Expo Interativa: FAPERJ presente na festa da ciência

Apesar de semana de sol e calor, muitos cariocas trocaram a praia pela ciência. Desde segunda-feira, dia 11, famílias inteiras – crianças, jovens e adultos –, professores de ciências e cientistas visitam a Expo-Interativa, onde se divertem ao mesmo tempo em que têm acesso a informações sobre novas tecnologias e avanços científicos recentes. A mostra tem mantido lotado o Riocentro, o grande parque de exposições localizado na Zona Oeste do Rio. Os interessados ainda têm até domingo, dia 17, para aprender um pouco sobre ciência e tecnologia de forma lúdica e divertida.

E o governo do estado está presente nessa festa, representado pela Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e suas vinculadas FAPERJ, Proderj, Cecierj, Faetec, Uerj e Uenf, que dividem o espaço na divulgação de seus programas e projetos. O estande, localizado bem na entrada do pavilhão, tem atraído mais de 600 pessoas por dia. “Como somos o primeiro estande da feira, assim que os portões abrem isso aqui lota e fica assim o dia todo”, relatou Viviane Lacerda, responsável pelo espaço da FAPERJ. Neste espaço estão expostos os quadros das três primeiras edições do Projeto Rio de Janeiro em Mapas e é onde são feitos animados sorteios de livros financiados pelo programa Auxílio à Editoração. Um atrativo charmoso é o Café Secti, reservado para sessões de bate-papo informal sobre ciência. “Os sorteios são sempre logo depois das sessões de bate-papo. Distribuo as senhas a partir de um bloco de 100 números, que acaba logo devido à grande procura”, contou Viviane.

O bate-papo de quinta-feira, dia 14, foi sobre dinossauros e paleontologia, o que atraiu muitos jovens. O paleontólogo Ismar de Souza Carvalho, do Departamento de Geologia da UFRJ e ativo integrante do Instituto Virtual de Paleontologia da FAPERJ, falou sobre os parques paleontológicos do Brasil na valorização da cidadania e na transformação econômica. Apesar de ter qualificado a Expo Interativa como “excepcional”, Ismar considerou a divulgação fraca e lamentou a ausência das universidades do Rio de Janeiro. “Só fiquei sabendo da mostra por causa do convite de vocês da FAPERJ“, criticou. “Estou vendo aqui um público enorme, formado principalmente por professores de ciência, jovens e crianças. É um público excelente, formado pelos possíveis cientistas do futuro. Vi estandes de universidades de outros estados, mas não das do nosso estado, que não tiveram a sensibilidade de estar presentes”, avaliou Ismar. As únicas universidades do Rio que Ismar viu representadas foram a Uerj e a Uenf, no estande da Secti.

Na sexta-feira, dia 15, às 17h, a FAPERJ promoverá um bate-papo com Chris Rodrigues sobre o tema O cinema e a produção, título de uma publicação apoiada pela FAPERJ. No sábado, também às 17h, Maria Antonieta Rodrigues, coordenadora do Instituto Virtual de Paleontologia da FAPERJ, vai falar sobre a revitalização do Parque Paleontológico de Itaboraí.

Pela quantidade de jovens, crianças e professores presentes, pode-se dizer que a Expo Interativa é um macrocosmo das feiras de ciências promovidas tradicionalmente por escolas de ensino fundamental e médio. A diferença é que, dessa vez, o assunto ganhou muito mais espaço e atraiu muito mais gente para experiências pra lá de interessantes.

“É incrível isso aqui! Estou adorando. Deu até pra entender o que é nanotecnologia”, animou-se Elaine Rodrigues, 13 anos, estudante da 6� série do Ensino Fundamental, referindo-se a um dos mais complexos avanços científicos da atualidade.

Aventura Nanocientífica

Um dos estandes mais procurados da mostra, por sinal, é o Nanoaventura, coordenado pela Unicamp e pelo Ministétrio da Ciência e Tecnologia, onde é possível participar de jogos eletrônicos, animações 3D, vídeos, efeitos especiais e músicas. O visitante pode participar de quatro diferentes jogos, que têm atraído mais gente do que o previsto. Na quinta-feira, às 12h, já não havia mais senhas para participar das quatro sessões diárias; a última é sempre às 17h. O jogo Laboratório virtual simula a exploração do Laboratório de Alta Tecnologia de Campinas, por meio de um trem fictício.

O participante passeia pelas instalações e interage com cientistas. O jogo Nanocircuito dá a oportunidade de manipulação virtual de átomos e moléculas com microscópios de alta tecnologia. O objetivo do jogador é construir um novo produto. No estande, também pode-se brincar de curar doenças. O objetivo do jogo Nanomedicamentos é curar uma célula microscópica. O quarto jogo do estande é Preparação de Amostras, onde por meio de um poderoso microscópio virtual, o jogador pode limpar uma superfície nanoscópica, manipulando átomo por átomo.

Comida e Ciência

Mas não é só ciência que atrai público. Na quarta-feira, a Faetec promoveu uma degustação para mostrar como se aproveitar melhor os alimentos. Bolo de casca de banana, tortas feitas com sobras de legumes e outras iguarias foram distribuídas no estande da Secti. “Logo que começamos a degustação, o estande encheu de gente. Foi impressionante”, observou Viviane Lacerda.

A Expo-Interativa é uma iniciativa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por intermédio da Casa de Oswaldo Cruz e do Museu da Vida.