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Publicado em: 22/09/2016
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Parques Tecnológicos: essenciais para o desenvolvimento e estímulo à Inovação

Danielle Kiffer

Mauricio Guedes: ex-diretor do Parque Tecnológico da
UFRJ fe
z palestra na sede da FAPERJ (Foto: Lécio Ramos)

Inovação tecnológica é o assunto do momento: no mundo globalizado, é cada vez mais crescente a preocupação de gestores e governantes em aumentar os investimentos e incentivos à Ciência, Tecnologia&Inovação (C,T&I). Entretanto, para que esse investimento se transforme em desenvolvimento sustentável e retorne para a sociedade, é necessário mais que a existência de universidades e instituições que realizam pesquisas, empreendedores e pessoal qualificado. Esses elementos, isoladamente, não são capazes de compor o ambiente propício para o desenvolvimento da Inovação. Na verdade, o fator primordial nesse contexto está no encontro destes vários elementos dentro do ambiente de negócios. Nesse contexto, é que surgem os Parques Tecnológicos. 

Foi sobre esse assunto que o fundador e ex-diretor do Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que também esteve à frente da Incubadora de Empresas do Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe/UFRJ) de 1994 a 2014, Mauricio Guedes, discorreu, nesta quarta (21/9), em sua palestra dentro do programa Encontros FAPERJ, promovido pelo Núcleo de Estudos em Políticas Públicas para Inovação (Neppi). “É a convivência que faz com que a Inovação aconteça. As grandes empresas chegaram à conclusão de que têm de coabitar o mesmo espaço que universidades que desenvolvam pesquisa, estar ao lado de empreendedores, dos clientes, fornecedores, e até dos próprios concorrentes” diz Guedes, que complementa: “Grandes empresas multinacionais já perceberam essa necessidade e hoje procuram estar presentes nos parques tecnológicos e outras “áreas de inovação”.

Graduado em Engenharia de Produção e pós-graduado em marketing, ambas na UFRJ, Guedes citou como exemplo o Vale do Silício, na Califórnia, Estados Unidos, local de referência de desenvolvimento tecnológico onde se concentram diversas empresas das áreas de tecnologia da informação e computação, entre outras. O Sillicon Valley pode ser considerado um dos primeiros parques tecnológicos do mundo e começou a se desenvolver no final da década de 30, com o objetivo de gerar e fomentar inovações no campo científico e tecnológico. Desde então, países têm seguido esse modelo e investido em parques tecnológicos, gerando modelos diversos desses ambientes que combinam pesquisa de universidades, empresas e apoio governamental. 

No Brasil, de acordo com Guedes, a mentalidade dos jovens recém-formados em universidades está começando a mudar. “Hoje é muito comum o jovem universitário pensar em criar uma empresa, o que não acontecia há cerca de 20 anos. O resultado disso é que, no último ano, havia cerca de 400 incubadoras de empresas no Brasil, a maioria em ambientes universitários. Na Europa, o fenômeno teve outra trajetória: primeiro surgiram os parques, que em seguida perceberam que faltavam as incubadoras, que são elementos poderosos para a criação de novas empresas”, afirma. 

Comparado ao cenário mundial, o Brasil ainda está bem aquém no que diz respeito ao desenvolvimento tecnológico. Por exemplo, a taxa de investimento do País em pesquisa e desenvolvimento (P&D) representa 1,2% do PIB, somando investimentos do governo e da iniciativa privada, enquanto na Coreia, ele ultrapassa 4% do PIB, informa Guedes. Também é necessário estimular a criação e crescimento de mais Parques Tecnológicos no Brasil. No Rio de Janeiro, existem apenas dois Parques Tecnológicos em operação: o BioRio e o Parque Tecnológico da UFRJ, que abriga 50 empresas, incluindo quatorze empresas globais que ali instalaram seus centros de pesquisas. Estas empresas já celebraram 348 contratos de cooperação com unidades da UFRJ, totalizando R$ 132 milhões. Na Incubadora de Empresas da Coppe, também localizada no Parque, já nasceram 86 empresas, que faturaram R$ 290 milhões em 2015 e empregam 1.300 pessoas, incluindo 280 mestres e doutores. “Esses números são um exemplo e devem servir de espelho para que se estimule a criação desses ambientes de inovação e que se desenvolvam outros parques tecnológicos no Rio de Janeiro e no Brasil”, finaliza Guedes, que foi membro do Conselho Superior da FAPERJ de 2006 a 2015.

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