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Publicado em: 03/02/2010
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Projeto Jovens Talentosos ganha prêmio Faz Diferença

 

 Divulgação/IBqM/UFRJ

       

    Surgido há 25 anos, o Jovens Talentosos concede bolsas
      de estágio para estudantes de escolas públicas do Rio 

Surgido há 25 anos, o projeto Jovens Talentosos, que concede bolsas a estudantes de escolas públicas para estagiar nos laboratórios do Instituto de Bioquímica Médica (IBqM), da UFRJ, a maioria moradores de comunidades de baixa renda entre 14 e 18 anos, acaba de receber o prêmio Faz Diferença do Jornal O Globo na categoria Megazine, destinada a reconhecer iniciativas voltadas para incentivar a juventude.

 

A iniciativa foi idealizada pelo cientista e professor do IBqM, Leopoldo de Meis, que criou cursos de férias temáticos no Instituto voltados para incentivar o gosto pelas ciências entre os estudantes secundaristas de escolas públicas do Rio de Janeiro. A iniciativa tem tido constantes apoios da FAPERJ ao longo dos anos. Desde 1985, já passaram mais de 2.500 estudantes pelos cursos de férias do IBqM, dos quais mais de cem foram aproveitados pelo Jovens Talentosos, desde 1990. Desses, cerca de 80% ingressaram em universidades públicas.

 

Hoje, um dos coordenadores do curso, o biólogo Wagner Seixas da Silva, é um dos exemplos mais bem-sucedidos de ascensão social que pode ser proporcionada por meio da ciência. Em 1994, aos 17 anos, participou dos três temas do curso e  foi selecionado para estagiar no IBqM. “Na época, eu morava em Vigário Geral e, sem muitas perspectivas, aprendia a consertar rádio e TV”, recorda. “Durante o estágio no laboratório, minha dedicação fez a equipe acreditar em mim e pagar meus estudos num cursinho pré-vestibular e de inglês. Acabei ingressando na Faculdade de Biologia da UFRJ, em 1997. Em 2000, já com três trabalhos publicados em periódicos internacionais, fui direto para o doutorado e, em seguida, para o pós-doutorado na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos”, lembra.

O Curso de Férias também procura mostrar aos professores das escolas públicas que, apesar da falta de infraestrutura dessas escolas – que em grande parte das vezes não contam com laboratórios ou não têm material adequado para a realização de experimentos científicos –, é possível tornar agradável o ensino de ciências para os jovens. Além disso, também se procura criar um vínculo entre o professor da universidade e o da escola pública. “O fato de abrirem mão de duas semanas de suas férias para assistirem aulas aqui na UFRJ é um indicativo de que estão dispostos a contribuir para melhorar o sistema de educação. Nós, da universidade, precisamos entender isso e adequar nossa metodologia à realidade destes docentes”, explica o professor Leopoldo.

O projeto tem dado tão certo que vem se expandido para universidades fora do Rio de Janeiro. “A iniciativa espalhou-se para outras 13 universidades públicas pelo país que também têm desenvolvido seus cursos de férias. O nosso próximo passo é expandir os cursos de férias para os surdos, darmos ensino técnico a esses jovens e criar uma faculdade para eles”, conclui de Meis. Se depender do sucesso e do reconhecimento público do projeto, realmente não custa nada acreditar.

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