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Publicado em: 21/10/2004
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Investimentos e popularização da ciência são temas de debate na Rádio Nacional

Os investimentos em ciência e tecnologia no estado do Rio de Janeiro e a popularização da pesquisa científica foram a pauta do programa Tema Livre, da Rádio Nacional, na quarta-feira, 20 de outubro, por ocasião da 1 Semana Nacional de C&T. O programa é apresentado diariamente de 11h ao 12h.

 

Conduzido pelo diretor da rádio, Cristiano Menezes, o debate teve a participação de Pedricto Rocha Filho, diretor-presidente da FAPERJ, Ricardo Galvão, diretor do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), e da neurocientista, professora da UFRJ e escritora Suzana Herculano-Houzel.

 

Rocha Filho abriu o debate com um histórico sobre a criação da FAPERJ, em 1980, por decreto que resultou na fusão entre as fundações Centro de Desenvolvimento de Recursos Humanos da Educação e Cultura (CDRH) e Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social do Rio de Janeiro (Fiderj). Ele lembrou que a concepção atual da FAPERJ é relativamente recente, já que a Fundação só se consolidou como órgão de fomento à pesquisa em 1987, quando foi transformada em pessoa jurídica de direito público vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Rio de Janeiro (Secti).

 

Rocha Filho frisou a arrancada dos investimentos estaduais em C&T desde 1999, com destaque para os anos de 2001, em que foram executados R$ 90 milhões, e 2004, em que estão sendo executados R$ 130 milhões. Ele apresentou os três programas de fomento da FAPERJ – o Básico, de concessão de bolsas e auxílios, os Orientados e os Especiais, realizados por meio de editais induzidos. Cada programa recebe aproximadamente um terço do orçamento da FAPERJ, mas Rocha Filho frisou que o que define a distribuição dos investimentos é a análise do mérito de cada projeto. Ele destacou a importância das parcerias que vêm sendo firmadas com órgãos de fomento do governo federal, como o CNPq e a Finep, em programas como o Pronex, o PADCT e o Rio Inovação.

 

O presidente da FAPERJ dividiu o atual desempenho da entidade em três grandes tópicos: a valorização do sistema científico e tecnológico do Rio de Janeiro - o segundo maior parque do Brasil; a promoção da interação entre ciência e sociedade; e a avaliação dos impactos da C&T para o benefício do desenvolvimento social.

 

A neurocientista Suzana Herculano-Houzel disse que o Programa Primeiros Projetos da FAPERJ, do qual é uma das 276 beneficiárias, é uma iniciativa exemplar, pois permite que jovens cientistas desenvolvam seus próprios projetos de pesquisa, encorajando-os a seguirem a profissão de cientista. Ela contou que, naquele dia, acabara de estar em sua universidade, onde, por ocasião da Semana de C&T, uma turma de crianças estava aprendendo curiosidades sobre o cérebro e outros temas científicos. “É importante que a população desfaça o estereótipo do cientista como um senhor descabelado, de óculos e barbas brancas”, brincou.

 

O diretor do CBPF, Ricardo Galvão, comentou que, apesar da dificuldade de se conseguir verbas, especialmente para pesquisas de grande porte, a ciência melhorou muito nas últimas duas décadas no Brasil, com a formação de mais de oito mil doutores por ano. Ele lamentou a falta de financiamento privado. “No MIT, onde me doutorei, há investimentos muito grandes das empresas, mas eles são alocados através do governo, como também é o caso da NASA”, afirmou.

 

Suzana aproveitou para denunciar a falta de prestígio da ciência no pais, lembrando que nos Estados Unidos as universidades recebem muito dinheiro de pessoas e empresas em busca do status contido no ato de apoiar a pesquisa científica.

 

Rocha Filho disse que hoje se discute muito a interação entre a base do conhecimento e o setor produtivo, e que o diferencial passa por estabelecimento de uma política pública nacional. Ele revelou-se otimista com a nova política industrial do país, baseada no desenvolvimento tecnológico e na inovação. “A Lei de Inovação em tramitação no Senado é um avanço significativo, porque possibilita ampliar a interação entre pesquisadores e empresas”, afirmou. Ele acrescentou, entretanto, que a lei pode ser aperfeiçoada com a garantia da participação do poder de compra do Estado entre os incentivos. Para Rocha Filho, as FAPs devem estar atentas para colaborar na complementação das políticas nacionais.
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