O seu browser não suporta Javascript!
Você está em: Página Inicial > Comunicação > Arquivo de Notícias > Resultados do programa de cotas avaliados em seminário
Publicado em: 09/12/2004
ATENÇÃO: Você está acessando o site antigo da FAPERJ, as informações contidas aqui podem estar desatualizadas. Acesse o novo site em www.faperj.br

Resultados do programa de cotas avaliados em seminário

Os resultados obtidos em 2003 e 2004 pelo Programa de Cotas do Estado do Rio de Janeiro para as instituições de ensino foram debatidos em seminário realizado nesta quinta-feira, 9 de dezembro, no Museu da República, no bairro do Catete. Organizado pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) em conjunto com a FAPERJ, o seminário contou com a presença do diretor-científico da Fundação, Jerson Lima Silva, e da diretora de Administração e Finanças, Maria Carolina Pinto Ribeiro. Também participaram da reunião representantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro (Faetec) e Centro de Ciências e Educação Superior à Distância do Estado do Rio de Janeiro (Cecierj).

Na abertura do encontro, o subsecretário da Secti Luiz Henrique de Almeida disse que o objetivo era fazer um diagnóstico do Programa de Cotas nas instituições do estado e discutir questões relacionadas ao rendimento e à permanência dos alunos em suas respectivas instituições. Em seguida, a sub-reitora de graduação da Uerj, Raquel Marques Villardi, mostrou números e estatísticas para defender mais investimentos na área de graduação.

“A Uerj, sozinha, com mais de 7 mil alunos cotistas inscritos nos seis primeiros períodos da graduação, reúne mais da metade dos cotistas de todo o país – entre afrodescendentes, portadores de deficiência e estudantes oriundos de escolas públicas”, disse. “A lei que estabeleceu as cotas é fundamental para mudar a cara deste país. A grande dificuldade no momento é a necessidade de recursos para ampliar a infra-estrutura de forma a garantir que a instituição possa acompanhar esses alunos ao longo dos anos após sua entrada na universidade”, afirmou Raquel Villardi.

O diretor-científico da FAPERJ, Jerson Lima Silva, disse que é necessário um maior envolvimento dos pesquisadores apoiados pela Fundação para garantir a melhoria no desempenho dos alunos que ingressam nas universidades por meio do programa de cotas. “Gostaríamos de ver os pesquisadores apoiados pela FAPERJ mais envolvidos no auxílio aos estudantes cotistas”, disse. “O programa de cotas já é um sucesso e o importante é fazer os ajustes necessários para torna-lo mais eficiente no apoio a esses estudantes. Afinal, eles serão os nossos intelectuais, cientistas, engenheiros e especialistas nas mais diversas áreas, construindo a base para o desenvolvimento do nosso estado e país”, completou Lima Silva.

Numa das intervenções, o responsável, na Secti, pela coordenação do programa Jovens Talentos 2, Cláudio Lopes, disse que a sociedade está cobrando das autoridades a inclusão de jovens carentes no ensino superior. “É preciso criar uma comissão para estimular os professores a abraçar essa causa, tão nobre para o nosso estado e o país”, disse.

No início da tarde, o pró-reitor de graduação da Uenf, Almy Carvalho, fez uma exposição da situação naquela universidade de Campos, no Norte Fluminense, após a adoção do Programa de Cotas. “Em Campos, a situação não mudou muito com a adoção do programa. Neste primeiro ano, havia uma proporção de menos de um candidato por vaga entre os cotistas. Ou seja, os estudantes carentes e afrodescendentes não estão chegando sequer até as portas da universidade”, afirmou. Para Carvalho, é preciso alterar a autonomia na operacionalização das universidades para permitir um grau de independência maior na administração dos recursos.

Pioneira no país, a lei 4151, que instituiu a obrigatoriedade do Programa de Cotas para afrodescendentes nas universidades estaduais, foi sancionada pela governadora Rosinha Garotinho em 4 de setembro de 2003. A FAPERJ, que vem apoiando desde o início o sistema de cotas por meio do Programa Jovens Talentos 2, apóia cerca de 1 mil bolsistas na Uerj e mais de 200 na Uenf.

Ao final da reunião, Luiz Henrique de Almeida disse que um relatório, incluindo os dados apresentados no seminário e as questões de ordem administrativa levantadas pelo participantes, deverá ser elaborado em parceria com a Uerj e a Uenf e a colaboração da FAPERJ, Cederj e Faetec. O documento será encaminhado ao Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, Wanderley de Souza, que fará a avaliação final e informará o Governo do Estado sobre o desempenho do programa.

 

Compartilhar: Compartilhar no FaceBook Tweetar Email
  FAPERJ - Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro
Av. Erasmo Braga 118 - 6º andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ - Cep: 20.020-000 - Tel: (21) 2333-2000 - Fax: (21) 2332-6611

Página Inicial | Mapa do site | Central de Atendimento | Créditos | Dúvidas frequentes