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Publicado em: 17/05/2007
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Tecnologia inédita na detecção de vazamentos de combustíveis

Vinicius Zepeda


Divulgação 

   

 Funcionamento do produto: módulo é
 interligado por fibras óticas (em laranja)

 



Uma tecnologia nacional - inédita no Brasil e no mundo - para detecção de vazamentos de combustíveis, entra em breve na disputa por mercados dentro e fora do país. Trata-se do DOV (Detector “tico de Vazamento), um inovador módulo interligado por fibras óticas, o que, diferente dos outros sistemas já existentes, torna nulo o risco de explosões. O desenvolvimento do produto, pela empresa Gavea Sensors em parceria com o Laboratório de Sensores e Fibra “tica (LSOF) da PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica), contou com o apoio do edital Rio Inovação, da FAPERJ.

Luiz Carlos Guedes Valente, diretor executivo da empresa e coordenador do projeto, cita inúmeras vantagens no DOV. "Ele permite detectar quantidades muito pequenas de líquido. Já os sistemas existentes utilizam bóias que dependem de grandes quantidades, pois são acionadas por suspensão mecânica de um elemento, o que causa fechamento de um contato elétrico", explica.

Outra vantagem enumerada pelo diretor da Gavea Sensors é a possibilidade de identificar separadamente ar (ausência de vazamento), gasolina, óleo diesel, álcool ou água - fato que não ocorre nos sistemas disponíveis - e reconhecer vazamentos em apenas 4 segundos. "Além disso, o uso de fibras óticas, que têm tamanho reduzido e baixo peso, tornam o DOV ideal para ser instalado em ambientes de difícil acesso", acrescenta. "Ele opera pelo princípio da refratometria: a luz guiada pela fibra reflete uma quantidade de luz conhecida ao entrar em contato com o líquido", ensina Valente.

O DOV possui ainda um sistema adaptado não somente para sua operacionalização com um computador local, mas também pela internet. A função não existia no projeto inicial, que se voltava quase que exclusivamente para postos de gasolina. "Com o aprimoramento do software, obtivemos um enorme ganho de competitividade e ampliamos nossa gama de clientes para refinarias, indústrias químicas, dutos e tanques de combustível", explica Luiz Carlos Valente. "Outro ponto que destaco é o preço, na mesma faixa dos sistemas disponíveis no mercado, que operam sem as vantagens que o nosso produto apresenta", afirma.

O produto pode ainda ser vendido de acordo com a quantidade de pontos de detecção de vazamentos. "O módulo central, no qual está ligada a parte elétrica e o leitor de informações, conta com 16 entradas para pontos de fibras óticas. O cliente escolhe o módulo entre dois tipos: o que distingue apenas se há ou não vazamento, e o que, além disso, distingue os tipos de líquido. Depois, onde está instalado o software, escolhe quantos pontos de fibras quer comprar, de acordo com suas necessidades", explica Valente. Ele acrescenta ainda que os sensores óticos permitem o monitoramento simultâneo de pontos de vazamento em um raio de até um quilômetro. 

O projeto foi gestado no ano de 2001 por uma equipe do LSOF coordenada pelo físico Luiz Carlos Guedes Valente. Em 2003, ele e seu grupo criaram a Gavea Sensors e submeteram a idéia à FAPERJ, recebendo o apoio do Rio Inovação. Inicialmente alocada na incubadora de empresas da universidade, desde 2006, quando o produto foi concluído, a empresa tornou-se graduada e mudou-se para um espaço maior, no bairro de São Cristóvão.

O DOV já possui duas patentes; uma da tecnologia pertence à PUC-Rio e outra de comercialização, propriedade da Gavea Sensors. A inovação proporcionada pelo produto é tanta que chegou a confundir os técnicos do Cepel (Centro de Pesquisas em Energia Elétrica), órgão do governo federal responsável por emitir o parecer para a liberação da comercialização. "Eles já aprovaram o produto. Entretanto, para liberar a venda, falta mais uma visita às nossas instalações. Os técnicos de lá estão acostumados com licenças para produtos elétricos. Mas, no nosso caso, a parte elétrica é apenas o módulo de comando. As fibras - diferencial do DOV e canal que atesta sobre vazamentos - funcionam através da ótica", conclui Luiz Carlos Valente.

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