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Publicado em: 13/03/2015
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Exposição mostra como ciência contribui para delimitar as fronteiras do País

Vinicius Zepeda*

Por meio de instrumentos científicos, visitantes aprendem
 a história das fronteiras do País (Foto: Divulgação/Mast)

A ciência esteve presente em momentos importantes da história do Brasil, seja no período colonial, imperial ou republicano. Mas em nosso cotidiano, raramente percebemos a contribuição da ciência para o desenvolvimento do País e das políticas culturais implementadas ao longo dos anos. Foi pensando nessas questões que as historiadoras e pesquisadoras Moema Rezende Vergara e Heloisa Meireles Gesteira, do Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast), resolveram criar, com a ajuda de diversos outros pesquisadores, a exposição Olhar o Céu, Medir a Terra. A mostra reúne instrumentos científicos de medição do tempo e do espaço, que fazem parte do acervo do Mast – em sua maioria, peças originais do século XIX que pertenceram ao Imperial Observatório, hoje Observatório Nacional (ON) –, e destaca como a ciência contribuiu para a delimitação de limites e fronteiras do território nacional.

Foram reunidas ainda réplicas de instrumentos dos séculos XVI e XVII, além de documentos, mapas, vídeos e fotografias de diferentes períodos da história da ciência no Brasil. A exposição, de caráter permanente, foi elaborada com recursos do edital Apoio ao Desenvolvimento de Projetos de Pesquisa na Área de Humanidades, da FAPERJ.

Entre os aspectos abordados na mostra está o descobrimento das novas terras resultantes das viagens marítimas realizadas pelos europeus durante os séculos XV e XVI. O catálogo da exposição explica que, apesar dos imprevistos que aconteciam nessas viagens, as descobertas não aconteceram por acaso. “Cosmógrafos e pilotos levavam diversos instrumentos que permitiam deslocamentos seguros e confiáveis para os padrões da época. Quando as condições climáticas eram favoráveis, o cálculo da latitude era feito tomando a altura do Sol ao meio-dia, momento em que a estrela passa pelo meridiano do lugar. Já o cálculo da longitude era feito por estimativa, a partir da observação da estrela Polar, no hemisfério norte, e das estrelas da constelação do Cruzeiro, no hemisfério sul”, descreve a publicação. Para ajudar os visitantes a entender como eram feitas essas medições, a mostra apresenta uma atração interativa, em que o público pode realizar cálculos de longitude como se estivesse em alto mar, utilizando um instrumento da época para medir ângulos: a balestilha.

Usada para medir ângulos, a balestilha é um dos destaques da
exposição
 Olhar o Céu, medir a Terra (Foto: Divulgação/Mast)      

Já no que diz respeito à delimitação das fronteiras do Brasil, Moema destaca a participação da Comissão Exploradora do Planalto Central, em 1892, que tinha como objetivo demarcar e explorar a região onde anos depois seria construída Brasília, atual capital federal. Chefiada por Luiz Cruls, diretor do Observatório Nacional, a viagem reuniu cientistas de diferentes disciplinas, equipados com diversos instrumentos de medição, como teodolitos, aneroides, bússolas e podômetros, além de aparatos meteorológicos e material fotográfico. “Ele também chefiou, em 1901, comissões responsáveis pela delimitação das fronteiras entre Brasil e Bolívia, onde o conhecimento da astronomia, geografia e outras disciplinas eram essenciais para a criação das posições geográficas”, afirma a historiadora. “Também apresentamos um vídeo onde reconstituímos uma polêmica da época, em que cientistas divergiam sobre a forma eficaz de se fazer o cálculo da longitude”, complementa.

A exposição e o envolvimento dos pesquisadores na iniciativa vêm gerando frutos. Além de auxiliar na formação de pesquisadores e servir para ajudar professores de escolas públicas a realizarem, sob a orientação dos profissionais do Mast, atividades educativas, novos projetos estão em andamento. Moema já está desenvolvendo, dessa vez com apoio do edital Auxílio a Grupos Emergentes de Pesquisa, da FAPERJ, outra iniciativa. “Até o segundo semestre, iremos colocar no ar um site com nossas pesquisas sobre delimitação e mapeamento de fronteiras geográficas para facilitar a interação com o público. Já no Museu Cartográfico do Serviço Geográfico do Exército, no Morro da Conceição, Centro do Rio, estamos organizando uma biblioteca para o desenvolvimento de pesquisas com o acervo do local”, conclui.


* Com informações da Assessoria de Imprensa do Mast

Serviço:

Exposição permanente: Olhar o Céu, Medir a Terra
Local: Museu de Astronomia e Ciência Afins (Mast)
Endereço: Rua General Bruce, 586, São Cristóvão, Rio de Janeiro
Horário de Visitação: de terça a sexta, das 9 às 17h;
sábados, domingos e feriados, das 14 às 18h
Entrada permitida até 30 minutos antes do encerramento das atividades
Dúvidas e agendamento de visitas:  3514-5229

Mais informações: http://www.mast.br/exposicoes_hotsites/exposicao_permanente_olhar_o_ceu_medir_a_terra/index.html

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