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Publicado em: 29/03/2012
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Projeto avalia as características nutricionais da manteiga enriquecida com CLA

Débora Motta

 

                                                                   Divulgação
        
   Manteiga enriquecida com CLA pode ser, no futuro,
   uma aliada na prevenção de doenças cardiovasculares 

   
Uma substância química contida naturalmente nos alimentos derivados de leite e nas carnes de animais ruminantes, mas especialmente concentrada na manteiga, vem despertando a atenção dos pesquisadores em diversos países. Trata-se do ácido linoléico conjugado (CLA, na sigla em inglês) – um tipo de gordura insaturada. Ele está na mira dos cientistas por seus possíveis efeitos na redução do tecido adiposo, contra doenças cardiovasculares e até contra o câncer. No Rio, um projeto coordenado pela engenheira de alimentos Rosemar Antoniassi, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Agroindústria de Alimentos), propõe avaliar a qualidade nutricional da manteiga enriquecida com CLA.

 

O objetivo da pesquisa, contemplada pela FAPERJ com o edital de Apoio às Instituições de Ensino e Pesquisa Sediadas no Estado do Rio de Janeiro, é analisar as propriedades da manteiga produzida a partir da gordura de leite enriquecida com CLA. Essa gordura é proveniente da Embrapa Gado de Leite, em Juiz de Fora. Na instituição mineira, pesquisadores parceiros do projeto manipulam a dieta de vacas mestiças, pela adição de óleos vegetais ricos em ácido linoléico à ração. Tudo para oferecer uma alimentação capaz de aumentar a concentração de CLA no leite produzido pelas vacas.

 

“A primeira etapa do projeto é testar uma alimentação para o rebanho que seja eficaz para favorecer o enriquecimento do leite com o CLA, em uma quantidade maior e mais adequada para que ele traga benefícios à saúde”, conta Rosemar. Além de aumentar a concentração do CLA, a dieta do gado torna toda a gordura do leite mais balanceada. “A dieta oferecida às vacas também modifica o perfil dos ácidos graxos saturados do leite, associados à ocorrência de doenças cardiovasculares”, completa.

 

A segunda etapa do estudo está em curso no Laboratório de “leos Graxos da Embrapa Agroindústria de Alimentos, em Guaratiba, zona oeste do Rio. Lá, a equipe coordenada pela pesquisadora Rosemar Antoniassi prepara a manteiga – com a gordura enriquecida com CLA proveniente da Embrapa Gado de Leite – e vem fazendo um trabalho de análise química e nutricional do produto. “Estamos avaliando a composição da manteiga, quantificando os ácidos graxos, os teores de CLA e de colesterol, e também testando a estabilidade oxidativa da manteiga, isto é, a durabilidade que a manteiga enriquecida com CLA teria se chegasse às prateleiras dos mercados”, detalha.

 

 Divulgação
   
 Cromatógrafo gasoso: equipamento da Embrapa serve    
 para a análise de ácidos graxos da manteiga com CLA
  

Os resultados preliminares da pesquisa, até o momento, são positivos. “Com a dieta oferecida ao rebanho, foi possível aumentar a concentração de CLA na gordura do leite de bovinos para cerca de 2%. Em contrapartida, as vacas que recebem uma alimentação tradicional apresentam apenas cerca de 0,2% de CLA no seu leite”, compara Rosemar. Segundo a pesquisadora, a escolha da manteiga para ser o alimento enriquecido a ser testado deve-se à sua grande capacidade de concentrar o CLA. “A manteiga tem um teor bem maior de CLA do que o leite, que apresenta o CLA diluído”, explica.   

 

Por enquanto, os testes estão sendo realizados em escala laboratorial. Mas para a engenheira de alimentos, a pesquisa antecipa uma tendência de mercado. “Embora a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, ainda não permita a atribuição de propriedades funcionais ao CLA nos produtos alimentícios nacionais, é comum na Europa a comercialização de diversos produtos lácteos enriquecidos com CLA. Essa tendência deve se repetir no Brasil, no futuro”, aposta Rosemar, sem esquecer de citar o apoio da FAPERJ para a compra de equipamentos e insumos ao Laboratório de “leos Graxos da Embrapa Agroindústria de Alimentos.
  

Além de Rosemar Antoniassi, participam do projeto os pesquisadores Fernando César Lopes e Marco Antonio S. Gama, da Embrapa Gado de Leite, que são especialistas nos ensaios com vacas leiteiras, e os especialistas nas análises químicas Humberto Bizzo R. Bizzo e Adelia F. Faria-Machado, da Embrapa Agroindústria de Alimentos.

 

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