O diretor de tecnologia da FAPERJ, professor Rex Nazaré Alves, participou nesta quarta-feira, dia 10 de maio, do painel Uso do Poder de Compras do Estado para Fomento ao P&D, como parte do V Encontro Nacional da Inovação Tecnológica, realizado na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O evento anual colocou em foco as discussões sobre políticas, mobilização e organização do setor empresarial para pesquisa e desenvolvimento (P&D) de inovações tecnológicas.
Renato de Souza Duque, diretor de serviços da Petrobras, e o diretor de Projetos Especiais e Desenvolvimento Tecnológico e Industrial da Eletrobrás, João Ruy Castelo Branco de Castro, demonstraram o importante papel representado pelos setores elétrico e de hidrocarbonetos para o desenvolvimento tecnológico. Debatedor convidado do evento, Rex Nazaré ponderou sobre o exemplo das duas estatais na área de inovação. “As duas empresas apresentaram uma forte contribuição desde sua criação. Isso se deve, entre outros fatores, às características de seus produtos – essenciais para a sociedade, portanto com mercado assegurado – e por contarem com recursos próprios, que garantiram a continuidade das pesquisas”, analisou o diretor tecnológico da Faperj.
Rex Nazaré ressaltou, porém, que existem outros setores empresariais no mercado, cujos produtos não contam com tanta evidência quanto o petróleo, o gás e a eletricidade. “É o exemplo das áreas de saúde, segurança pública, defesa, agropecuária, aeroespacial, entre outras, que precisam ser fomentadas para que possam sustentar um desenvolvimento contínuo a longo prazo, sem problemas de contingenciamento”.
De acordo com o diretor tecnológico da FAPERJ, o Brasil atualmente conta com uma legislação que satisfaz o processo de desenvolvimento tecnológico, embora ainda faltem algumas regulamentações. Esse quadro positivo se deu principalmente após a criação dos fundos setoriais.
Dentro desse contexto, Nazaré defende que é fundamental que as Fundações de Amparo à Pesquisa de todo o país verifiquem quais são as vocações e prioridades essenciais de suas regiões na área de P&D. “Assim, torna-se possível para as agências de fomento, junto com instâncias federais, participar das soluções tecnológicas de cada região, com adequada contribuição sócio-econômica”.
O encontro foi realizado de 8 a 10 de maio e girou em torno do tema Compras Governamentais Desenvolvendo Inovações, dividido em quatro painéis. Em sua quinta edição, a série de debates contou ainda, em sua abertura, com o evento associado Seminário Internacional de Patentes, Inovação e Desenvolvimento. Ao final do encontro, foi lançado o manual Mecanismos de Apoio à Inovação Tecnológica, do engenheiro Joel Weisz, editado por Protec e Senai.
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