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Publicado em: 03/02/2011
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Terra: volte no tempo e sinta suas transformações

Vinicius Zepeda

 Divulgação

          
     Pegadas de dinossauro estão
      entre as atrações da mostra


Você já imaginou como seria se pudesse voltar no tempo, presenciar e sentir por meio do tato, olfato, visão, audição e paladar como era  o planeta Terra há bilhões de anos? Poder vivenciar a sensação de acompanhar as principais transformações do nosso planeta? Estas situações poderão ser vividas por quem visitar a Casa da Ciência, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a partir da próxima terça-feira, 8 de fevereiro, com entrada franca, quando será inaugurada a exposição Sensações do Passado Geológico da Terra. "Diferente das exposições mais comuns, onde o visitante é convidado somentes a observar objetos, nesta, de caráter imersivo, ele será convidado a vivenciar diferentes sensações. Através de modernos recursos tecnológicos, por exemplo, ele se sentirá como se estivesse em um terremoto, com o chão tremendo embaixo de seus pés, e escutando os sons e os ruídos deste fenômeno", afirma o paleontólogo e pesquisador da UFRJ Ismar de Souza Carvalho, curador da mostra. A iniciativa conta com apoio da FAPERJ por meio do programa de Auxílio à Organização de Eventos (APQ 2).

Nos diversos ambiente que compõem a mostra, o espectador é convidado a dar um passeio pela evolução do tempo geológico da Terra, desde o surgimento do homem como nós o conhecemos – o chamado Homo sapiens – até os dias atuais. Rochas de diferentes épocas também estarão expostas. "Sais presentes na composição das rochas que existiam na origem da vida na Terra poderão ser experimentados pelos presentes, que, pelo paladar, sentirão o sabor, o aroma e a textura do passado do planeta", diz Ismar. Em outro ponto da exposição é possível se surpreender com os registros da separação dos continentes. Segundo estudos científicos, há 385 milhões de anos, antes do surgimento dos dinossauros, a Terra era habitada por invertebrados e os mares ocupavam grande parte do que hoje são os continentes. Nesse período, chamado Devoniano, a bacia do Amazonas fazia parte de um grande continente, o Gondwana, formado por Brasil, África, Antártida e Austrália. Com o passar do tempo, os continentes foram se separando até darem origem à formação atual. As atrações da expoisção não param aí. O espectador poderá interagir com uma instalação multimídia que mostra o surgimento do oxigênio, além de acompanhar a evolução do homem desde os tempos de primata até a atualidade.

Vinicius Zepeda
     
  Baurusuchus salgadoensis: crocodilo carnívoro pesava
duzentos quilos e media até três metros de comprimento

O paleontólogo acrescenta que haverá uma série de atividades paralelas durante o período em que a mostrar permanecer em cartaz. "Todo o projeto irá mexer com os sentidos através de um laboratório de atividades sensoriais com elementos da Terra, que incluem vídeos, debate, palestras, oficinas, contação de histórias e atividades para alunos e professores", explica. Ele próprio coordenará, nos dia 26 de março e 16 de abril, um projeto voltado para os professores, chamado de "roteiros geológicos". O projeto consistirá em uma visita guiada à Região dos Lagos, entre as cidades de Araruama e Saquarema. "Lá, os professores poderão ver como são formados os cristais e visualizar micro-organismos encontrados no início da formação da Terra, as chamadas cianobactérias, responsáveis pela formação dos estromatólitos, espécies de rochas formadas por um tapete de calcário produzido por micro-organismos no fundo de mares rasos, que se acumula até formar uma espécie de recife", explica.

A brincadeira com a tecnologia da realidade aumentada ganhará novos contornos com a possibilidade de interagir com uma réplica de uma espécie de crocodilo carnívoro: o Baurusuchus salgadoensis, com até três metros de comprimento e duzentos quilos, viveu na Bacia Bauru, noroeste paulista, há 90 milhões de anos. "O visitante receberá na entrada da exposição um folder com uma imagem do animal e, por meio do uso de uma webcam, a projeção 'ganhará vida' e ele poderá colocá-lo em diferentes posições", explica a socióloga e diretora da Casa da Ciência/UFRJ, Fatima Brito. "Com o uso da tecnologia da Internet haverá ainda outra peça interativa, uma espécie de quebra cabeças, onde o Baurusuchus poderá ser visto de várias maneiras, de acordo com a intervenção feita pelo visitante", acrescenta. Em outro módulo, um tapete interativo convidará o visitante a percorrê-lo e, ao fazer isto, surgirão pegadas de dinossauro. Para fazer referência à atualidade, uma instalação mostrará sucatas de computadores e circuitos eletrônicos.

Divulgação 

         

     Instalação com sucatas de eletrônicos
     faz referência à modernidade de hoje 

Para a diretora da Casa da Ciência/UFRJ, além da interatividade proporcionada pelo uso da tecnologia, a exposição também mostrará uma relação direta entre a ciência e a arte, ao causar no visitante diferentes sensações com aquilo que será apresentado. "Um exemplo será uma espécie de painel feita por artistas plásticos em que há muitas flores e que, em cima dela serão projetadas outras flores. Este trabalho procura dar uma ideia da cobertura vegetal existente no passado geológico da Terra", destaca Fatima. "Assim, vale ainda salientarmos o impacto diferenciado que a exposição trará, cada público deverá ter uma reação diferente", completa.

Entre as atividades paralelas que serão apresentadas, Fatima chama a atenção para um trabalho feito pelo grupo de teatro Cantos do Rio. "Eles desenvolveram uma contação de histórias musicada com base nos temas abordados na exposição. Nossa experiência com eles, com quem já havíamos trabalhado anteriormente, mostra que tanto as crianças quanto os adultos gostam bastante desta atividade", afirma. Ela espera ainda que a exposição ajude ao público a vivenciar algumas transformações passadas desde o surgimento do homem na Terra, e, assim, passe a enxergar o planeta como um organismo em constante transformação. “É claro que muitos dos intensos fenômenos climáticos que temos vivenciado ultimamente têm relação direta com a maneira como temos tratado o meio ambiente", diz. “Cabe a nós nos questionarmos sobre o que será da Terra amanhã e qual o papel que iremos desempenhar".

Além da exposição Sensações do Passado Geológico da Terra, Fátima Brito lembra que a remontagem da exposição Energia Nuclear – anteriormente exibida na Casa da Ciência/UFRJ e que contou igualmente com o apoio da Fundação – em breve estará no Museu da Maré, centro cultural e ponto de cultura instalado na comunidade homônonima de baixa renda. "Esta remontagem tem um forte aspecto de inclusão social ao levar a cultura para pessoas que normalmente não tem muito acesso a estas atividades", conclui.

Serviço: Exposição Sensações do Passado Geológico da Terra
Local: Casa da Ciência/UFRJ – Rua Lauro Muller, 3, Botafogo, Zona Sul, Rio de Janeiro.
Abertura: 8 de fevereiro. Até 15 de maio.
Horário de Funcionamento: Terças às sextas, de 9h às 20h / sábados, domingos e feriados, das 10h às 20h. Entrada franca.
Escolas e grupos: agendamento antecipado pelo tel.: (21) 2598- 3051 / 2542-7494
Palestras e atividades para professores: inscrições abertas
Laboratório Sensorial, Contação de Histórias e Cineclube: senhas no local
Mais informações: (21) 2542-7494 – www.casadaciencia.ufrj.br – twitter: @casadaciencia

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