Mercado intelectual e tecnológico é tema de 8º encontro

Pelo oitavo ano consecutivo, foi realizado esta semana na cidade, a REPICT - Encontro de Propriedade Intelectual e Comercialização de Tecnologia. O objetivo do encontro é dar continuidade à disseminação da cultura da propriedade intelectual e apoiar o desenvolvimento de políticas e ações estratégicas para a proteção, valoração e comercialização do conhecimento gerado em universidades, centros de pesquisa, instituições tecnológicas e empresas. O evento, que aconteceu de 20 a 22 de junho, reuniu no hotel Rio Othon Palace de autoridades a pesquisadores e profissionais que lidam com o tema. O diretor-presidente da FAPERJ, Pedricto Rocha Filho, participou da mesa de abertura do encontro.

Ao abrir a solenidade, o presidente da Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro, Paulo Alcântara Gomes, elogiou o apoio constante da FAPERJ aos eventos da área de ciência, tecnologia e inovação na região do Estado do Rio de Janeiro. “Ao longo dos anos, notamos, com satisfação, um crescimento importante do interesse em participar deste evento de setores, como aqueles ligados à gestão pública e à inovação”, disse.

Embora venha demonstrando inequívoca vocação para o desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias, o Brasil enfrenta dificuldades quando o assunto é o registro de patentes. A área de patentes é considerada um elemento-chave para garantir os direitos de exploração e o aumento da presença de cientistas brasileiros no processo de desenvolvimento de novas tecnologias e inovações. São vários os casos de descobertas realizadas no país por pesquisadores brasileiros que, no entanto, hoje obrigam empresas e consumidores ao pagamento de direitos e royalties por sua exploração em território nacional.

Em sua participação na cerimônia de abertura, Rocha Filho disse que o evento da Repict é um exemplo de ‘série histórica’ de um encontro que estimula o debate e um pensar em torno do tema da propriedade intelectual e da tecnologia. “O Brasil vai aos poucos dando sinais de amadurecimento. Além de já possuirmos uma política nacional de comércio exterior, agora dispomos também de uma lei de inovação”, disse.

Em seguida, Rocha Filho abordou a responsabilidade da instituição no fomento à pesquisa no Estado do Rio de Janeiro. “Como presidente de um órgão gestor devo dizer que o sucesso da administração da FAPERJ passa também pelo acompanhamento de debates como este que tem início hoje neste evento”, disse o presidente da FAPERJ.

Rocha Filho lembrou à platéia presente ao salão Itaipu do hotel Rio Othon Palace, na zona sul da cidade, que o órgão vem paulatinamente canalizando recursos para a área de tecnologia, diversificando, dessa forma, o foco das atenções da entidade que sempre privilegiou a área científica. “Percebemos, com nitidez, uma evolução temática no setor de tecnologia, revelador de um grande potencial não só na geração de riquezas, como também na sua distruibuição”.

Antes do encerramento o embaixador Antonino Marques Porto e Santos, representando o secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Samuel Pinto Guimarães, proferiu palestra magna sob o tema Propriedade Intelectual nas Negociações Internacionais: A inovação como Foco estratégico. A mesa de abertura contou com a participação de Paulo Alcântara Gomes, presidente da Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro; Odilon Marcuso, diretor Finep (Financiadores de Estudos e Projetos, órgão vinvulado ao Ministério da Ciência e Tecnologia); Maria Celeste Emerick, coordenadora da Repict; Reinaldo Guimarães, vice-presidente de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da Fiocruz e presidente do Conselho Superior da FAPERJ; Jorge Ávila, vice-presidente do INPI; Carlos Soligo Camerini, gerente executivo do Centro de Pesquisas da Petrobras.