Mario Nicoll Ilustrações: Claudius
Apesar de sua irretocável natureza, a Baía de Guanabara foi insistentemente recriada por poesias, pinturas, fotografias e pelas artes
Para retratar a Baía de Guanabara com seu entorno, constituído de fortalezas, monumentos históricos e edificações, a FAPERJ reuniu o trabalho da historiadora Maria Fernanda Baptista Bicalho, professora da Universidade Federal Fluminense, e do jornalista e cartunista Claudius Ceccon.
O humor de Claudius está presente nas 40 ilustrações em nanquim e aquarela. A do Pão de Açúcar é uma espécie de ponto de partida para uma viagem que segue rumo a ilhas, fortificações militares, igrejas e antigos portos. O trabalho também remete ao passado, quando as águas da baía eram bem menos castigadas pela ação do homem e recebiam a visita de baleias e até mesmo de piratas.
Baía estratégica
O diretor-presidente da FAPERJ, Pedricto Rocha Filho, considera a região estratégica para o desenvolvimento do Estado. “Sendo a segunda maior baía do país e englobando quase a totalidade da região metropolitana fluminense, se constitui, além dos aspectos históricos e culturais, em peça estratégica do desenvolvimento social e econômico do nosso estado”, lembrou.
O mapa ilustrado é acompanhado de um livreto com informações históricas e culturais. Uma equipe de historiadores coordenada por Maria Fernanda Bicalho foi responsável pela pesquisa e pelos verbetes que acompanham as ilustrações. A coordenadora do programa de Editoração da FAPERJ, Ismênia de Lima Martins, destacou a importância da Baía de Guanabara para o projeto Rio de Janeiro em Mapas. “É um lócus privilegiado, uma vez que atinge diversos municípios fluminenses e tem a sua paisagem ligada de forma indissociável à história do Estado do Rio de Janeiro”, disse.
O projeto Rio de Janeiro em Mapas tem o objetivo de divulgar as principais construções, logradouros e instituições localizados em municípios fluminenses ou em bairros cariocas, sempre sob o ponto de vista histórico, cultural e arquitetônico. “O projeto trabalha com a idéia de que a história de um bairro, de uma cidade ou de um acidente geográfico é a história de um espaço socialmente construído”, explicou Ismênia. Com tiragem de mil exemplares, o livreto e o mapa da Baía de Guanabara serão distribuídos gratuitamente para escolas públicas, bibliotecas e instituições de ensino.
Na estréia, o projeto retratou a região central da cidade do Rio de Janeiro pela paleta de Jorge de Salles; o mapa seguinte focalizou os bairros de São Cristóvão, Benfica e Mangueira e teve a assinatura do pintor naif J. Araújo. A terceira edição contemplou pela primeira vez uma região situada fora dos limites da capital fluminense: Campos dos Goytacazes, que foi recriada pela ilustradora Mariana Massarani. O tradicional bairro de Santa Teresa foi o objeto da quarta edição que teve ilustrações de Ana Maria Moura.
O Museu Naval fica na Rua D. Manuel, 15 – Praça XV, Centro.
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