“A necessidade do arruamento de Icaraí fez desaparecer a bela estrutura rochosa em forma de arco existente na praia, a Itapuca original, dinamitada para dar lugar ao cais e à rua que ligam Icaraí ao bairro do Ingá. (...) As duas rochas que ali restam e que são banhadas pela água do mar na maré cheia, Pedra de Itapuca e Pedra do Índio, transformaram-se em símbolos histórico-paisagísticos de Niterói”. A curiosidade histórica faz parte do catálogo que acompanha o Mapa da Baía de Guanabara, lançado pela FAPERJ na segunda-feira, dia 18 de dezembro, no Museu Naval, no centro do Rio.
Tema da quinta edição do projeto Rio de Janeiro em Mapas, a Baía de Guanabara foi recriada pelas ilustrações de Claudius Ceccon a partir de pesquisa comandada pela historiadora Maria Fernanda Baptista Bicalho. São 40 ilustrações em nanquim e aquarela em que o cartunista usa o humor para falar sobre poluição e outros problemas da baía. “Na brincadeira, faço alguns alertas”, disse Claudius durante o lançamento do mapa. “Trabalhar nesse projeto me deu a oportunidade de brincar com o MAC, com a Ponte Rio Niterói. Fiz, por exemplo, um navio cargueiro jogando óleo nas águas e golfinhos protestando contra a poluição”, lembrou.
Presente na solenidade de lançamento, o presidente do Instituto Cultural Cravo Albin, Ricardo Cravo Albin, também alertou sobre os problemas da Baía de Guanabara. “Esse mapa sinaliza para a necessidade de recuperá-la, velho sonho de todos que amamos o Rio”. O musicólogo falou da importância do Rio de Janeiro em Mapas. “O Mapa da Baía de Guanabara é o prosseguimento de uma iniciativa vitoriosa da FAPERJ que começou com o mapa do Centro do Rio e já está na quinta edição”, concluiu.
Com tiragem de mil exemplares, o livreto e o mapa da Baía de Guanabara serão distribuídos gratuitamente para escolas públicas, bibliotecas e instituições de ensino. Na estréia, o projeto retratou a região central da cidade do Rio de Janeiro pela paleta de Jorge de Salles; o mapa seguinte focalizou os bairros de São Cristóvão, Benfica e Mangueira e teve a assinatura do pintor naif J. Araújo. A terceira edição contemplou pela primeira vez uma região situada fora dos limites da capital fluminense: Campos dos Goytacazes, que foi recriada pela ilustradora Mariana Massarani. O tradicional bairro de Santa Teresa foi o objeto da quarta edição que teve ilustrações de Ana Maria Moura.
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