Editores e escritores: elogios ao Programa de Editoração

O principal mérito da participação da FAPERJ na XII Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, no Riocentro, foi divulgar seu Programa de Editoração Científica e os títulos já lançados por ele. Para a coordenadora do programa, Ismênia de Lima Martins, a Bienal é uma ótima oportunidade de socializar o esforço editorial da Fundação. “É um trabalho muito amplo e diversificado, não só no campo das ciências exatas como no das humanas, que foi amplamente divulgado na mostra”, observou.

Ismênia ressaltou ainda que livros financiados pela FAPERJ para o público infanto-juvenil fizeram grande sucesso na feira. Exemplo são quatro títulos de autoria de Roberto Lent que falam de neurociência para crianças: O mico do neurônio escutador, O neurônio apaixonado, Um neurônio de olho vivo, e Atenção, neurônios na bicicleta.

Durante os 11 dias do evento – de 12 a 22 de maio –, a FAPERJ dividiu com a Editora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Eduerj) um espaço no estande da Associação Brasileira das Editoras Universitárias (Abeu). A localização – o primeiro estande a ser visitado por quem entrava pelo Pavilhão Vermelho – ajudou a atrair cerca de duas mil pessoas por dia.

Para Lúcia Bastos, editora-executiva da Eduerj, a parceria trouxe frutos positivos para ambas as partes. “Considero essa união importantíssima para difundir os pontos fundamentais do conhecimento”, avaliou a professora titular de História Moderna da Uerj e suplente de Reinaldo Guimarães no Conselho Superior da FAPERJ.

Lúcia lembrou que as duas instituições são ligadas à Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação. Ela também elogiou o Programa de Editoração da FAPERJ. “Acho fantástico esse programa. É fundamental para propagar teses e trabalhos acadêmicos”, avaliou.

A historiadora Daniela Calainho concorda. “As editoras comerciais não têm interesse em publicar trabalhos acadêmicos. O programa da FAPERJ preenche essa lacuna, estimulando e possibilitando a publicação desse tipo de trabalho”, observou.  Junto com outros dois autores – Célia Cristina Tavares e Pedro Marcelo Pasche de Campos –, Lúcia lançou o livro Guia de Fontes e Bibliografia sobre a Inquisição em coquetel realizado no estande da FAPERJ no dia 20.

Com tiragem inicial de dois mil exemplares, a obra é o resultado de mais de sete anos de pesquisa em que foram levantadas fontes e bibliografia sobre a Inquisição em institutos de pesquisa localizados no município do Rio de Janeiro e de Niterói. O guia, cuja publicação pela Eduerj foi financiada pela FAPERJ, pretende ser um facilitador em pesquisas sobre a Inquisição. “Para fazer o trabalho, tivemos a ajuda de dez bolsistas. O assunto é tão instigante que muitos deles acabaram se especializando em História da Inquisição”, disse Célia.

A pesquisa dos três historiadores do Núcleo de Estudos Inquisitoriais da Uerj fez importantes descobertas sobre a Inquisição. “Encontramos em instituições do Rio alguns documentos originais que imaginávamos só existir na Europa”, orgulha-se Daniela.

Além do lançamento de livros, a FAPERJ promoveu seis palestras durante a mostra. Os temas variados atraíram grande número de pessoas para o Café Universitário, o que mostra que o público se interessa cada vez mais por ciência e tecnologia. “O interesse das pessoas pelo nosso estande e a presença efetiva nas palestras foi muito maior nesta bienal do que na última”, comparou Joseph Lynch, um dos responsáveis pelo estande da FAPERJ nas três últimas bienais.

Em cartão enviado ao presidente da FAPERJ, Pedricto Rocha Filho, o reitor da Universidade Gama Filho, Arno Wehling, reconheceu o esforço da Fundação no evento. “Por minha palavra, a Universidade Gama Filho vem parabenizar a FAPERJ pela presença marcante na XII Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, onde pode dar a conhecer ao grande público muito do que tem feito em prol da produção científica em nosso Estado”, concluiu.