Divulgação/IBqM/UFRJ |
Surgido há 25 anos, o Jovens Talentosos concede bolsas |
A iniciativa foi idealizada pelo cientista e professor do IBqM, Leopoldo de Meis, que criou cursos de férias temáticos no Instituto voltados para incentivar o gosto pelas ciências entre os estudantes secundaristas de escolas públicas do Rio de Janeiro. A iniciativa tem tido constantes apoios da FAPERJ ao longo dos anos. Desde 1985, já passaram mais de 2.500 estudantes pelos cursos de férias do IBqM, dos quais mais de cem foram aproveitados pelo Jovens Talentosos, desde 1990. Desses, cerca de 80% ingressaram em universidades públicas.
Hoje, um dos coordenadores do curso, o biólogo Wagner Seixas da Silva, é um dos exemplos mais bem-sucedidos de ascensão social que pode ser proporcionada por meio da ciência. Em 1994, aos 17 anos, participou dos três temas do curso e foi selecionado para estagiar no IBqM. “Na época, eu morava
O Curso de Férias também procura mostrar aos professores das escolas públicas que, apesar da falta de infraestrutura dessas escolas – que em grande parte das vezes não contam com laboratórios ou não têm material adequado para a realização de experimentos científicos –, é possível tornar agradável o ensino de ciências para os jovens. Além disso, também se procura criar um vínculo entre o professor da universidade e o da escola pública. “O fato de abrirem mão de duas semanas de suas férias para assistirem aulas aqui na UFRJ é um indicativo de que estão dispostos a contribuir para melhorar o sistema de educação. Nós, da universidade, precisamos entender isso e adequar nossa metodologia à realidade destes docentes”, explica o professor Leopoldo.
O projeto tem dado tão certo que vem se expandido para universidades fora do Rio de Janeiro. “A iniciativa espalhou-se para outras 13 universidades públicas pelo país que também têm desenvolvido seus cursos de férias. O nosso próximo passo é expandir os cursos de férias para os surdos, darmos ensino técnico a esses jovens e criar uma faculdade para eles”, conclui de Meis. Se depender do sucesso e do reconhecimento público do projeto, realmente não custa nada acreditar.
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