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Publicado em: 13/09/2012
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Escritório modelo na Uerj oferece prática em tradução aos alunos de Letras

Débora Motta

 

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      A intensa troca de informações entre as nações 
      coloca a profissão de tradutor em alta no mercado

A profissão de tradutor está em alta no mercado de trabalho. A realização de grandes eventos internacionais no País, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, ajuda a colocar o Brasil no centro das atenções e a aumentar a demanda por esse profissional, extremamente requisitado em um mundo que exige intensa troca de informações entre as nações. Para oferecer aos alunos de Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) a oportunidade de estagiar na área, a Cientista do Nosso Estado, da FAPERJ, Maria Aparecida Salgueiro, se engajou na criação de um escritório modelo de tradução na instituição. A infraestrutura do escritório foi contemplada pela Fundação, com os editais Apoio a Extensão ao Ensino e à Pesquisa e Apoio às Universidades Estaduais.

De acordo com a professora e coordenadora da iniciativa, o escritório modelo, que recebeu o nome da poetisa carioca Ana Cristina César (1952-1983), conta com o trabalho de estagiários de Letras da Uerj, sempre supervisionados por professores especializados. No local, a equipe oferece serviços de tradução para o inglês, francês, espanhol, italiano e alemão, e, em breve, japonês e grego moderno. “O escritório foi criado em 1999, para suprir a necessidade de tradução de textos do português para diversas línguas estrangeiras, e vice-versa, de vários institutos da Uerj, das mais diversas áreas do conhecimento”, conta Maria Aparecida.

 

O estabelecimento do escritório modelo trouxe vantagens para além do serviço de tradução profissional, que contempla a produção acadêmica da universidade e de fora da Uerj, em perspectiva extensionista. As atividades desenvolvidas no escritório atendem ao tripé ensino, pesquisa e extensão. “Em relação ao ensino, a implantação do escritório teve como desdobramento a criação das disciplinas eletivas específicas na área de tradução, denominadas Introdução aos Estudos de Tradução I e II. Elas entraram nas grades curriculares dos cursos de Letras, com habilitações em inglês, francês, espanhol, italiano e alemão”, destaca a coordenadora do projeto.   

 

A pesquisa em Letras na Uerj também ganhou novos contornos com o projeto, em estreita relação com o programa de pós-graduação. Junto com o Centro de Produção (Cepuerj), onde os alunos e professores dedicam-se à prática de traduzir, o escritório modelo conta com o Centro de Pesquisa e Planejamento – Estudos Interculturais. “O centro, que promove a pesquisa em tradução, abriu novas perspectivas para os estudos do curso de Letras da universidade. Ele ajudou a inserir o corpo docente em novos campos da produção acadêmica, com a produção de artigos na área e a participação em congressos em tradução”, explica ela, citando parcerias internacionais com universidades de ponta, como as de Varsóvia, de Londres e o Dartmouth College, nos Estados Unidos, para troca de informações acadêmicas. Esta última pertence ao grupo das Ivy Leagues, isto é, as oito instituições mais tradicionais e de maior prestígio naquele país. 

 

   Divulgação
        
 A coordenadora do escritório modelo de tradução da Uerj, Maria
 Aparecida Salgueiro: pioneirismo entre as universidades públicas   
 

Especializada ainda em literaturas afroamericana e afrobrasileira, Maria Aparecida desenvolve, no Centro de Estudos Interculturais, pesquisas sobre as obras de escritoras representantes da literatura negra dos Estados Unidos, entre elas Toni Morrison e Alice Walker, e em perspectiva comparada, do Brasil, como Conceição Evaristo e Miriam Alves.

Além das pesquisas coordenadas por ela, outro destaque do Centro é um grupo de pesquisa na área de tradução que já teve vários de seus produtos publicados no exterior, como as dissertações de Rodrigo Alva e da doutoranda Renata Thiago Pontes, ambos da Uerj; e da doutoranda Marcela Iochem Valente, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

 

De acordo com Maria Aparecida, que é professora do Departamento de Línguas Anglo Germânicas do Instituto de Letras da universidade, o apoio da Fundação ao escritório modelo foi fundamental para melhorar a infraestrutura local e dar continuidade ao projeto. “O  apoio da FAPERJ foi decisivo. O escritório foi montado com verba da Uerj em 1999, mas depois era necessário mantê-lo e atualizar a bibliografia, além de adquirir computadores e softwares. Isso foi possível com o apoio da Fundação”, conta a coordenadora. “O tradutor, no Brasil, ainda carece de reconhecimento profissional e a Uerj foi pioneira na área entre as universidades públicas do estado do Rio de Janeiro”, justifica.

 

Além da coordenadora e pesquisadora Maria Aparecida Salgueiro, a equipe do escritório modelo de tradução da Uerj é formada por docentes supervisores e bolsistas, como Anna Carolina Caramuru, bolsista de apoio técnico e mestre pela Uerj em Teoria da Literatura e Literatura Comparada; a pós-doutoranda com bolsa Apoio ao Pós-Doutorado (PAPDRJ) Susana Fuentes; e a bolsista do programa de Treinamento e Capacitação Técnica (TCT), da FAPERJ, Aline Deyques.

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