Vinicius Zepeda |
Ladeado à direita por Luis Antonio Elias, e à esquerda por Alexandre |
Ao evento também estiveram presentes o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação em exercício, Luis Antonio Rodrigues Elias, os secretários estadual e municipal de C&T, Alexandre Cardoso e Franklin Coelho, respectivamente, o presidente da Academia Nacional de Medicina (ANM), Marcos Moraes, o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Guimarães, o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Glauco Arbix, o reitor do Centro Universitário da Zona Oeste (Uezo), Roberto Soares de Moura, diretor do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), César Camacho, o presidente da FAPERJ, Ruy Garcia Marques, e os diretores Científico, Jerson Lima Silva, de Tecnologia, Rex Nazaré Alves, além de dirigentes de universidades, acadêmicos da ABC e outros membros da comunidade científica. A cerimônia teve início com a exibição de um vídeo, mostrando as instalações do prédio e falando sobre as características futuras que terá.
Para Luiz Antonio Rodrigues Elias, que representou o ministro de C,T&I, Marco Antonio Raupp, o evento significava uma dupla emoção. "Primeiro, por ser carioca e ter a expectativa de ver aquela área do Centro do Rio, significativamente cultural, ser tomada pela ciência. Aliás, como diz o ministro Marco Antonio Raupp, que está em viagem no exterior com a presidenta Dilma Roussef, a sociedade do futuro é a sociedade do conhecimento. E a futura sede da ABC concretizará esse lema para a realidade carioca." Elias ainda destacou a importância do crescimento da ciência no Rio de Janeiro: em 2000, o estado contava com sete mil pesquisadores e, hoje, são quase 20 mil. "Só se faz inovação se houver conhecimento, e conhecimento se dá a partir da ciência feita dentro das universidades." Segundo o ministro em exercício, o governador Sérgio Cabral tem sido parceiro do ministério em implementar políticas públicas que impulsionem a área de C&T no estado, da mesma forma que o secretário Alexandre Cardoso e o presidente da FAPERJ, Ruy Marques. Um estreitamento de relações entre as esferas federal, estadual e municipal que se revela nos investimentos recebidos pelo estado.
Ao fazer a entrega da chave simbólica ao presidente da ABC, o governador Sérgio Cabral também citou números. Como o salto na arrecadação estadual, que passou dos 27 bilhões, em 2007, para os atuais R$ 65 bilhões, a partir de investimentos na qualificação dos membros do governo e na renovação da máquina pública de arrecadação, com a realização de concursos e a contratação de novos auditores da receita. "Estamos tendo sucesso na revitalização do estado, depois de 30 anos de abandono." Um dos exemplos citados pelo governador foi a própria secretaria de C&T, recuperada com a chegada de Alexandre Cardoso, os investimentos de 2% da receita líquida do estado na ciência. "Isso significou até agora um montante de quase R$ 2 bilhões para pesquisas, que têm sido geridos de forma transparente pela FAPERJ."
Para realizar a reforma da futura sede da ABC, o governador lembrou de igual situação por que passou o Theatro Municipal, às vésperas de completar 100 anos. "Convidamos empresários fluminenses para um café da manhã no pior lugar do teatro e passamos o chapéu", admitiu Sérgio Cabral, que pretende fazer a mesma coisa para a reforma do prédio da ABC. "Como presidente da comissão de captação de recursos, tenho certeza de que não vão faltar empresas com espírito cívico para contribuir. E vamos lançar mão de todos os incentivos para esta captação, seja lei Rouanet, lei do ICMS, o que for", garantiu.
Lembrando o título conferido pela ABC ao governador Sérgio Cabral como ‘governador da ciência’, o secretário Alexandre Cardoso atribuiu o bom desempenho do estado na área de C&T à atitude republicana de Cabral de investir no setor e não interferir na gestão dos recursos. "Em 2007, ano que marcou a ciência no Rio de Janeiro, a média de orçamento da FAPERJ, órgão de fomento à pesquisa fluminense, andava na casa dos R$ 90, R$ 100 milhões. Agora, em 2011, esse orçamento chegou a quase R$ 380 milhões. Com isso, a FAPERJ passou a ser citada como exemplo no país inteiro", elogiou Cardoso. E prosseguiu: "E coroamos todo esse bom momento com a mudança da sede da ABC."
Divulgação / ABC |
A fachada da entrada da futura sede da ABC exibe os portões com detalhes esculpidos em bronze |
Prédio tombado por seu estilo arquitetônico
A futura sede da ABC ocupará um prédio de arquitetura eclética, construído por Lambert Riedlinger, que trouxe para o Brasil a técnica do uso do concreto armado, novidade naqueles idos de 1924, quando a obra foi iniciada. A empresa de Riedlinger foi também responsável pela construção dos hotéis Glória e Copacabana Palace e do edifício do jornal A Noite. Ao ser inaugurado, dois anos mais tarde, o prédio erguido para ser a sede do Banco Transatlântico Alemão apresentava sete andares escalonados, com embasamento em granito e os mais modernos equipamentos disponíveis à época: ar-condicionado, elevadores e um moderno cofre Panzer, que depois da reforma será um espaço dedicado a exposições. A edificação ostenta materiais nobres, como mármores de Carrara, madeira de lei e maçanetas de bronze, e exibe tanto na fachada quanto em seu interior, ornamentos esculpidos, mosaicos, rendilhados de ferro e diversos outros detalhes, reunindo na mesma construção elementos do art nouveau e do art deco. Seu valor estilístico e arquitetônico lhe valeu o tombamento pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), em 2001.
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