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Publicado em: 28/07/2005
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Rio e o Pan 2007: uma questão de química

Marina Lemle

 

Com o lobby do presidente dos Estados Unidos, a cidade de San Antonio, no Texas, figurava como favorita na disputa para sediar os Jogos Panamericanos de 2007. À cidade faltava, entretanto, um laboratório para controle de doping - as amostras teriam que ser enviadas a Los Angeles para análise. A falta texana foi vantagem decisiva para o Rio de Janeiro: fica logo ali, no Instituto de Química (IQ) da UFRJ, na Ilha do Fundão, o primeiro laboratório para o controle de dopagem no esporte credenciado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) na América Latina e Caribe, há exatos três anos.

 

O Laboratório de Controle de Dopagem (Labdop), hoje também credenciado pela Agência Mundial Antidopagem (World Anti-doping Agency, WADA), é o braço com vocação para a análise de materiais biológicos do Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (Ladetec) do Instituto de Química da UFRJ. O Labdop já firmou compromisso com a organização do Pan 2007 de fazer o controle de dopagem dos atletas que participarão das provas.


À frente do Ladetec, cuja estrutura reúne, além do Labdop, outros cinco laboratórios químicos especializados do IQ-UFRJ, está o professor Francisco Radler de Aquino Neto. O pesquisador é apoiado pela FAPERJ através do programa Cientista do Nosso Estado desde 1998. Seu projeto “Química: da Academia para a Sociedade” tem como objetivo contribuir para que o conhecimento atual da química possa beneficiar a sociedade, em particular a brasileira.

 

O Ladetec utiliza tecnologias avançadas para fazer análises de fluidos e tecidos biológicos, produtos naturais, amostras ambientais de água, sedimentos e ar, prospecção geoquímica de petróleo, química fina, matéria prima, produtos, intermediários e cinética de processos, controle e tratamento de efluentes, rejeitos e emissões. Com suas análises orgânicas de misturas complexas a partir de matrizes diversas, os laboratórios associados atendem à demanda científica de diversos grupos de pesquisa, além de servir aos setores industrial, comercial e de serviços no Brasil e na América Latina. Entre as tecnologias em uso no Ladetec estão a Cromatografia Gasosa de Alta Resolução (CGAR) e suas modalidades de alta temperatura, quiral e acoplamentos à Espectrometria de Massas quadrupolar por captura de íons (ITD) e de alta resolução; e a Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) e seu acoplamento a Detector de Arranjo de Diodos (DAD) e Espectrometria de Massas em Tandem.

 

Dentre os laboratórios do Ladetec, o Labdop vem se destacando pelo importante papel que desempenhará nos jogos de 2007. Em convênio com a UFRJ, o Ministério do Esporte está investindo no laboratório. Dez novos equipamentos já estão no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, aguardando liberação. Eles irão substituir equipamentos obsoletos e permitir que análises ainda não realizadas no Brasil sejam implementadas até o Pan 2007, como por exemplo a espectrometria de massas por razão isotópica de compostos individuais (CG/C/EMRI), a cromatografia gasosa bidimensional compreensiva acoplada a espectrometria de massas de alta resolução por tempo de vôo (CGxCG-TOFMS) e a detecção de eritropoietina (EPO). Os serviços são de alto conteúdo tecnológico, já que as fraudes são cada vez mais sofisticadas e inovadoras, o que exige a contínua pesquisa por parte dos laboratórios de controle envolvidos”, afirma Radler.

 

O pesquisador acrescenta que os laboratórios são um núcleo de desenvolvimento de conhecimento em química analítica orgânica avançado, com formação de pessoal em todos os níveis, e fazem do Estado do Rio de Janeiro um centro de excelência em metodologias atuais de análise química de ponta e prestação de serviços ao estado e ao país em áreas de análises químicas. “A qualidade, diversidade e evolução das análises realizadas em função da demanda só se mantêm com base em pesquisas de ponta, o que confere à atividade uma utilidade prática imediata, além de produção científica contínua e referendada pela publicação de resultados em periódicos indexados nacionais e internacionais, além de participações com artigos em congressos especializados”, destaca Radler.

 
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