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Publicado em: 26/09/2003
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A evolução do plástico

Rossana Mara Thiré
Pesquisadora do Laboratório
de Polímeros Hidrossolúveis
do IMA/UFRJ

A indústria de polímeros sintéticos trouxe grandes benefícios para a sociedade moderna. Por serem hidrofóbicos e biologicamente inertes, os polímeros termoplásticos sintéticos são largamente empregados, por exemplo, em embalagens e na agricultura. Entretanto, há algumas décadas, evidenciou-se que as vantagens técnicas relacionadas à durabilidade dos termoplásticos sintéticos, que motivaram a sua grande utilização, representavam desvantagens após o seu descarte, no final de sua vida útil. As poliolefinas, que constituem o maior grupo de polímeros utilizados em embalagens e na agricultura, são muito resistentes ao ataque da natureza e podem levar cerca de cinqüenta anos para serem degradados em aterros sanitários.

Dados estatísticos mostram que, em todo mundo, aproximadamente 52 milhões de toneladas de plásticos são produzidas e despejadas anualmente no meio ambiente. A busca de uma solução para os problemas causados pelo aumento da fração de rejeitos sólidos, como saturação dos aterros sanitários e poluição aquática e terrestre, tem incentivado inúmeras pesquisas envolvendo o descarte de plásticos produzidos por polímeros sintéticos. Além do descarte indesejável destes materiais em aterros sanitários, pode-se lançar mão da incineração ou da reciclagem.

 

A incineração dos rejeitos sólidos apresenta limitações ecológicas, devido à emissão de poluentes, além do custo elevado. Em relação à reciclagem, alguns aspectos tecnológicos ainda devem ser desenvolvidos, uma vez que a reutilização do material descartado é limitada a uma certa quantidade em mistura com polímeros virgens e o reaproveitamento repetitivo acarreta perdas nas propriedades mecânicas. Desta forma, a utilização de plásticos biodegradáveis representa uma alternativa viável para reduzir a quantidade de rejeitos e para melhorar o gerenciamento do descarte de sólidos. Além disso, a utilização de materiais biodegradáveis representa uma forma de conservação dos recursos petroquímicos, não-renováveis.

 

Por tudo isso, a pesquisa por materiais biodegradáveis é de vital importância para o desenvolvimento tecnológico, econômico e social do país. Com eles, a sociedade será beneficiada com a diminuição do descarte de rejeitos sólidos, acarretando redução dos lixões e da poluição aquática e terrestre.

 

 

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