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Publicado em: 04/05/2007 | Atualizado em: 03/02/2022
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A divulgação da ciência rumo ao interior do Estado do Rio de Janeiro

Vinicius Zepeda

Divulgação Cecierj

     

Experimento Van Der Graff: energia eletrostática
  provoca movimento nos cabelos dos visitantes

A divulgação científica ganha cada vez mais força no interior do estado, contribuindo para a popularização da ciência em outras cidades que não sejam somente as da região metropolitana. Um exemplo disso é o sucesso que vem fazendo o museu interativo de Física, Biologia, Ecologia e Astronomia, inaugurado em dezembro de 2006, no município de São João da Barra, norte fluminense. Outro passo importante será dado ainda no segundo semestre deste ano, quando será lançada a Caravana da Ciência - uma enorme carreta que circulará pelo interior do estado difundindo conhecimento. O veículo, dotado de uma ampla porta lateral, se transforma em espaço para expor equipamentos interativos e experimentos, e ainda traz uma tenda para abrigar um planetário inflável e outra para apresentações de filmes científicos. Ambos os projetos contam com apoio da FAPERJ.

Montado à beira-mar, em frente à praia de Atafona, o Museu de Ciências de São João da Barra atrai os turistas durante o verão. Idealizado pelo professor aposentado da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e vice-presidente de Educação Científica do Consórcio Cederj/Fundação Cecierj (Centro de Ciências do Estado do Rio de Janeiro) Paulo Cezar  Arantes, o espaço é importante para a educação na região. "Além da época de sol forte, em que atrai o turista de verão, durante o período letivo o museu complementa a atividade educativa através da exibição da fauna e flora locais e de atividades de educação ambiental para o público escolar", acrescenta Arantes.

O espaço é composto por um conjunto de itens multifunções, expostos ao público, e conta ainda com uma sala de multimídia para apresentações ligadas às mostras em exibição no museu ou outras atividades culturais. Seus computadores permitem ao visitante ter acesso a tutoriais científicos e a fazer pesquisas na Internet, e têm uma configuração abrangente de softwares de várias ciências. Segundo Arantes, o fato de o museu permitir aos visitantes, acesso interativo a essas práticas contribui para que eles tenham uma visão básica da ciência que está por trás das modernas tecnologias. "O local também contribui para a inclusão social da população da região ao diminuir a distância científica e cultural entre as pessoas do interior do estado e da região metropolitana do Rio de Janeiro. Ao criar um pólo turístico de lazer e cultura para a região, ele atende a demanda não só dali, como também das cidades vizinhas", explica.

  Divulgação Cecierj 
   

  Bicicleta Usina: o visitante pedala para gerar
energia elétrica e acende lâmpadas em painel


Entre os experimentos que mais chamam a atenção no espaço estão a Bicicleta Usina: uma bicicleta ergométrica que transforma energia muscular em energia mecânica (de movimento), gerando energia elétrica para acender várias luzes de potências distintas. Cada vez que uma lâmpada é acesa, o visitante precisa despender mais esforço para acender outra (de maior potência). O Girotec é um suporte fixo com três círculos concêntricos, em que uma pessoa de até oitenta quilos fica presa pelos punhos e pés e é girada em várias direções. Com isto, simula-se a sensação de ausência de gravidade.



Outro equipamento que desperta o interesse geral é o Van Der Graff, um gerador de eletricidade estática que se acumula numa cúpula. Quando o visitante a toca, os pêlos de seu corpo e seus cabelos se arrepiam. "As crianças, e mesmo os adultos, se divertem muito quando tocam na cúpula e seus cabelos ficam iguais aos daqueles atores de filmes de terror B quando eles ficam assustados. O fenômeno ocorre porque as cargas elétricas dos pêlos são as mesmas que as geradas pelo experimento e, segundo a Física, cargas iguais se repelem", explica Arantes. O biólogo lembra ainda, do grande sucesso que fazem os aquários marinhos do local.


Paulo Cezar Arantes está extremamente satisfeito com a repercussão e a aprovação popular do espaço em São João da Barra. "Tenho uma pasta só de anotações dos visitantes, mostrando essa satisfação", orgulha-se. Ele lembra ainda da importância da interatividade em espaços como este. "Diferente dos museus expositivos antigos, em que é proibido mexer nos objetos, num museu de ciência como este acontece exatamente o contrário. Graças à interatividade que suas máquinas, equipamentos e computadores proporcionam, aqui é proibido ficar parado e não mexer em nada", alerta.

A Caravana da Ciência pede passagem

Divulgação Cecierj       

    

Paulo Cézar Arantes: ajudando
a desmistificar a ciência no Rio
 


No segundo semestre do ano, a carreta da Caravana da Ciência, outro projeto apoiado pela FAPERJ coordenado pela docente concursada do Cecierj  Mônica Dahmouche, vai se somar a outra atividade  da instituição: o Ciência Móvel, uma parceria com o Museu da Vida da Fiocruz, realizado em convênio com o MCT e também constituído por uma carreta semelhante à da Caravana. Esta segunda atividade já têm seis visitas agendadas: para os municípios de Mangaratiba, Volta Redonda, Macaé, Itaguaí, Angra dos Reis e uma em local ainda não definido durante a Semana Nacional de C&T. Em cada um destes locais, uma equipe composta de um coordenador, um técnico para atendimento geral das demandas que possam surgir e cerca de 10 monitores para atender o público permanece no local de três a quatro dias.

O custo para a utilização desses serviços pelos municípios que o solicitam é apenas o de hospedagem e de alimentação da equipe durante a estada. As visitas podem ser agendadas junto ao Cecierj ou ao Museu da Vida/Fiocruz (Fundação Instituto Oswaldo Cruz). "Nós pretendemos visitar, ao todo, 18 cidades este ano. A Caravana da Ciência funcionará paralelamente ao Ciência Móvel; desta forma, atingiremos muito mais do que 18 cidades visitadas por ano no estado. Além do mais, enquanto o Ciência Móvel tem um foco muito claro nas ciências da vida e da saúde, a Caravana terá um foco mais geral de ciência, na física, na química e na biologia", diz Arantes.

O vice-presidente de educação científica do Cecierj lembra ainda a Mostra Ver Ciência/Circuito Cecierj, outro apoio antigo que a FAPERJ tem dado à instituição."Anualmente e em âmbito nacional, a Mostra Ver Ciência exibe filmes, programas e documentários científicos de vários paíeses. O evento é voltado para todas as idades e acontece em centros culturais em todo o país", explica. No Rio de Janeiro, ela acontece no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil). "Com o apoio da FAPERJ, começamos no ano 2000 a licenciar vídeos deste evento para o nosso acervo, de modo que possamos exibí-los livremente em todo o estado. Hoje, temos em torno de 200 filmes em nosso acervo", acrescenta.

Em seu trabalho no Cecierj, Paulo Cézar Arantes é responsável pela divulgação da ciência para a população do estado. "Estou aposentado na UFRJ desde 1998. Durante meus tempos de professor, eu só desenvolvia pesquisas na universidade, onde não temos idéia da abrangência do nosso trabalho. Hoje é muito reconfortante para mim fazer parte de um programa que desmistifica a ciência", afirma. Segundo Arantes, outro ponto essencial do trabalho é o suporte político que ele pode proporcionar aos governos estaduais e municipais. "Ter idéia do respaldo da população à ciência certamente pode contribuir para a formulação de políticas públicas", conclui.

O município que quiser uma visita do Ciência Móvel pode fazer contato, de segunda à sexta-feira, de 8h às 17h, pelos telefones (21) 2299-9618 (Cecierj, falar com Mônica ou André) ou (21) 3865-2131 (Museu da Vida, falar com José Ribamar ou Marcos).

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