Com o sensor, basta um gesto com a mão para acender a luz (Foto: Divulgação) |
Em nosso cotidiano, usamos a todo momento botões ou teclas de toque para acender a luz e ligar diversos aparelhos, sem perceber que esse manuseio, por pessoas diferentes, favorece a proliferação de micróbios que podem favorecer a contaminação e causar riscos à saúde. Pensando numa maneira de diminuir a incidência desses micro-organismos, o engenheiro eletricista Eduardo José Vaz e o desenhista industrial Francisco Ribeiro – seu sócio na microempresa Vytron – desenvolveram o Wave, um interruptor de luz que é acionado sem a necessidade do toque das mãos. Segundo os sócios, o sistema deve começar a ser comercializado até o final deste ano.
Desenvolvido com recursos do edital Apoio à Inovação Tecnológica no Estado do Rio de Janeiro, da FAPERJ, o projeto usa tecnologia 100% nacional: um sensor de presença que, nesse projeto, tem uma nova aplicação: acender lâmpadas. O Wave segue o tamanho padrão dos interruptores convencionais, podendo substituí-los com facilidade. “Sua tampa de encaixe é lisa e transparente, esconde a fiação elétrica e não usa parafusos, o que facilita ainda mais a higienização", afirma Ribeiro. E, sem necessidade de ser acionado pelo toque, contribui para reduzir o acúmulo de bactérias.
No interior do interruptor – que pode ser obtido na versão para acender uma ou duas lâmpadas –, o sensor de movimento usa lâmpada de LED (Light Emitting Diode), o que é indicado por setas. “Para acender a lâmpada, basta aproximar a mão, sem encostar, fazendo um movimento de cima para baixo. Se o interruptor estiver desligado, as setas do LED estarão em azul. Ao ser ligado, as setas assumem a cor vermelha”, destaca Vaz. O engenheiro ainda afirma que o espaço da tampa pode ser personalizado, por impressão em 3D, como veículo para anúncios publicitários. "Basta preservar o espaço das setas acima dos sensores", diz o engenheiro.
Vaz e Ribeiro enumeram os principais pontos de aplicação do Wave. “Podemos destacar principalmente os lugares com grande afluxo de pessoas, como banheiros públicos, centros cirúrgicos, quartos e banheiros de hospital, elevadores de prédios comerciais, hotéis e shopping-centers. O sistema também pode ser empregado em estádios de futebol e até mesmo em semáforos de trânsito que permitem acionamento pelos pedestres”, afirmam.
Por último, os dois sócios frisam a importância do novo sistema, num momento em que a cidade do Rio de Janeiro recebe cada vez mais turistas de todo o mundo. “Ano que vem, a cidade sediará os Jogos Olímpicos e terá a presença de autoridades, atletas e turistas de diversos países. Nesse contexto, o uso do nosso sistema poderá ajudar bastante a diminuir o risco de contaminação de bactérias em locais públicos, garantindo o bem-estar e a saúde de moradores e visitantes”, concluem.
Página Inicial | Mapa do site | Central de Atendimento | Créditos | Dúvidas frequentes