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Publicado em: 11/05/2006
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Paleontologia brasileira é reconhecida internacionalmente

Mario Nicoll

 

“É extraordinária a preservação de fósseis de pterossauros encontrados no Brasil”. A afirmação de Alexander Kellner foi feita durante palestra no auditório do Espaço Cultural Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), na noite de terça-feira, dia 10. De acordo com o pesquisador, a paleontologia brasileira tem sido cada vez mais reconhecida internacionalmente pela riqueza e importância de fósseis aqui encontrados.

 

Durante a palestra, o paleontólogo fez um agradecimento à Fundação. “Quero agradecer particularmente à FAPERJ e a seu presidente, Pedricto Rocha Filho, pelo apoio não só ao nosso grupo do Museu Nacional como a outros grupos de paleontólogos do Rio de Janeiro. O apoio da Fundação foi fundamental para esse salto da paleontologia”, observou.

 

Com várias de suas pesquisas apoiadas pela FAPERJ e contemplado pelo Programa Cientistas do Nosso Estado, Kellner traçou um panorama sobre o estudo de pterossauros em várias regiões do planeta ao longo dos últimos séculos. Com o título Pterossauros – dragões alados do passado, o paleontólogo partiu dos primeiros estudos sobre o animal, datados do século XVIII, falou sobre o desenvolvimento das pesquisas e abordou as últimas novidades relacionadas a esses répteis alados, extintos há 65 milhões de anos.

 

Com ênfase em descobertas feitas no Brasil, China, Alemanha, Estados Unidos e Itália, Kellner disse que o conhecimento científico sobre esses animais pré-históricos aumentou consideravelmente nos últimos anos.  O pesquisador atribui às recentes descobertas o esclarecimento de algumas questões que sempre geraram controvérsias.

 

Ainda durante os anos 1990, muitos sustentavam que os pterossauros não eram capazes de realizar vôos ativos; e que apenas planavam. A qualidade de fósseis descobertos recentemente, no entanto, permitiu que se descobrisse que esses animais tinham todas as ferramentas necessárias para um vôo ativo. “O osso esterno bem desenvolvido é uma das evidências de que os pterossauros eram capazes de voar”, explicou Kellner.

 

Outro tema que sempre foi cercado de polêmica é sua locomoção. A discussão que girava em torno de o animal ser bípede ou quadrúpede está praticamente encerrada. “Além de uma membrana alar entre suas pernas, foram encontradas pegadas atribuídas a pterossauros que praticamente acabaram com a discussão levando a evidências de que era quadrúpede”, observou.

 

Tendo participado de estudos realizados na China, Kellner salientou que os fósseis lá encontrados têm uma importante peculiaridade. “O afloramento se dá numa área repleta de tufos vulcânicos, que permitem fazer uma datação precisa do material”, disse o pesquisador que ressaltou a importância da paleontologia na divulgação de ciência. “A paleontologia exerce um fascínio que desperta o interesse de crianças e adultos pela ciência”, disse.

 

A palestra fez parte do ciclo Ciência às Seis e Meia, promovido pela FINEP e pela SBPC/RJ, com entrada franca. A idéia básica é expor os assuntos de forma acessível ao público leigo, para aprofundar a compreensão e a avaliação do papel da ciência e da tecnologia na vida de cada um.

 

Galeria de imagens da pesquisa de Kellner na China 

 

Instituto Virtual de Paleontologia

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