O diretor-presidente da FAPERJ, Pedricto Rocha Filho, esteve reunido, na manhã desta terça-feira, 25 de abril, com o corpo docente da Escola Politécnica, no campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Na ocasião, discutiu-se a demanda de cursos de pós-graduação na escola e as possibilidades de apoio da fundação.
Na Politécnica, que até bem pouco tempo denominava-se Escola de Engenharia da UFRJ, Rocha Filho deu início ao encontro com uma rápida apresentação de sua palestra Visão sobre Fomento à Pesquisa no Estado do Rio de Janeiro, para mostrar aos professores daquela universidade os diversos programas e formas de auxílio com que a FAPERJ apóia pesquisadores e instituições.
“O Rio de Janeiro tem competência científica desde a época em que foi capital federal. Temos um enorme potencial tanto na área científica quanto na cultural, o que precisa ser olhado, do ponto de vista de políticas públicas, como um patrimônio a ser preservado, principalmente num país de recursos escassos como o nosso”, falou. Rocha Filho frisou também que “a engenharia tem muito a contribuir para a melhora da qualidade de vida fluminense”.
Ele destacou o papel da Fundação no crescimento e adensamento do parque científico fluminense, detendo-se para breves explicações sobre os diversos programas da instituição e suas características, numa rápida avaliação sobre cada um deles (Cientista do Nosso Estado, Rio Inovação, Primeiros Projetos, Pronex, Pesquisa para o SUS, entre outros). E em resposta ao interesse dos professores da platéia, procurou falar sobre as possibilidades de apoio às instituições de ensino.
“No ano passado, foram desembolsados R$ 131 milhões, dos quais 47,5%, ou R$ 62 milhões, foram destinados a programas de entidades estaduais, como as escolas técnicas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro (Faetec), ensino à distância, Cecierj e Info Via”, disse.
Rocha Filho falou ainda que a Fundação apóia cursos emergentes e que R$ 8 milhões foram, no ano passado, para bolsas de mestrado e doutorado. “Mas para que estes cursos realmente sobrevivam, é preciso que se insiram em instituições sólidas, contem com um bom corpo docente e recursos laboratoriais, tenham bons projetos de pesquisa e dinamismo para buscar recursos externos. A pós-graduação deve ser a consolidação do estágio anterior, que é a graduação. E acredito que a Escola Politécnica preencha em todos estes requisitos”, falou.
Nos gráficos que apresentou, o presidente da FAPERJ mostrou também que, na busca de recursos junto à fundação, as áreas que detêm o maior número de solicitações são ciências biológicas, ciências exatas e engenharia, respectivamente. São também as com maior número de projetos contemplados. E entre as instituições do estado, a UFRJ, por seus vários núcleos de excelência, tem recebido uma boa fatia de recursos, 58%.
“Também sou engenheiro, e tenho uma visão crítica dessa área”, disse o presidente da FAPERJ, que acredita que é preciso discutir o papel e os rumos da engenharia. “Acho que há um grande potencial no campo social, que nós, engenheiros, ainda não soubemos utilizar Exemplo disso é a saúde, que depende de boas condições de saneamento, o que só acontece com a intervenção da engenharia. Da mesma forma, sabemos que atender o déficit de 10 a 15 milhões de residências é uma forma de contribuir para diminuir a violência. A engenharia pode contribuir de forma inestimável para melhorar a qualidade de vida da população”, concluiu.
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