Vinicius Zepeda
Um estudo sobre a nova configuração política das regiões metropolitanas apresentando as Regiões Integradas de Desenvolvimento (Rides) do Brasil é o tema do CD-ROM “Atlas das Regiões Metropolitanas e Rides brasileiras”, de Cátia Antônia da Silva. O trabalho reúne 108 mapas e teve apoio do programa Cientistas Jovens do Nosso Estado, da FAPERJ.
Segundo a autora do Atlas, Cátia Antônia da Silva, a grande novidade do seu trabalho é difundir no ensino de geografia o conhecimento sobre o que são Rides, fenômeno que começou a ganhar força a partir do ano 2000. “Rides são regiões de planejamento econômico compostas por cidades de diferentes estados e criadas pelo Governo Federal. Nelas a subsistência e a atividade econômica de moradores de uma cidade depende da outra”, explica.
Outro ponto inovador do CD-ROM para o ensino da geografia é o novo conceito de regiões metropolitanas. “Nos anos 60 era o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que formulava a explicação sobres estas áreas, levando em conta aspectos como alta densidade demográfica e crescimento populacional. Hoje são os governos estaduais que criam estas regiões, a partir de aspectos econômicos para o desenvolvimento de todo o Estado”, acrescenta a autora.
Um exemplo é a criação da Região Metropolitana de Santa Catarina, que inclui a cidade de Lauro Muller, com baixo índice populacional. Entretanto, ela é estratégica para o desenvolvimento da atividade carvoeira no Estado. Assim, o governo estadual procura dar incentivos econômicos e atrair a atividade produtiva nesta cidade e em todo o estado.
O “Atlas das Regiões Metropolitanas e Rides Brasileiras” reúne ainda dados sobre população por município, escolaridade do trabalhador, postos de trabalho e crescimento populacional. Sobre este último tema, chama a atenção a tendência atual de municípios periféricos crescerem mais do que os nucleares. “No Estado do Rio de Janeiro temos o exemplo da população da cidade de Maricá, que cresce em torno de 6% enquanto o município do Rio de janeiro cresce bem menos, em torno de 1%”, conclui Cátia.
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