FAPERJ e Senac identificam pontos de convergência para parceria

Uma maior aproximação entre a FAPERJ e o Senac Rio pode contribuir de forma significativa para o desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro. Esta foi a conclusão a que chegaram representantes das duas instituições reunidos na sede da FAPERJ na terça-feira, dia 20 de junho. Num momento em que as tecnologias permeiam nosso ambiente e que transformar produtos em serviços é um grande desafio, foram identificadas diversas áreas de interesse e cooperação em que a soma de experiências pode render bons frutos.

Depois de assistir a um vídeo institucional do Senac Rio, o presidente da FAPERJ, Pedricto Rocha Filho, falou da interdependência entre o desenvolvimento tecnológico e a comercialização de novos produtos, identificando pontos de convergência nos interesses das duas instituições. “O desenvolvimento tecnológico está intimamente ligado ao mercado. Uma ação conjunta da FAPERJ com o Senac pode ser muito útil para acelerar o desenvolvimento tecnológico no Rio”, analisou.

Vislumbrando uma interação em projetos que envolvam educação profissional, Rocha Filho falou da lacuna que percebe na formação de recursos humanos que possam agregar inovações tecnológicas. “O Senac é um agente importante nessa área. Precisamos iniciar um processo de discussão de propostas concretas que possibilitem maior competitividade da indústria e do comércio fluminenses”, planejou Rocha Filho.

Também no sentido de que a educação profissional é essencial para o desenvolvimento da inovação tecnológica, o superintendente de mercados do Senac Rio, Carlos Miguel Aranguren, falou sobre a convergência de interesses. “Temos todas as condições para essa ação conjunta. Nosso trabalho é voltado para a atividade de comércio e serviços, sempre ajudando empresas com dificuldades em processos que envolvam recursos humanos”, prontificou-se.

Um primeiro passo dessa parceria seria dentro do programa Rio Inovação. De acordo com Fabiano Gallindo, assessor da Diretoria de Tecnologia da FAPERJ, a Fundação investiu R$ 20 milhões no programa nos últimos dois anos, destinando 100% deles ao desenvolvimento de produtos. “Não basta investir em novos produtos, é preciso investir em serviços para que as novas tecnologias tenham valor no mercado”, explicou Gallindo que vê o Senac como o braço que a FAPERJ precisa ter no mercado. “Junto com o Senac, podemos buscar e identificar quais são os serviços inovadores no Estado do Rio. Só assim os novos produtos poderão gerar riqueza e renda”, disse.

Outro ponto de sinergia encontrado foi na área de editoração.  Tanto a FAPERJ quanto o Senac investem na área. A Fundação mantém o programa Auxílio à Editoração, que apóia a edição de livros, manuais, números temáticos de revistas e coletâneas científicas em diferentes suportes como papel e eletrônicos. Também são consideradas solicitações de apoio para vídeos e CDs. A Editora Senac Rio publica obras nas áreas de conhecimento em que atua. Entre os serviços estão a captação e avaliação de originais, preparação de textos, editoração eletrônica, consultoria editorial, distribuição e comercialização. “Precisamos aprofundar as discussões acerca da editoração. Uma dobradinha nessa área daria maior amplitude para um trabalho tão importante desenvolvido pelas duas instituições”, disse Rocha Filho.

Para a formulação de propostas concretas foram acertados outros encontros entre representantes da FAPERJ e do Senac Rio. Além de estabelecer programas futuros, as duas instituições discutirão quais os maiores problemas e entraves da produção científica e tecnológica no Rio de Janeiro.