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Publicado em: 12/08/2021
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Covid-19: teste a partir de anticorpos de animais

Claudia Jurberg

Grupo da UFF que participa do desenvolvimento do kit de
diagnóstico da Covid-19. A partir da esq., Francisco Vilaça Gaspar,
Carolina Ligiero, 
Célia Machado Ronconi, Tamires Soares
Fernandes e Dayenny 
Louise D'Amato Leite (Foto: Divulgação/UFF)

Anticorpos extraídos de diferentes animais serviram de base para o desenvolvimento de mais um kit brasileiro de diagnóstico da covid-19. Anticorpos de cavalos, de camundongos e de coelhos foram utilizados para a obtenção de uma grande quantidade dos biossensores. Os anticorpos são a base dos testes e são muito caros quando adquiridos no mercado. A ideia, além de reduzir custos, é produzir um sensor fácil de manusear, barato e rápido no diagnóstico.

A pesquisadora Célia Machado Ronconi, da Universidade Federal Fluminense (UFF), explica que o grupo purificou o soro de cavalo contendo os anticorpos policlonais equinos doados pelo Instituto Vital Brazil (IVB). Os anticorpos foram produzidos a partir da proteína S (Spike) isolada do vírus pelo Laboratório de Engenharia de Cultivos Celulares da Coppe – Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Os bioconjugados fluminense, criados a partir dos anticorpos de cavalos e nanopartículas de ouro, foram capazes de identificar tanto a proteína S (Spike) isolada do vírus como o vírus inativado. Como os anticorpos equinos são produzidos em grandes quantidades no Instituto Vital Brazil, renderá uma produção dos bioconjugados também em grande escala.

Ronconi faz parte de uma rede nacional que inclui ainda cientistas da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), UFRJ, Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal de Minas gerais (UFMG), Universidade de São Paulo (USP-São Carlos), as universidades federais do Tocantins e de Goiás, o Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste, o Instituto Vital Brazil (IVB) e o Instituto Butantan. Segundo ela, já a equipe da UnB, coordenada pelo professor Ricardo Bentes de Azevedo, empregou anticorpos IgG de coelhos. E o sistema desenvolvido em Brasília reconheceu o vírus inativado em diferentes concentrações. Os ensaios iniciais com saliva de pacientes contaminados e não contaminados com o coronavírus foram realizados, com 176 pacientes, pelos cientistas de Brasília. Os testes mostraram que o sistema é seletivo ao vírus SARS-CoV-2.

Se o kit for aprovado pela Anvisa, o custo do teste, que será feito a partir de saliva ao invés do cotonete, ficará em R$ 5 e com o uso de equipamentos simples, o tempo de leitura entre 2 e 5 minutos.

Ronconi ainda destaca a perspectiva da metodologia desenvolvida permitir o acoplamento de anticorpos específicos para outros vírus, como H1N1, zika, dengue e aids. A metodologia também poderá ser utilizada para acoplar anticorpos específicos para a imunoterapia do câncer.

A rede recebeu R$ 608 mil de financiamento da FAPERJ e mais R$ 2,5 milhões do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

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