Vinicius Zepeda
Fotos de divulgação |
Prensa faz cortes geométricos em resíduos de granito |
Coordenado por Geison Carvalho Demier, diretor-presidente da Marmoraria Rio Bonito (Marb), o projeto vem sendo desenvolvido há pouco mais de dois anos. “Com o apoio da FAPERJ, fizemos obras no terreno, que conta com um galpão principal, onde está instalado o maquinário: um britador de mandíbula e uma prensa para cortes de resíduos de granito em figuras geométricas, além de um tanque de decantação para retirar uma espécie de goma gerada pelos rejeitos que seria jogada nos rios sem tratamento algum”, afirma. No caso da goma, ela é transformada em pré-moldados, como blocos e bloquetes de cimento. “Também comercializamos brita comercial – espécie de pedrinhas para fins de paisagismo e decoração – e gratina –piso feito com vários fragmentos de granito”, destaca.
O processo de reaproveitamento gera um cascalho, que é transformado em brita; pó e pedriscos viram blocos e bloquetes de cimento; e o caco, que é separado na prensa para cortes geométricos, se transforma em mosaicos e faixas decorativas. “A mistura de cascalho, pó e pedriscos vira uma espécie de placa estruturada que serve como piso. O material é facilmente fixado apenas com uso de areia e resulta num piso mais permeável”, afirma Geison. Ele destaca ainda o tanque de decantação como uma vantagem ambiental do projeto. Segundo o diretor-presidente da Marb, como Rio Bonito é uma região de chuvas constantes, entre os meses de janeiro a março de cada ano, toda a água ali utilizada é proveniente das chuvas – o que evita o desgaste dos lençóis freáticos da região. “Depois desse período ou no caso de uma estiagem prolongada de mais de dois meses, uma parte é reutilizada e misturada com a água de poços semiartesianos”, acrescenta.
Espécie de mosaico formado por pedaços de mármore e granito |
A área de 10 mil metros quadrados onde está instalada a Marb conta, além do espaço comercial para venda de produtos da empresa, com um galpão principal onde estão instaladas as máquinas, o tanque de decantação, e um galpão menor onde irá funcionar uma marmoraria escola, desenvolvida sob a supervisão do Inetep-DF, onde trabalharão trinta funcionários e dez alunos. “O espaço servirá tanto para formar empregados aptos a trabalhar com os resíduos esses quanto na capacitação de marmoraristas”, afirma Sidinei. A capacitação será ministrada pelo pesquisador Francisco Kallil, que atuará como instrutor dos futuros profissionais.
No momento, o projeto contempla apenas os resíduos da Marb, que gera cerca de 240 toneladas por ano. Porém, com mais de trinta anos de trabalho e conhecimento do setor, Geison Demier espera rapidamente contatar empresas próximas que não sabem o que fazer com seus rejeitos. “Estamos criando uma espécie de ecoponto para tentar atender as empresas que se situem num raio de até
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