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Publicado em: 16/04/2020
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Unidades da Uerj na linha de frente contra a Covid-19

Por Ascom Faperj

Policlínica Piquet Carneiro: unidade da Uerj integra projeto de utilização
de ultrassonografias para avaliar a gravidade da infecção pulmonar em
pacientes que foram diagnosticados com a Covid-19 (Fotos: Divulgação)

Hospitais, clínicas e centros de saúde, públicos e privados, localizados no estado do Rio de Janeiro vêm fazendo um esforço conjunto para atender à crescente demanda por atendimento médico ao longo das últimas semanas, após a chegada do coronavirus ao País. A Policlínica Piquet Carneiro (PPC) e o Hospital Universitário Pedro Ernesto, ambos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), têm recebido um crescente número de pacientes com suspeitas da Covid-19. Sem condições de proceder rapidamente a exames de tomografia computadorizada (TC) com pacientes já confirmados como portadores da doença – a TC é o exame mais indicado para avaliar a gravidade da infecção pulmonar que atinge muitos dos pacientes, mas são onerosos e mais demorados, além de submeter os doentes à radiação –, a Policlínica e o Hospital vêm utilizando a ultrassonografia de tórax (UST) para realizar triagem destinada a identificar casos graves que merecem acompanhamento mais efetivo e, eventualmente, a realização de TC. 

No início desta semana, os responsáveis pelo setor encarregado pelos exames de UST nas duas unidades da Uerj receberam a notícia de que a FAPERJ aprovou a liberação de R$ 421 mil em apoio à oferta desses serviços de saúde à população, por meio da “Ação Emergencial Projetos para Combater os Efeitos da Covid-19” – uma parceria da FAPERJ com a Secretaria Estadual de Saúde, anunciada em 26 de março. “Com os recursos para fazer a aquisição de novos equipamentos e a manutenção adequada dos aparelhos de UST já existentes, a Policlínica e o Hupe terão melhores condições de levar adiante essa estratégia no atendimento aos pacientes infectados pelo coronavirus”, diz o médico-pneumologista Agnaldo José Lopes, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Uerj e coordenador do projeto, intitulado “Contribuição da ultrassonografia de tórax em pacientes com COVID-19 e papel da oscilação forçada na avaliação de sequelas pulmonares na Uerj”. O repasse de recursos pela Fundação para o projeto foi aprovado dentro da chamada “B”, destinada ao “Apoio a Projetos já concedidos e contratados em Editais da FAPERJ”.

“Havíamos apresentado um projeto, em 2019, no edital Apoio a Grupos Emergentes de Pesquisa no Estado o Rio de Janeiro. Ele havia sido aprovado, mas ainda aguardava a liberação dos recursos”, conta Lopes. O projeto conta com a participação dos médicos Rogério Lopes Rufino Alves, Cláudia Henrique da Costa, Thiago Thomaz Mafort, Mônica de Cássia Fírmida, Thiago Prudente Bártholo, Bruno Rangel Antunes da Silva e Ana Paula Gomes dos Santos.

O médico e pesquisador Agnaldo Lopes durante atendimento
a paciente no Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe)

Com os recursos, Lopes espera poder acelerar a compra de novos equipamentos que permitirão agilizar os exames em pacientes diagnosticados com a Covid-19. Os pacientes contaminados pelo coronavirus serão avaliados durante o período de internação com exames de ultrassonografia de tórax e hemogramas e, posteriormente, os resultados poderão serão comparados com os obtidos em TCs, no caso de pacientes que vierem a realizar esse exame. “A ultrassonografia tem sido peça fundamental na diferenciação de outros problemas pulmonares e, como é bem mais econômica do que uma TC de tórax, pode auxiliar tanto na triagem dos pacientes, como no prognóstico da evolução da doença e na avaliação dos pacientes com ventilação mecânica”, explica Lopes.

Ele ressalta que o projeto pretende não só gerar conhecimento em diagnóstico, mas também no seguimento de pacientes acometidos pelo Covid-19. “Vamos acompanhar sobreviventes da Covid-19 por um período total de nove meses, com exames de função pulmonar a cada três meses. A avaliação longitudinal pós-alta hospitalar tem o objetivo de analisar mais detalhadamente as sequelas pulmonares que porventura esses pacientes possam apresentar. Já observamos que, em alguns casos, os pacientes parecem desenvolver em poucos dias lesões fibrosantes que normalmente levariam alguns meses", constata o médico. Segundo Lopes, serão acompanhados 1.738 adultos que tiveram a Covid-19 e a intenção é atingir a evidência científica para a utilização da ultrassonografia de tórax como método para identificar uma doença em seu estágio inicial e, por meio da Técnica de Oscilações Forçadas (FOT), quantificar o quanto estas sequelas de lesão pulmonar aguda por Covid-19 repercutirão na função pulmonar desses pacientes no futuro.

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