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Publicado em: 30/03/2005
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Dia da Inclusão Digital atrai grande público ao Largo da Carioca

Tenda na Carioca promove inclusão digitalAs comemorações pelo Dia da Inclusão Digital atraíram, nesta terça-feira, 29 de março, centenas de pessoas ao estande montado no Largo da Carioca pelo Proderj (Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio de Janeiro), em parceria com as ONGs CDI (Comitê Para a Democratização da Informática) e Viva Rio. A FAPERJ também esteve presente no estande, onde foram distribuídos 500 exemplares da última edição do Jornal da FAPERJ.

Instituído pela governadora Rosinha Garotinho através da lei 4.503, sancionada em 11 de janeiro de 2005, o Dia da Inclusão Digital mostrou que veio para ficar no calendário de eventos da cidade. No Largo da Carioca, filas se formavam para os interessados em acessar a internet por meio de um dos 15 microcomputadores que ficaram disponíveis no local entre as 9h e 17h. Uma das monitoras que atendiam o público, Soraia Orlando de Jesus disse que o interesse da população pelo assunto da inclusão digital era evidente, mas que o conhecimento sobre informática e a internet era pequeno entre a maioria. “Nesta era digital, é importante ter acesso à internet, onde você pode, por exemplo, procurar emprego, consultar um processo na justiça, verificar sua situação cadastral na Receita Federal e fazer uma pesquisa de preços”, disse. 

Repórter da rubrica Beleza Pura do site Viva Favela - projeto da ONG Viva Rio -, Mariana Leal também participou do evento como monitora. Ela se mostrou impressionada com a diversidade de pessoas que procuravam o estande. “Deveria haver um evento como este pelo menos uma vez por mês. Como o estande é aberto e o largo é amplo, as pessoas não se intimidam e vêm pedir informações”, disse.

Nos computadores conectados à internet, as preferências de navegação se revelaram variadas. Enquanto alguns optavam por consultas a sites com ofertas de emprego, outros preferiam visitar bancos de dados como o do Detran. O site da Receita Federal também foi bastante procurado por aqueles que quiseram declarar o imposto de renda online. Mas houve também quem procurasse a sua alma gêmea, acessando sites como o Par Perfeito.

Estande na CariocaO vendedor de peças de automóveis Paulo Roberto de Almeida, morador do Maracanã, foi um dos que fizeram sua estréia na web. “Estava passando quando vi o estande e decidi vir até aqui ver do que se tratava”, contou. Interessado por orquídeas, o desempregado fez uma pesquisa sobre o assunto na rede que o deixou entusiasmado. “Fiquei admirado com a variedade de informações sobre orquídeas que encontrei. Esta é, sem dúvida, a ferramenta do futuro. Quem não tiver acesso a ela estará excluído”, concluiu.

Em 2001, o governo do estado criou os centros de internet comunitária, programa que foi retomado e ampliado pela governadora Rosinha Garotinho. Em 2004, foram inaugurados 23 centros de internet comunitária, que atenderam, entre outubro e março deste ano, cerca de 80 mil pessoas.   

Debate reúne representantes do governo do estado e de ONGs

No início da tarde, uma mesa-redonda sobre o impacto da inclusão digital no dia-a-dia das comunidades reuniu representantes de instituições do governo e de ONGs na estação do Metrô Carioca. Mediado pela jornalista Cristina de Luca, o debate contou com a participação do vice-presidente do Proderj, Paulo César Coelho. “Este é um trabalho que não tem tanta visibilidade quanto a inauguração de uma ponte ou de uma escola, mas que terá grande importância para as gerações futuras”, disse Coelho. O Proderj, órgão vinculado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação que coordena projetos de implementação e disponibilização de novos serviços eletrônicos à população, participa de várias iniciativas junto a ONGs e outras entidades parceiras. Uma delas é o projeto Maré Digital, no Complexo da Maré. Com o apoio da FAPERJ, o projeto disponibiliza aos moradores da área acesso à Rede Rio, mantida pela Fundação, em três laboratórios de inclusão digital.

Debate sobre inclusão digital reuniu especialistasCristiane Ramalho, editora-executiva e coordenadora do Viva Favela - site dedicado ao noticiário sobre as comunidades de baixa renda da cidade -, afirmou que os moradores dessas áreas precisam, como todo o resto, de informação sobre sua própria comunidade. “A mídia tradicional, quase sempre, só entra nessas áreas para apurar fatos relacionados à violência”, disse. “É preciso dar voz às pessoas que ali vivem, ao dia-a-dia dessas comunidades. Há muita gente criativa e competente morando nessas áreas, e que, embora muitos prefiram achar o contrário, também fazem parte da cidade”, disse.

Como representante de uma das ONGs que mais trabalha pela inclusão digital no país, o CDI, Fábio de Oliveira lembrou que a tecnologia pode ser usada também para aumentar a exclusão social. “A tecnologia por si só não inclui, mas, ao contrário, tende a excluir. A inclusão digital é fundamental para garantir o acesso generalizado à informação e ao conhecimento. Caso contrário, parte da população ficará duplamente excluída”, disse. Criado há 10 anos, o CDI está presente em 20 estados e 10 países, tendo participado da instalação de quase 1000 escolas de informática e cidadania.

Convidada para o debate, a diretora da Biblioteca Pública Estadual, Ana Ligia Medeiros, disse que a biblioteca é o lugar simbólico, por excelência,  para reunir tecnologia e conhecimento. “As bibliotecas, que são um bem de todos os cidadãos, têm um papel determinante no processo de disponibilizar o conhecimento para a população. Temos, no país, um acervo riquíssimo, e estamos trabalhando para colocá-lo ao acesso de todos na rede”, afirmou.

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