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Publicado em: 02/12/2004
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O balanço e o avanço das redes Proteômica e Genômica

Os avanços das pesquisas nas áreas de genoma e proteoma e os desafios para os próximos anos estão em debate no seminário Perspectivas da Genômica, da Proteômica e da Nanobiotecnologia no Estado do Rio de Janeiro, que está sendo realizado quinta e sexta-feira, dias 2 e 3 de dezembro, na Academia Brasileira de Ciências, no Centro do Rio. A genômica estuda as características genéticas dos organismos vivos (genoma) e a proteômica as proteínas produzidas pelas células e suas ações nesses organismos (proteoma). O evento é organizado pela FAPERJ e pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro (Secti-RJ).

Presente à abertura do seminário, o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Wanderley de Souza, disse que os temas abordados no seminário representam a fronteira da biologia contemporânea. O secretário fez um balanço positivo dos investimentos em C&T realizados pelo estado em 2004 e anunciou que as conclusões do seminário serão apresentadas na Conferência Estadual de C&T, em maio de 2005. “Vamos fazer uma análise do fomento à pesquisa no Estado e traçar as bases para futuras pesquisas”, completou.

 

O diretor-científico da FAPERJ, Jerson Lima Silva, afirmou que 2004 foi “o ano de se correr atrás do tempo perdido, depois de arrumada a casa”, referindo-se ao ano de 2002, em que praticamente todos os investimentos em pesquisa foram paralisados. Segundo Lima Silva, a FAPERJ direcionou seus esforços para pagar todos os projetos pendentes. “E, ainda assim, conseguimos um nível de investimentos recorde em C&T este ano”, disse.

Representando a presidência da ABC, o diretor do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ e “Cientista do Nosso Estado” da FAPERJ Adalberto Vieyra defendeu a busca por soluções para empregar novos doutores no mercado e aproveitou a ocasião para lembrar da necessidade de se agregar “cérebros” à Academia.

 

No primeiro dia de seminário, foi feito um diagnóstico das redes de genômica (RioGene) e proteômica da FAPERJ e discutidas formas de ampliá-las, atraindo mais laboratórios e pesquisadores para compartilhar, de maneira coordenada, a infra-estrutura disponível hoje nesses laboratórios. Também foi discutida a formação de uma grande rede de laboratórios para o estudo de macromoléculas biológicas no estado.

 

Abrindo as apresentações técnicas, o coordenador do RioGene, Paulo Cavalcanti Gomes Ferreira (foto), da UFRJ, destacou como maior trunfo da rede o mapeamento do genoma da bactéria Gluconacetobacter diazotrophicus, que se caracteriza pela capacidade de retirar o nitrogênio do ar e transferi-lo para as plantas, agindo como um fertilizante natural em culturas como a da cana-de-açúcar. Ele também mencionou a formação de pessoal capacitado, com o treinamento, desde a formação da rede, em 2001, de oito grupos de pesquisadores em todas as etapas da genômica e da anotação de genes. Gomes Ferreira revelou que os investimentos somam R$ 3.37 milhões oriundos da FAPERJ e R$ 1.4 milhão do CNPq.

 

Gilberto DomontNa apresentação seguinte, o novo coordenador da Rede Proteômica, Gilberto Domont (foto), mostrou entusiasmo pelo que chama de “uma nova forma de se fazer ciência”. “Não há hipóteses nos trabalhos, mas sim o levantamento do funcionamento das proteínas”, explicou. Segundo ele, é preciso entender a função das proteínas para entender as disfunções. “Além do genoma está o futuro da medicina”, profetizou.

 

Ele destacou a grande produção científica dos pesquisadores ligados à rede: 13 trabalhos publicados em revistas indexadas e outros 13 já submetidos; participações em três congressos internacionais e 25 nacionais; e a organização de quatro simpósios – dois nacionais e dois internacionais. A formação de recursos humanos é outro mérito: mais de 50 alunos de diversos estados já fizeram cursos promovidos pela rede. “Isso demonstra a liderança e a expertise do estado do Rio nesta área”, concluiu.

 

Nesta sexta-feira, grupos de trabalho vão debater e elaborar uma proposta com as demandas – linhas prioritárias de pesquisa, infra-estrutura, recursos financeiros –, que possam facilitar as atividades das redes e sua ampliação. O relatório, que servirá de base para o planejamento dos investimentos em C&T no Estado do Rio de Janeiro nos próximos cinco anos, será encaminhado à Secti-RJ e à FAPERJ.

 

Nos últimos três anos, no Estado do Rio de Janeiro, a grande maioria dos participantes da rede de genômica também participa da rede de proteômica. Muitos também são ativos líderes de iniciativas no campo da nanobiotecnologia.

 

Participam do seminário, além da FAPERJ/Secti-RJ, as seguintes entidades: Academia Brasileira de Ciências, Fiocruz, UFRJ, Uerj, Instituto Nacional do Câncer, Laboratório Nacional de Computação Científica, Embrapa e Ministério da Saúde.

 

 

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