Vinicius Zepeda
Fotos de Divulgação/UFRRJ |
Laptops de alunos de escola pública da cidade de Piraí são monitorados pelo software Memore |
Além da equipe composta por diversos pesquisadores, o projeto contou com a participação do estudante de Ciência da Computação da UFRRJ Julio Cesar Barbieri. Sob a orientação de Goldschmidt e com auxílio de uma bolsa de Iniciação Científica da FAPERJ, ele ficou responsável por parte da programação computacional necessária para a implantação do Memore nos computadores. "Ao discutirmos nossa proposta de trabalho com os professores das escolas, percebemos suas dificuldades na elaboração e na avaliação de projetos de aprendizagem que envolvem o computador. Pelo conhecimento já disponível sobre o assunto, resolvemos desenvolver no software um módulo inteligente que servisse para orientar os professores", afirma Goldschmidt.
Ronaldo Goldschmidt (E) e parte da equipe envolvida no projeto |
Goldschmidt explica que o Memore se divide em três módulos de funcionamento. "O primeiro é o chamado Agente de Coleta de Dados, que monitora o uso do laptop, registrando informações sobre softwares utilizados por alunos, horários de acesso, sites visitados e outras informações. Antes que o aluno ou o professor desligue o computador, esse Agente de Coleta interage, fazendo algumas perguntas. O segundo módulo é o Agente de Transferência de Dados, que transmite e armazena todas as informações coletadas para o Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio de Janeiro (Proderj). E o terceiro módulo é o de Mineração e Visualização, que permite, por meio de ferramentas computacionais e algoritmos, analisar os dados encontrados", enumera.
Julio Cesar Barbieri apresenta seu trabalho durante Jornada de Iniciação Científica |
A pesquisa ainda identificou que os softwares mais utilizados foram, pela ordem, o Google Chrome, Tux Paint, LibreOffice Writer e GCompris. "Devido à alta demanda pela internet, já era esperado o uso do Chrome como o mais acessado. E o uso do programa para desenho (Tux Paint) e para escrita (LibreOffice Wrtiter), por serem aplicados às atividades acadêmicas na educação fundamental, também não surpreendeu. E o GCompris, como um pacote de jogos educativos com bastante apelo junto ao público infanto-juvenil, também não surpreendeu", explica Goldschmidt. Ele ainda discorreu sobre a familiaridade do uso do computador entre os estudantes. "Em 79% das vezes, eles declararam não ter nenhuma dúvida, o que mostra o bom nível de assimilação da tecnologia", destaca.
Agora em 2014, Ronaldo Goldschmidt e sua equipe vão implantar o Memore em todas as turmas das duas escolas de Piraí. E vão acompanhar, durante todo o ano, o desempenho e as notas dos alunos contemplados pelo Prouca. "A ideia é de que o módulo desenvolvido pelo Julio possa realmente contribuir com os professores para a melhoria da qualidade de seus projetos de aprendizagem. Além disso, esperamos que o Memore se consolide como um instrumento de apoio a docentes e gestores a acompanhar de forma contínua a eficácia do uso de laptops na educação", conclui.
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