos, era investir em pesquisadores mais velhos, com uma carreira já consolidada", diz o neurocientista. "A questão é que com isso não se renova a frota. Pessoalmente, acredito que mesmo quando há poucos recursos, acho importante que parte deles seja reservada aos mais jovens".

Para Walter Zin, professor de Fisiologia do Instituto de Biofísica da UFRJ, a medida é importante porque vai ao encontro às necessidades de um conjunto de pessoas que já mostraram seu valor e almejam um lugar como novos expoentes da ciência, mas que nem sempre recebem a atenção devida. "É uma providência importante porque esse segmento da ciência é, com freqüência, meio esquecido. São pesquisadores que, estando ainda no início da carreira, raramente são atendidos de forma adequada", diz o médico. "Editais como esse vêm preencher uma lacuna no apoio a esses pesquisadores que não raro enfrentam dificuldades para ter acesso às linhas de fomento mais tradicionais."

O diretor presidente da FAPERJ, Ruy Garcia Marques, fala com entusiasmo deste programa: "É indispensável que se dirija um olhar diferenciado para os jovens e promissores pesquisadores do nosso Estado. No ano de 2007, o edital Pensa Rio possibilitou o fomento à pesquisa por grupos já consolidados, que mais freqüentemente obtêm recursos também de outras agências. Agora, com este edital, se propicia exclusivamente a grupos emergentes de pesquisa, com projetos de reconhecido mérito, o acesso ao sistema de fomento, com recursos superiores aos habitualmente destinados. Outras iniciativas similares devem ser encorajadas."

Outro pesquisador de renome que recebeu com satisfação o anúncio do edital foi Francisco Sampaio, professor titular da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e coordenador da área de Medicina III da Capes (MEC): "É com grande alegria que tomo conhecimento da divulgação dos resultados desse edital. Hoje, já considerado um pesquisador sênior, relembro que durante muitos anos tive projetos negados pelas principais agências de fomento à pesquisa, simplesmente com a justificativa de que éramos grupos emergentes, e que precisávamos estar consolidados para merecer o fomento solicitado", lembra. "Sempre protestei, sem resultado. Assim, passamos muitos anos recebendo pouco ou quase nenhum fomento. Esta nova modalidade mostrou sensibilidade da diretoria da FAPERJ para assunto tão importante, que é impulsionar os grupos emergentes. A comunidade científica do Rio está em festa pelos jovens pesquisadores".

Os recursos, a serem pagos em duas parcelas, irão atender a duas faixas, de acordo com o montante solicitado. Na primeira, o montante a ser disponibilizado é de R$ 200 mil a R$ 400 mil, em projetos que reúnem um mínimo de sete pesquisadores; na outra faixa, com valor inferior ou igual a R$ 200 mil, os grupos devem contar com quatro ou mais pesquisadores. Nos dois casos, os pesquisadores obtiveram o grau de doutor há no máximo dez anos e, os coordenadores dos projetos tiveram, ao menos, uma orientação de mestrado concluída.

Confira a lista dos contemplados: Resultado do Apoio a Grupos Emergentes de Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro

Veja aqui a relação completa de editais lançados em 2008.

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