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Publicado em: 07/02/2019
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Programa Startup Rio 2019 tem início, com investimento de R$ 6,7 milhões em 82 projetos

Por Ascom FAPERJ

Da esq. para a dir.: o diretor de Tecnologia, Maurício Guedes (de pé);
o coordenador do Startup Rio, Paulo Espanha; o secretário Leonardo
Rodrigues; e o presidente da FAPERJ, Jerson Lima 
(Fotos: Lécio A. Ramos)

Em evento realizado na Biblioteca Parque, no Centro, na segunda-feira, dia 4 de fevereiro, tiveram início as atividades da quarta edição do programa Startup Rio. Desta vez, serão 82 participantes, selecionados no edital Startup Rio 2019: Apoio à Difusão de Ambiente de Inovação em Tecnologia Digital no Estado do Rio de Janeiro. Pela primeira vez, participam não só proponentes situados na capital fluminense, mas também nas regiões Serrana e Sul Fluminense. Criado em 2013 pela Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) em parceria com a FAPERJ, a iniciativa conta com o apoio da Secretaria de Estado de Cultura (Rio Criativo) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Dividido em duas fases, nas primeiras oito semanas, os selecionados participam do programa Avançado de Formação Empreendedora (Pafe), composto de treinamentos, consultorias, atividades de nivelamento, técnicas de gestão, validação da ideia e elaboração do plano de negócios. Na segunda etapa, os selecionados receberão verba de R$ 96 mil cada e terão acesso a mentoria, desenvolvimento de produto, construção de protótipo, técnicas de vendas e de gestão.

O secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Leonardo Rodrigues, disse que esses projetos de inovação são voltados, principalmente, para o desenvolvimento de produtos que possam ser comercializados, gerando receita, emprego e renda para o estado. Diante de um público que lotou o auditório Darcy Ribeiro, entre parlamentares, autoridades, gestores e empreendedores, ele ressaltou o fato de o programa ter sido ampliado, passando a incluir projetos de outros municípios e não apenas do Rio. “Nos próximos editais, esperamos poder contemplar todas as regiões do estado. Estamos seguindo à risca a determinação do governador Wilson Witzel para potencializar o setor e enriquecer nosso estado com novas tecnologias”, disse.

Jerson Lima: para o presidente da FAPERJ, é preciso aproximar
o setor empresarial das universidades e promover parcerias

O presidente da FAPERJ, Jerson Lima, agradeceu o empenho de Leonardo Rodrigues em dar continuidade ao Startup Rio, e de enfrentar o desafio de reerguer a Fundação, que ao longo dos últimos três anos vem enfrentando dificuldades para honrar o pagamento dos chamados “Auxílios”, limitando-se quase que unicamente ao pagamento de bolsas. Ele destacou que é preciso aproximar o setor empresarial das universidades e institutos de pesquisa, e promover parcerias e a integração com instituições congêneres, também nos demais estados brasileiros. Ao lembrar que o País está entre as 10 maiores economias do mundo, disse que, no entanto, o Brasil ainda ocupa a 15ª posição no ranking mundial de produção científica, contando com cerca de oito vezes menos doutores que os países desenvolvidos. “Vou ser um incessante defensor de todos os programas da FAPERJ, como o Startup Rio, e vamos trabalhar para recuperar sua capacidade de fomento, bastante prejudicada em anos recentes devido à crise fiscal no estado”, disse.

O diretor de Tecnologia da FAPERJ, Maurício Guedes, ressaltou a importância dos avanços no sistema de pós-graduação no País nos últimos 20 anos. Segundo ele, de 1998 e 2016, a população brasileira cresceu 22%, o PIB cresceu 53%, o número de mestres aumentou 580% e o de doutores 630%. Mas, em sua opinião, esse processo bem sucedido não foi acompanhado de mudanças na economia que permitam as empresas absorverem esses profissionais, fazendo do Brasil o recordista mundial de concentração de pesquisadores nas universidades. Para respaldar esta afirmação, Guedes informou que, na Rússia, 19% dos pesquisadores estão nas universidades, no Japão, 21%, na China, 20%, na Alemanha, 27% e na Coreia 11% apenas, enquanto, no Brasil, 70% dos pesquisadores estão nas universidades. Para ele, o protocolo deve passar a ter empresas que sejam inovadoras e que absorvam esses pesquisadores. Finalizando, Guedes contou que os americanos dizem que quando alguém abre uma empresa nos Estados Unidos tem o apoio de três “efes”: family, friends e fools. Traduzindo: família, amigos e ‘otários’. “Mas, no Brasil, contam com um quarto ‘F’, de FAPERJ”, disse, provocando risos no público.

Paulo Espanha, que assumiu no início do ano a coordenação do Startup Rio, assegurou aos participantes que o programa dará todo apoio para que os projetos saiam do papel e se tornem realidade. Mas alertou que os participantes também serão cobrados em suas tarefas e compromissos com o programa. Disse que o propósito do programa é o fomento de boas ideias, que, uma vez nutridas, sejam apropriadas em empreendimentos maduros e relevantes, fortalecendo a base tecnológica, consolidando a vocação natural de inovação e alargando o ambiente fértil e atrativo para investimentos nacionais e internacionais no estado do Rio de Janeiro. “Tenha uma boa ideia e fique com ela até que ela seja feita de forma correta”, aconselhou. Como exemplo de persistência e sucesso, Espanha citou Walt Disney, que, no início de sua carreira, enfrentou dificuldades financeiras para concluir o desenho animado “Branca de Neve”, um de seus maiores sucessos. Lembrou ainda que Disney também esbarrou em todo o tipo de empecilho para criar a Disney World, então, um novo conceito de parque de diversões, e, hoje, uma atração mundial. “Não basta ter ideias, é preciso saber vendê-las, pois, com foco, nada é impossível”, disse.

Anfitrião do evento, o superintendente de Leitura e Conhecimento da Biblioteca Parque, Pedro Gerolimich de Abreu, disse estar certo de que as bibliotecas também precisam agregar tecnologia e devem ser reinventadas para que os jovens tenham mais acesso e interesse pela leitura. “Para cumprir seu papel social, atrair mais pessoas e estimular o hábito da leitura entre os jovens, o modelo de biblioteca deve ser repensado, agregando tecnologia e também ser um ambiente de inovação e criação”, apontou.

Durante o evento foi exibido o vídeo “Convergência”, que trata da quarta revolução industrial e mostra que a falência da Kodak com o fim das fotos em papel é a perspectiva de diversas indústrias, que também ficarão obsoletas. O vídeo ressalta a importância das tecnologias exponenciais, da inteligência artificial, veículos autônomos e elétricos, impressão em 3D, avanços na agricultura, inovações em várias áreas, e profissões que devem acabar, já que “o software vai destroçar a maioria das atividades tradicionais nos próximos cinco a dez anos”, anuncia o narrador.

O auditório Darcy Ribeiro, na Biblioteca Parque, ficou lotado
durante o evento de 
abertura do Programa Startup Rio 2019 

A plateia também pôde ouvir o depoimento Lucio Neto, um dos sócios-fundadores da Phygitall, startup de tecnologia que desenvolve soluções para o mercado de internet das coisas (hardware e software) e que foi contemplada numa das edições anteriores do programa. Ele e seus sócios desenvolveram um hardware menor que um pen drive e um crachá inteligente que identifica pessoas em áreas de risco e em atos inseguros. Neto relembrou seu longo caminho até conseguir fazer parte do programa, quando aplicou o “conceito mais importante” aprendido, o give first (dar/oferecer primeiro), e conheceu seus atuais sócios. Ele contou que a Phygitall começou com uma startup de automação residencial, mas soube “pivotar”, olhando em outra direção, para uma tecnologia emergente: as redes de longo alcance de transmissão de dados (ou ULP, em inglês). A guinada levou os sócios a identificarem o mercado potencial da internet das coisas (ioT). Durante o Startup Rio, no processo de mentoria reversa, a equipe da Phygitall teve a oportunidade de conhecer executivos de uma importante empresa no setor de aviação, e identificaram um grande problema que a empresa enfrentava: a rastreabilidade de ativos. Em 2017, por meio do programa Conexão Startup Indústria, a Phygitall foi selecionada para entregar uma solução (prova de conceito) visando a rastreabilidade de ativos e receberam recursos de R$ 80 mil para ajudar na sobrevivência da startup. Outro projeto relevante da Phygitall foi a entrega de infraestrutura de longo alcance para a cobertura da Baía de Guanabara. Com cerca de 400 km² de cobertura, o gateway (antena) vem sendo utilizado pela Marinha do Brasil para rastrear e monitorar embarcações de pequeno e médio porte em toda a Baía.

A Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), representada por seu presidente, Fernando Marinho, e pelo vice, Rogerio Pires, cedeu o conjunto de sopro da Banda de Músicos da Faetec de Nova Iguaçu e o bufê da Escola Especial Favo de Mel. Também estiveram presentes ao evento o Secretário de Infraestrutura e Obras, Horácio Guimarães; a gerente geral da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Cristiane Alves, os deputados estaduais Alexandre Knoploch, Rodrigo Amorim e Marcio Pacheco; o vice-reitor da Unirio, Ricardo Cardoso; Gabriel Villar, da secretaria de Transportes; José Alberto Aranha, presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), que reúne cerca de 370 associados, entre incubadoras de empresas, parques tecnológicos, aceleradoras, coworkings, instituições de ensino e pesquisa, órgãos públicos e outras entidades ligadas ao empreendedorismo e à inovação; Denise Nascimento, vice-reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Augusto C. Raupp, ex-presidente da FAPERJ e um dos criadores do programa Startup Rio.

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