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Publicado em: 18/05/2006
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Projeto facilita aquisição de radioisótopos para pesquisa básica

 

Uma iniciativa que reflete cooperação e democracia entre cientistas fluminenses tem garantido a diminuição de custos de pesquisas em Biociências, além de proporcionar a continuidade no fornecimento de matérias-primas necessárias para os estudos. Apoiado pela FAPERJ, o projeto Insumos Radioativos para Biociências nas Instituições de Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro reúne a demanda por radioisótopos entre centenas de pesquisadores cadastrados no estado, a fim de centralizar e financiar a compra que viabilizará as pesquisas.

 

O trabalho foi iniciado em 1999, sob a coordenação do professor Nissin Moussatché, da UFRJ. A idéia é cadastrar grupos de pesquisa que trabalhem com radioisótopos no estado do Rio, identificar sua demanda pela matéria-prima e comprar o insumo conjuntamente para que a grande quantidade do pedido reduza seu preço final. “Se cada grupo comprar o material radioativo separadamente, o valor a ser pago pode sair mais de 50% mais caro”, explica a professora Clarissa Damaso, da UFRJ, que coordena atualmente o projeto, junto com a professora Cláudia Gallo, da Uerj.

 

Mas a vantagem não é apenas a redução do preço do insumo. A compra sistemática garante um fornecimento contínuo e regular de radiosiótopos, fundamental para que as pesquisas prossigam sem interrupções. “Vários insumos radioativos não podem ser armazenados por muito tempo porque têm uma meia-vida curta e a radioatividade decai rapidamente”, explica Clarissa.

 

“Assim, não adianta um laboratório comprar muito material de uma só vez, visando estocá-lo e consumi-lo gradualmente, porque em pouco tempo eles não serão mais úteis. É o caso, por exemplo, de insumos contendo radioisótopos 32P (elemento Fósforo com número de massa 32). Por isso a necessidade de compras menores e regulares, o que encarece muito o material se for adquirido por grupos separadamente”, completa a professora, ressaltando ainda que o projeto evita o desperdício de insumos.

 

Atualmente, 103 grupos de pesquisa, originários das nove instituições científicas do estado, estão cadastrados no projeto. Isso corresponde a mais de 500 pessoas, entre professores, pesquisadores e alunos de pós-graduação e graduação. O fornecimento regular de radioisótopos permitiu que esses grupos publicassem, no biênio 2003/2004, 363 artigos científicos, a maioria em revistas de impacto internacional.

 

Outros grupos de pesquisa, ainda não contemplados, podem se cadastrar, entrando em contato com Clarissa Damaso, pelo email damasoc@biof.ufrj.br. Não é necessário que a instituição seja estadual, basta estar localizada no estado do Rio. A professora alerta, no entanto, que os radioisótopos adquiridos são destinados à pesquisa básica em biociências. Não têm fins hospitalares nem conotação assistencial.

 

 

Radioisótopos funcionam como traçadores radioativos

 

Dentre as áreas mais destacadas das Biociências estão a Biologia Molecular, a Biotecnologia, a Imunologia e a Bioquímica. As duas primeiras envolvem o manuseio das moléculas responsáveis pela informação genética. Já a Imunologia estuda os mecanismos pelos quais o organismo reconhece e elimina substâncias estranhas à sua composição, enquanto a Bioquímica trata das reações passadas nos organismos vivos. Na realização de experimentos nestas áreas, a utilização de um composto radioativo é fundamental para a análise, identificação e quantificação dos processos estudados.

 

O radioisótopo funciona como um marcador de moléculas, empregado nas mais diversas áreas de pesquisa. Ele se incorpora às moléculas estudadas – proteínas, DNA, RNA etc – e permite que o pesquisador acompanhe seu comportamento em reações bioquímicas do organismo. Embora, hoje em dia, haja métodos alternativos ao uso da radioatividade, nenhum deles se mostrou tão eficiente quanto a aplicação de radioisótopos.

 

No entanto, como se trata de um material que oferece riscos à saúde, para manuseá-lo é preciso ter uma preparação especial. Seu uso e compra são regulamentados pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), que emite licenças aos pesquisadores e laboratórios habilitados.

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