Rocha Filho faz palestras na UFF e na Unicarioca

O diretor-presidente da FAPERJ, Pedricto Rocha Filho, proferiu esta semana palestras em duas instituições fluminenses, intensificando a troca de informações entre a Fundação e universidades sediadas no estado. Na quarta-feira, esteve na Unicarioca para participar do 3� Infowork. Na quinta-feira, foi a vez de coordenadores de pós-graduação da Universidade Federal Fluminense (UFF) conhecerem um pouco mais sobre o trabalho da Fundação no fomento à pesquisa no estado.

Com o tema O desenvolvimento tecnológico e as funções do estado, Rocha Filho falou para cerca de 120 pessoas que lotaram o auditório da unidade Rio Comprido da Unicarioca na noite de quarta-feira. Ele defendeu a pesquisa e o desenvolvimento como base para uma inserção autônoma e competitiva do Brasil no comércio mundial.

Rocha Filho falou das estratégias de crescimento de países de industrialização tardia, separando-os em três blocos distintos: os que utilizam intensivamente os recursos naturais e têm baixo nível de industrialização; os que se baseiam no uso de mão-de-obra não qualificada e, por último, os que geram suas próprias inovações tecnológicas.

Segundo o diretor-presidente, a ação do Brasil deve ser como a dos países deste último bloco. “É preciso haver uma geração própria de inovações tecnológicas e a sua agregação de alto valor a produtos e processos com competitividade”, opinou. Rocha Filho citou a Embrapa e a Petrobras como exemplos de experiências bem-sucedidas de desenvolvimentos tecnológicos em empresas brasileiras.

A visita à UFF

Na manhã de quinta-feira, Rocha Filho, acompanhado de Jésus Alvarenga Bastos, presidente do Conselho Superior da FAPERJ, reuniu-se com o reitor da UFF, Cícero Mauro Fialho Rodrigues, com o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Luiz Andrade, e com coordenadores de programas de pesquisa da universidade, no Teatro da UFF.

Luiz Andrade expôs o programa Caminhos do Rio – capitaneado pela universidade e ainda em fase de estruturação – que visa criar redes de cooperação e solidariedade entre municípios do Estado do Rio de Janeiro em prol do desenvolvimento regional. De acordo com Andrade, o Programa definiu 10 “caminhos estruturantes”, que abrangem temas como governança, cidadania, comunicação, ciência, tecnologia e inovação. “Queremos estabelecer uma linha conciliatória entre demandas sociais e interesses acadêmicos, que proporcionem resultados de longo prazo”, ressaltou o pró-reitor.

Ele destacou que a presença da universidade em diversos municípios do estado favorecerá a articulação necessária para a execução do programa, mas ressaltou a importância da adesão de instituições locais. O papel das ações em âmbito municipal também foi mencionado por Rocha Filho. “A Constituição Federal de 1988 transferiu aos municípios uma série de atribuições, que só agora estão sendo implementadas. As universidades podem auxiliar muito nesse sentido e fico muito feliz que a UFF esteja atenta a isso”.

Na palestra Visão sobre o fomento da pesquisa no Estado do Rio de Janeiro, o diretor presidente da FAPERJ expôs para a platéia um panorama sobre as ações e linhas de fomento da Fundação e ressaltou o crescimento da produção científica fluminense.  “Temos potencial científico e natural muito vastos no estado. Precisamos desenvolver políticas de proteção a esse patrimônio natural, não apenas para sua preservação, mas para utilizá-lo a favor do desenvolvimento”. Rocha Filho lembrou ainda que a FAPERJ busca atuar não só na área de fomento, mas na coleta de dados que servem de base para reflexões da atuação das universidades e institutos de pesquisa.