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Publicado em: 30/06/2005
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Descobridor do genes do câncer dá palestra para alunos da UFRJ

Autor de uma das mais importantes descobertas sobre o câncer – que lhe valeu o prêmio Nobel de medicina em 1989 –, o americano Harold Varmus realizou na última segunda-feira, dia 27 de junho, palestra para estudantes que lotaram o auditório do Instituto de Bioquímica do Centro de Ciências da Saúde, na UFRJ. O pesquisador, que é presidente do Memorial Sloan-Kettering Center de Nova York e foi diretor do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos durante a administração Bill Clinton, falou por cerca de uma hora antes de deixar o campus da universidade às pressas para não perder o vôo de volta para os EUA.


Antes da palestra, Varmus visitou o Centro Nacional de Ressonância Magnética Nuclear da UFRJ, coordenado pelo diretor-científico da FAPERJ, Jerson Lima Silva – um dos responsáveis pela visita do americano ao país. Na semana passada, horas depois de chegar à cidade, Varmus realizou conferência organizada pela Coordenação de Programas de Estudos Avançados (Copea) da UFRJ.

No dia seguinte, participou, em companhia do indiano Rao Nehru, presidente da Academia de Ciência do Mundo em Desenvolvimento, e de Phillip Griffiths, do Instituto Avançado de Princeton (EUA), de um café da manhã oferecido pela governadora Rosinha Garotinho no Palácio Laranjeiras. Na ocasião, foi acertado um programa de cooperação entre Brasil e Índia com o objetivo de implementar um centro de nanotecnologia no Estado do Rio de Janeiro.

Durante a palestra de segunda-feira, Varmus discorreu sobre os avanços da pesquisa sobre o câncer nas últimas décadas. Em 1989, ele recebeu o Nobel em conjunto com Michael Bishop pelo papel significativo que tiveram na descoberta de que, em geral, as células cancerosas parecem ser dependentes de um ou poucos oncogenes ativados para manter sua condição oncogênica. Tal constatação abriu caminho para que cientistas anunciassem a possibilidade de combater as células cancerosas com uma combinação de drogas que seriam direcionadas para essas células.


Sempre bem-humorado e transmitindo otimismo em relação ao futuro das pesquisas sobre o câncer, Varmus afirmou que é preciso catalogar de forma ampla os diferentes genótipos das várias formas de câncer, de modo que as drogas possam ser desenhadas para cada tipo de tumor. Ele relatou o caso recente de um homem com câncer de pulmão em estágio avançado que depois de tratado com drogas em fase de testes, deixou a cadeira de rodas e o tanque de oxigênio. “Cinco dias depois, esse paciente apresentava o pulmão limpo em uma tomografia. Contudo, ainda é cedo para afirmar que o tratamento poderá garantir a recuperação total de pacientes como esse e é preciso não esquecer que são muitos os tipos de câncer”, disse.


O renomado pesquisador criticou os gastos excessivos de países como os Estados Unidos em conflitos como o do Iraque, que, segundo ele, poderiam ser melhor empregados em pesquisas na área científica. Ele chegou a defender de forma veemente uma mudança na cultura em torno da pesquisa científica a fim de garantir a disseminação do conhecimento de maneira mais ampla. “É essencial que consigamos baixar os custos de acesso ao conteúdo de publicações científicas, hoje excessivamente altos, e também disponibilizar amplamente o material de arquivos e bibliotecas”, disse.

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