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Publicado em: 11/08/2005
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Congresso no Rio: Paleontologia brasileira no circuito mundial


Com a presença de alguns dos mais renomados especialistas internacionais, teve início nesta quarta-feira, 10 de agosto, no Rio Othon Palace, o 2 Congresso Latino-Americano de Paleontologia de Vertebrados. O evento, que termina nesta sexta-feira, é uma iniciativa do Museu Nacional/UFRJ e tem o apoio da FAPERJ. Logo no primeiro dia, causaram sensação a apresentação do modelo em tamanho real de um dinossauro com penas encontrado na China em 2004, o Microraptor gui, e fósseis do mais antigo pássaro descoberto há cerca de dois meses em solo brasileiro.

O congresso conta com a participação de cerca de 300 pesquisadores, vários deles apoiados pela FAPERJ, como o presidente da comissão organizadora, Alexander Kellner; o diretor do Museu Nacional/UFRJ, Sérgio Alex K. de Azevedo; Ismar de Souza Carvalho; Lílian Paglarelli Bergqvist, Cibele Schwanke, Rhoneds Perez e Antonio Carlos Fernandes – todos integrantes do Instituto Virtual de Paleontologia (IVP) da Fundação. Entre os destaques estrangeiros estão os americanos Paul Sereno e Jeffrey Wilson; os argentinos Diego Pol, Zulma Gasparini e Fernando Novas; o australiano Ralph Molnar; e o britânico Michel Benton. “Este evento demonstra que o país está alcançando maturidade na área científica ao conseguir realizar um congresso desse porte, com a presença de nomes de destaque na paleontologia ao redor do planeta”, disse Kellner.

A partir de sábado, dia 13, o Museu Nacional/UFRJ (Quinta da Boa Vista, s/n, São Cristóvão, tel. 2568-8262) inaugura a mostra A Arte na Paleontologia, que promete atrair grande público à instituição com a exibição de réplicas e ilustrações em grafite e acrílico de dinossauros e outros animais pré-históricos. Entre as mais de 50 obras selecionadas estarão, entre outros, o modelo do Microraptor gui, que viveu no período cretáceo (há cerca de 120 milhões de anos). A exposição estará aberta ao público de terça a domingo, das 10h às 16h. O preço da entrada é de R$ 3, mas crianças até 10 anos e adultos com mais de 65 não pagam.

Dinossauro com penas atrai curiosidade da mídia e de pesquisadores
A exibição da reconstituição do Microraptor gui, realizada pelo paleoartista do Museu Nacional/UFRJ Orlando Grillo, atraiu grande curiosidade da imprensa reunida pelo comitê organizador do congresso no final da manhã de quarta-feira. O modelo foi realizado a partir de uma réplica científica trazida da China por Kellner, durante recente estada do pesquisador naquele país. O dinossauro, que era carnívoro e media cerca de 77cm de comprimento, possuía penas nos membros inferiores e posteriores e voava de árvore em árvore. Sua descoberta na província chinesa de Liaoning fortalece a tese de que as aves descendem dos dinossauros.

Outro modelo apresentado na mesma ocasião foi o do Archaeopteryx, de autoria de Maurílio de Oliveira. A espécie, cujo fóssil foi encontrado na Alemanha em 1861, viveu há cerca de 160 milhões de anos e até o momento é considerada como a primeira ave. Com a descoberta do Microraptor gui, os estudos e conclusões acerca da espécie poderão ser reconsiderados.

Em outro anúncio de impacto, o pesquisador Herculano Alvarenga, do Museu de História Natural de Taubaté (SP), apresentou registros fósseis das mais antigas aves já descobertas no país. Encontrados há cerca de dois meses na região de Presidente Prudente, no oeste paulista, os fósseis são de espécies de aves Enantiornithes, que viveram há cerca de 70 a 80 milhões de anos. “Do tamanho aproximado de pardais, essas aves já haviam sido descobertas na Ásia e na Argentina. Mas esses são os primeiros no Brasil e certamente irão nos ajudar na pesquisa sobre a evolução das aves”, disse Alvarenga.

Pesquisadores do IVP da FAPERJ apresentam trabalhos
Outros destaques do programa do congresso são a exposição de paleoarte, no primeiro andar do hotel, e a sessão de pôsteres realizada no salão Itaipu. Os pesquisadores associados do Instituto Virtual da FAPERJ também participam de diversas atividades do congresso. O professor da UFRJ Ismar de Souza Carvalho apresenta, na sessão de pôsteres, em companhia de Antonio Carlos Fernandes, um estudo sobre pegadas fósseis. Paralelamente, Carvalho tem, ao lado de Marcelo Adorna Fernandes, também da UFRJ, participação em outro estudo programado para a sessão regular do congresso, desta vez sobre pistas e pegadas de tetrápodes nos arenitos aeólicos da Formação Botucatu, no interior paulista.

Já a pesquisadora Lílian Paglarelli Bergqvist, contemplada em 2004 no edital Primeiros Projetos da FAPERJ, fará nesta sexta-feira, ao lado de Leonardo dos Santos Ávilla e do argentino Marcelo Alfredo Reguero, do Museu de la Plata, uma apresentação sobre grupo Pyrotheria, encontrado na Bacia de Taubaté. Em outra apresentação, Bergqvist falará sobre o andamento de estudo com mamíferos fósseis encontrados na Bacia de Itaboraí, próximo ao Município de Niterói. Ao lado de Reguero, a pesquisadora também coordena a apresentação de simpósio intitulado Origem, Evolução e Biogeografia dos Mamíferos Gondwânicos.

O presidente do comitê organizador, Kellner, em dupla com Jonathas de Souza Bittencourt, seu colega no Setor de Paleovertebrados do Departamento de Geologia e Paleontologia do Museu Nacional/UFRJ, também teve um trabalho inscrito no programa oficial, além de pôsteres em companhia de Gustavo Ribeiro de Oliveira, professor na mesma instituição. O diretor do Museu Nacional/UFRJ, Sérgio Alex K. de Azevedo, participa do programa com quatro trabalhos inscritos – dois deles em companhia do paleoartista Orlando Grillo nos quais discute a utilização de scanner a laser 3D em trabalhos na área da paleontologia.

A arqueóloga Rhoneds Rodrigues, que também integra o corpo docente do Museu Nacional/UFRJ, por sua vez, inscreveu no programa Uma Proposta de Gerenciamento do Patrimônio Cultura, sobre as possibilidades de exploração do Parque Paleontológico da Bacia de São José de Itaboraí.



 

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