FAPERJ e MCT iniciam pagamento do PADCT-Rio/2002

A Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) convocaram, nesta quarta-feira (23/07), os primeiros pesquisadores a receber os recursos do Edital FAPERJ 01/2002, do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PADCT-Rio). O edital, no valor total de R$ 16 milhões, será pago com recursos do MCT e da FAPERJ, órgão vinculado à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Os projetos selecionados pelo Edital do PADCT-Rio serão pagos – na integralidade dos valores aprovados – neste segundo semestre de 2003 e no primeiro semestre de 2004. Nesta primeira fase, o MCT está liberando R$ 5,4 milhões, por intermédio do CNPq, para o pagamento de 23 propostas. Foram selecionados seis projetos da Faixa A (acima de R$ 200 mil) e 17 na Faixa C (até R$ 50 mil). Em breve, a FAPERJ estará alocando a contra-partida de igual valor. Os recursos dessa segunda etapa serão liberados até o fim de 2003, quando outros pesquisadores serão convocados para pagamento. “Com esses desembolsos, até dezembro deste ano serão pagos dois terços do Edital do PADCT-Rio”, adiantou o diretor-presidente da FAPERJ, Epitácio Brunet.

Segundo o assessor da Secretaria Executiva do MCT, Aldo Pinheiro da Fonseca, a partir de janeiro de 2004, serão liberados mais R$ 2,6 milhões completando a parte do Ministério. A FAPERJ irá anunciar, então, uma contra-partida de igual valor durante o primeiro semestre do próximo ano, concluindo o pagamento do edital.

Nesta quarta-feira (23/07), os pesquisadores responsáveis pelos primeiros 23 projetos a serem pagos foram convocados para comparecer à FAPERJ. Eles foram recebidos pelo diretor-presidente da fundação, Epitácio Brunet; pelo diretor científico, Jerson Lima Silva; pelo assessor da Secretaria Executiva do MCT, Aldo Pinheiro da Fonseca; e pelo coordenador do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PADCT), Paulo Ricardo Dimas Luz Cunha. Na ocasião, os pesquisadores foram informados sobre os procedimentos para a liberação dos recursos.

A convocação para o pagamento do Edital do PADCT-Rio/2002 foi recebida com satisfação pelos pesquisadores. “Ainda estamos anestesiados”, resumiu a Professora Cláudia Rezende, pesquisadora do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenadora da Pós-graduação em Química. “Essa convocação foi uma surpresa para todos os agraciados”, explicou Cláudia Rezende, participante do projeto coordenado pelo Professor Ângelo Pinto, que vai receber R$ 1.050.000,00 para a aquisição de um espectrômetro de massa de alta resolução, que será usado em um projeto de cooperação que envolve várias instituições do Rio de Janeiro.

Outro pesquisador que teve o projeto selecionado foi Vitor Francisco Ferreira, Professor Titular do Departamento de Química Orgânica da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Seu projeto visa implementar o laboratório regional de Diafratometria de Raio X. O laboratório, que será instalado no Instituto de Física da Universidade Federal Fluminense, faz parte de um consórcio integrado pela UFF, UFRJ, UERJ, INT, UENF, UFRRJ e Fiocruz.

Contemplado dentro da Faixa A, o Professor Vitor Ferreira vai receber R$ 1.030.000,00 para a compra de um equipamento de diafratometria de Raio X. Com ele será possível analisar materiais amorfos e cristais, fornecendo informações sobre a sua composição e a estrutura. “O projeto estava totalmente parado. Com esses recursos será possível implantar o laboratório, que vai servir a instituições de todo o Rio de Janeiro”, afirmou.

Os recursos do PADCT-Rio também serão de extrema importância para o trabalho desenvolvido pelo Professor Marcello Filgueiras, pesquisador do Laboratório de Materiais Avançados (Lamav) da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf). “Esses recursos vão adiantar em 100% as pesquisas tecnológicas voltadas para a confecção de pastilhas diamantadas aplicadas em discos, serras e pérolas de corte de rochas ornamentais. O projeto estava totalmente parado”, afirmou.

Segundo o Professor Marcello Filgueiras, os R$ 38 mil solicitados serão utilizados para a aquisição de um forno de sinterização à vácuo. “O forno serve para garantir a coesão das partículas de pó para dar resistência mecânica à peça. É a etapa mais importante do processamento das ferramentas”, explicou.