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Publicado em: 21/05/2015
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Uma confecção preocupada com o meio ambiente e as desigualdades sociais

Vinicius Zepeda

Nécessaire com bolsa integrada e estampa de
beija-flor, da Gicalli
(Fotos de Divulgação) 

Além de fascinar a todos por sua beleza e coreografias no ar, o beija-flor, ou colibri, é a única ave capaz de permanecer parado, em voo, e voar de marcha à ré. O fenômeno, que só é possível por causa da rapidez com que bate as asas, é tão surpreendente que levou os cientistas a estudá-lo ao criar uma de suas máquinas voadoras: o helicóptero. Assim, não à toa e também para chamar a atenção para a necessidade de sua preservação, a imagem do beija-flor estampa uma das coleções da confecção Gicalli, voltada para a produção de brindes personalizados com ênfase na fauna brasileira. Entre coleções de animais da fauna nativa, como corujas, onças pintadas e borboletas, a ave aparece em bolsas, mochilas, nécessaires e pastas. Além da escolha pela fauna brasileira, a coleção tem outro diferencial: toda ela é feita com tecidos criados a partir da reciclagem de garrafas PET (Politereftalato de etileno), compradas de empresas especializadas. “Também usamos as sobras daquilo que produzimos para evitar o desperdício. Este ano, aproveitamos o Dia das Mães para colocar à venda porta-moedas, feitos da reciclagem de material de nossa própria produção”, acrescenta a dona da empresa, Jussara Gomes. Ela explica que o trabalho só foi possível devido à modernização de sua fábrica, realizada com recursos do edital de Apoio ao Desenvolvimento do Design em Empresas Sediadas no Estado do Rio de Janeiro.

Ecobags com estampa de borboletas
estão entre os ítens comercializados

Instalada no município de Bom Jesus do Itabapoana, no Noroeste Fluminense, a confecção funciona desde o ano 2000. Entretanto, somente após receber o apoio da Fundação pôde investir em maquinário mais moderno, desenvolver novas técnicas de produção com material reciclado e profissionalizar ainda mais suas atividades com o treinamento de uma equipe de especialistas do Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/Cetiqt). “Com isso, pudemos reposicionar nossa marca junto aos revendedores, incluindo lojas de presentes e papelarias, que contam com linhas próprias”, acrescenta.

O desenho de uma onça-pintada e sua cria
servem para decorar uma frasqueira

A empresa também desenvolve uma forma de trabalho inovadora. "Trabalhamos com  a economia de comunhão (EdC), em que se articulam em harmonia os princípios de economia, solidariedade e liberdade. A novidade está na distribuição do lucro, que é dividido em três partes: para o reinvestimento na própria empresa; para ir ao encontro dos necessitados; e para a formação de pessoas com mentalidade aberta à cultura da partilha”, explica Jussara. Assim, para auxiliar no fomento à produção da região e gerar emprego para as mulheres que vivem no interior do estado, a Gicalli conta com 40 costureiras terceirizadas espalhadas na zona rural do município, que atuam como microempreendedoras individuais (MEIs). Elas trabalham por conta própria e podem se legalizar como pequenas empresárias. “O trabalho dessas costureiras terceirizadas é realizado em casa, onde elas podem associá-lo às atividades domésticas e cuidados com a família”, complementa Jussara. Para ela, esta tem sido uma forma de a empresa difundir a economia de comunhão, movimento iniciado há mais de 20 anos, em São Paulo, em que se propõe um novo projeto de gestão. "É exatamente isso que estamos colocando em prática", conclui.

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