Vinicius Zepeda |
O réptil voador tinha 25cm de envergadura |
Descobertas como essa celebram a boa fase da paleontologia brasileira, especialmente a fluminense. “O pesquisador brasileiro cada vez mais apresenta contribuições não apenas de impacto regional, mas também mundial, contribuindo para o conhecimento científico que influenciará as pesquisas de um modo geral”, afirmou o pesquisador durante a coletiva em que apresentou o réptil, na última segunda-feira, dia 11 de fevereiro, no Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista. “O apoio regular que vem sendo dado pela FAPERJ, por meio do edital Cientistas do Nosso Estado, foi fundamental para essas conquistas”, atesta. O financiamento da pesquisa da parte brasileira foi realizada ainda pelo CNPq. “É sempre importante registrar essas descobertas, fruto de uma parceria com a China, e publicado num dos periódicos científicos mais importantes do mundo. Gostaria de parabenizar a equipe brasileira”, disse Jerson Lima Silva, diretor científico da FAPERJ.
Divulgação/MuseuNacional/UFRJ |
O paleontólogo Alexander Kellner exibe réplicas do esqueleto e do fóssil do minipterossauro |
Encontrado na localidade de Luzhougou, perto da cidade Yaolugou, na província de Liaoning, noroeste da China, a nova espécie era um jovem. Fato comprovado, segundo Kellner, pelo nível de ossificação. “A sua constituição óssea, com todos os elementos bem formados e ossificados, como os tarsais e o esterno, por exemplo, sugere que se trata de um jovem animal.” O bichinho não tinha dentes e, provavelmente, o corpo era recoberto por estruturas semelhantes a pêlos. O nome deriva do grego nemos (que significa floresta), ikolos (traduzida como habitante, morador), pteros (asa) e kryptos (escondido). Em uma tradução livre seria “o escondido morador alado da floresta”. Por serem animais voadores, os restos de pterossauros são raríssimos no registro geológico. Assim, novas descobertas, como a que acaba de ser feita, são fundamentais para que se tenha uma melhor idéia de como estes vertebrados alados evoluíram no decorrer do tempo.
Divulgação/Museu Nacional/UFRJ |
Jerson Lima (à dir.), diretor científico da FAPERJ, participou da solenidade de anúncio da descoberta |
Os pterossauros são répteis voadores que surgiram há 220 milhões de anos e foram extintos da face da Terra há 65 milhões de anos. “São os primeiros vertebrados adaptados para um vôo ativo, isto é, não eram apenas planadores e podiam sair voando do chão, por exemplo”, explica Kellner. A réplica do fóssil já está em exposição no Museu Nacional.
Página Inicial | Mapa do site | Central de Atendimento | Créditos | Dúvidas frequentes