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Publicado em: 26/10/2006
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Rede Proteômica realiza fórum e inaugura unidade

Com a presença de um grande número de pesquisadores, realizou-se na última sexta-feira, 20 de outubro, o II Fórum da Rede Proteômica do Rio de Janeiro. O evento, que teve lugar no auditório do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), marcou a posse do novo coordenador da rede, Jonas Perales, e da nova vice-coordenadora, Russolina Zingali. O fórum marcou ainda a inauguração da Unidade de Espectrometria de Massas e Proteômica da CCS e mostrou o alto nível das pesquisas desenvolvidas pelos diferentes laboratórios que integram a rede.

Segundo Russolina Zingali, o número de participantes tornou visível a disseminação de projetos que utilizam técnicas proteômicas. "Só dos laboratórios da rede, tivemos mais de cem pesquisadores. Sem contar aqueles que mostraram interesse em trabalhar em projetos na área. Portanto, do ponto de vista da formação de pessoal, a rede é um sucesso", disse.

Durante o fórum, ressaltou-se o crescimento da rede não somente na quantidade de laboratórios, que passaram de cinco para nove, mas principalmente na implementação e desenvolvimento das diferentes técnicas proteômicas, abrangendo um grande número de projetos em diferentes áreas da biologia e da medicina. "Estão sendo realizados desde estudos do proteoma da bactéria fixadora de nitrogênio Gluconacetobacter diazotrophicus até pesquisas sobre certos tipos de câncer, passando por doenças parasitárias e infectocontagiosas de alta relevância para nosso estado e para o país, como dengue e malária", explicou o coordenador Jonas Perales.

Segundo Perales, têm sido desenvolvidos projetos que variam da determinação do proteoma de alguns organismos até a procura de biomarcadores e alvos terapêuticos que auxiliem no diagnóstico e tratamento de doenças, e na busca por novas drogas, mais específicas e com menos efeitos colaterais.

Entusiasmado com o desenvolvimento observado na rede, lançada em 2002, que conta com a participação das mais importantes instituições de pesquisa de Rio de Janeiro, como UFRJ, Uerj, Inca, Embrapa, Uenf e Fiocruz, o novo coordenador afirmou que pretende dar continuidade ao trabalho do coordenador anterior, Gilberto Domont. "Em particular aos simpósios que vêm sendo realizados anualmente e que já trouxeram ao Rio pesquisadores internacionais do mais alto nível, como Angelika Görg, Peter Röepstorff, Peter James, James Stephenson, Kelvin Lee, Gilbert Omenn e John Yates, III. "Sem dúvida, isso muito ajudou na divulgação das principais tecnologias proteômicas, já que alguns deles estão entre os maiores especialistas no assunto", disse.

Perales pretende também manter a participação da rede nos simpósios da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular (SBBq), já na quarta edição. Ele quer ainda estimular reuniões científicas, com a participação do maior número possível de integrantes dos diferentes laboratórios da rede, principalmente dos estudantes. "Em reuniões temáticas, poderemos discutir os diferentes projetos em desenvolvimento, compartilhando experiências, metodologias etc.", diz.

É o que também quer a vice-coordenadora, que pensa aumentar a integração da rede a partir de fóruns temáticos, voltados tanto para os projetos científicos quanto para a discussão das técnicas já usadas e daquelas que ainda serão implementadas. "Os avanços científicos na área de proteômica são muito grandes. A cada ano surgem novas técnicas e aparelhos, o que exige que estejamos antenados", fala Russolina Zingali.

Na sua opinião, a rede caminha para a proteômica funcional, que busca o entendimento da função de proteínas dentro de um contexto mais complexo, como, por exemplo, na célula. "Isso implica a determinação de diferentes interações entre proteínas e sua localização celular, e determinação de estrutura, a fim de entendermos melhor suas funções", explica.

A vice-coordenadora destacou que os quatro projetos iniciais da Rede Proteômica "Análise de proteoma da bactéria diazotrófica Gluconacetobacter diazotrophicus e sua interação endofítica com plantas de cana-de-açúcar", "Regulação da expressão gênica em Vibrio cholarae", "Estudo proteômico da infeccção viral" e "Estudo de toxinas animais e seus inibidores naturais por técnicas proteômicas: aplicações em biotecnologia" avançaram muito nos últimos anos. "Deles, o que se caracterizou pelos maiores resultados foi o projeto de Gluconacetobacter associado ao projeto Riogen. A bactéria foi estudada em várias condições e mais de 600 proteínas já foram identificadas", explicou.

Russolina Zingali falou ainda das novas pesquisas incorporadas à rede, entre eles o estudo de leucemias pelo Inca, que tem levado à descoberta de novos marcadores moleculares e possibilitado novas abordagens para diagnóstico, prognóstico e terapêuticas. "Entre os diversos projetos que merecem destaque, podemos citar também o estudo da parede de fungos patogênicos e sua interação com células, buscando-se uma maior compreensão dos múltiplos fatores associados ao desenvolvimento de doenças. Por isso podemos afirmar que a experiência da Rede Proteômica tem sido muito positiva para a ciência no Rio de Janeiro, contribuindo também com pesquisadores de outros estados", disse.

Como todos esses avanços precisam ser divulgados, Perales quer implementar a home page da rede, tornando-a mais dinâmica e interativa. "Ela é um importante instrumento para difusão das novas metodologias, protocolos experimentais e publicações, assim como para divulgarmos comentários e idéias dos membros da rede e ampliarmos um entrosamento que já é grande", diz.

Para Perales, um dos atuais desafios da rede é sua manutenção financeira, o que poderia limitar seu crescimento e até comprometer sua sobrevivência. "As tecnologias proteômicas são relativamente custosas, assim como a manutenção dos equipamentos, principalmente os espectrômetros de massas. Portanto, pretendo estabelecer outros convênios com as organizações financeiras de pesquisa, como o CNPq, o Ministério da Ciência e Tecnologia, a própria Fiocruz, e em particular com a FAPERJ, cujo apoio tem sido fundamental para a implementação da rede.

Iniciativa da FAPERJ, a Rede Proteômica já recebeu cerca de R$ 6 milhões da fundação em auxílios e bolsas. Segundo Russolina, esse investimento permitiu o estabelecimento de cinco laboratórios especializados na preparação de amostras por eletroforese bidimensional e a aquisição de dois espectrômetros de massas (aparelhos fundamentais para a identificação de proteínas). "A rede também recebeu apoio do MCT e CNPq em parceria com a FAPERJ, o que possibilitou a integração de mais quatro laboratórios. Mais recentemente, com financiamento conjunto da Finep e FAPERJ, estamos montando o Laboratório de Espectrometria de Massas e Proteômica.

Além de dar suporte à Rede Proteômica do Rio de Janeiro, essa nova unidade tem como objetivo atender as demandas do Centro de Ciência da Saúde da UFRJ e de outras unidades e universidades , tanto na área de proteômica como em outros projetos que necessitem do emprego da técnica de espectrometria de massas.

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