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Publicado em: 20/04/2006
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Jardim Botânico recebe recursos para estudar Mata Atlântica

O Jardim Botânico do Rio de Janeiro recebeu R$ 350 mil da FAPERJ nesta quarta-feira, dia 19 de abril, para a aquisição de um microscópio de varredura eletrônica. O equipamento será usado no estudo da biodiversidade vegetal da Mata Atlântica. O projeto Anatomia Vegetal na Investigação da Diversidade Biológica da Floresta Atlântica visa mapear as áreas remanescentes de floresta e  identificar espécies ameaçadas de extinção.

 

O projeto de taxonomia  descrição e classificação de espécies será coordenado pela pesquisadora Claudia Franca Barros, do Instituto Jardim Botânico, e desenvolvido por um grupo de nove pesquisadores. Segundo ela, o estudo pretende conhecer as várias espécies representativas remanescentes dos trechos de Mata Atlântica no estado e sua distribuição em diferentes trechos de floresta, identificar suas características anatômicas, sistemas de revestimento e estrutura celular e vascular, classificando-as e separando-as em grupos taxonômicos complexos.

 

“Vamos analisar comparativamente as características dos gêneros e tribos a serem pesquisados para dar suporte aos estudos taxonômicos desenvolvidos no Programa Mata Atlântica”, explica a pesquisadora. Cláudia pretende que o projeto possibilite relacionar características anatômicas e citológicas capazes de se adaptar às condições de sobrevivência na floresta, contribuindo para o conhecimento filogenético das espécies e fornecendo as bases para conservação e manejo de espécies de árvores e arbustos da Mata Atlântica.

 

As amostras dos diferentes órgãos vegetais de várias espécies serão coletadas em diferentes áreas e, depois de processadas quimicamente, serão analisadas no microscópio eletrônico de varredura, que será instalado no Laboratório de Botânica Estrutural do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro. As espécies serão agrupadas com base nas características anatômicas analisadas e os resultados serão submetidos a análises de agrupamento através de programas estatísticos. As etapas do estudo taxonômico incluem a seleção das espécies a serem estudadas, o levantamento bibliográfico, a coleta do material botânico, a fixação e processamento das amostras, a realização de testes histoquímicos e a divulgação dos resultados. 

 

O Programa Mata Atlântica, através de estudos multidisciplinares, tem contribuído nos últimos 15 anos para o conhecimento da diversidade biológica do trecho de floresta remanescente da Mata Atlântica existente do Estado do Rio de Janeiro, que hoje corresponde a aproximadamente 2% do trecho original. Estima-se que existam na Mata Atlântica 10 mil espécies de plantas.

 

Os resultados dessas pesquisas visam orientar e implantar ações de conservação e subsidiar o manejo sustentado, além de formar recursos humanos especializados. As pesquisas são realizadas com a colaboração de pesquisadores de todas as instituições de pesquisa em botânica do estado, como a UFRJ, Uenf, Uerj e UFRRJ, além da Usp, UFRRPE e Unicamp.

 

Depois de 500 anos de utilização contínua, restam de toda a Mata Atlântica apenas cerca de 4% de sua área original de matas primitivas e outros 4% em florestas secundárias. Apesar disto, ela ainda abriga um dos mais importantes conjuntos de plantas e animais de todo o planeta. As florestas tropicais, por suas condições de umidade e calor, são os ecossistemas terrestres que dispõem da maior diversidade de seres vivos. A Mata Atlântica é a floresta que apresentou, até o momento, a maior quantidade de espécies arbóreas.

 

 

Com informações da Assessoria de Comunicação da Secretaria estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro (Secti-RJ)

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