Secti, Finep e FAPERJ preparam lançamento do Rio Inovação 2

Passado menos de um ano da outorga dos contemplados na primeira edição do edital Rio Inovação, a FAPERJ volta a dedicar a sua atenção para o apoio às soluções inovadoras que beneficiem o setor produtivo no estado. A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT), através da FAPERJ, preparam, para os próximos dias, o lançamento da segunda edição do edital Rio Inovação.

Desta vez, o conteúdo do programa sofrerá ligeiras modificações a fim de garantir mais agilidade na avaliação e no processo de seleção das propostas. É esperado um número de propostas superior ao do edital anterior. O prazo de inscrição deverá ser de 30 dias a contar da data do lançamento.

O edital, que contará com recursos da ordem de R$ 13 milhões, tem o objetivo de induzir a aproximação entre as instituições de pesquisa e as empresas fluminenses. Além disso, o proponente deverá comprovar que o objeto de inovação presente em seu projeto está na fase de protótipo ou em vias de ser colocado no mercado.

O diretor-presidente da FAPERJ, Pedricto Rocha Filho, acredita que a iniciativa deverá contribuir para garantir mais competitividade ao setor produtivo: "Nosso objetivo com o programa Rio Inovação é atingir o maior número possível de empresas, promover a integração entre a base do conhecimento e o setor produtivo, e agregar tecnologia aos produtos no mercado para dar mais competitividade à produção nacional".

Proponentes deverão indicar o caráter inovador do protótipo/produto
Uma das novidades do processo de seleção será a obrigatoriedade de preenchimento de um formulário, no qual os proponentes deverão indicar o caráter inovador do protótipo/produto e os eventuais benefícios econômicos e sociais para o Estado do Rio de Janeiro. Ficará mantida a exigência de que o proponente seja pessoa física, com graduação em qualquer curso de nível superior. Além disso, o proponente deverá, por meio de curriculum vitae, comprovar a experiência necessária para desenvolver o projeto proposto. A empresa deve, por outro lado, comprovar que tem expertise na área em que o projeto se insere.

Depois do sucesso do primeiro edital, lançado em dezembro de 2003, o diretor de Tecnologia da FAPERJ, Marcos Cavalcanti, afirma que o edital visa alavancar projetos que estão em vias de se tornar um negócio dentro da cadeia produtiva. “É função precípua da Fundação ser uma agência de fomento à pesquisa básica na área científica e ser uma instância que contribua para que a pesquisa efetivamente se transforme em benefícios para a sociedade. E o Rio Inovação aponta nessa direção”, diz Cavalcanti.

As quatro áreas de interesse do novo edital são as de Agronegócios, Biotecnologia, Saúde e Energia. Elas contarão com recursos de seus respectivos fundos setoriais. Já os recursos do Fundo Verde Amarelo poderão contemplar outras áreas. O Governo do Estado entrará com uma contrapartida com valor equivalente.

Experiências semelhantes têm sido desenvolvidas no Brasil, fruto da mesma parceria com a Finep/MCT e os Fundos Setoriais. O edital da FAPERJ inova ao restringir seu apoio aos projetos que apresentem um protótipo, produto ou serviço, com uma solução tecnológica.

Na última década, estudos mostraram que o tratamento atribuído a um conjunto de fatores de ordem gerencial, produtiva, comercial e mercadológica – alavancados pela inovação – pode contribuir, a curto e médio prazo, para que países e empresas possam se inserir, de forma mais competitiva, num mercado global.

Lançada em dezembro de 2003, a primeira edição recebeu 108 propostas – das quais 20 foram selecionadas. A cerimônia de outorga foi realizada no mês de novembro de 2004, no Palácio Guanabara, na presença da governadora Rosinha Garotinho.