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Publicado em: 30/01/2014
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Placas de sinalização tátil: informação para todos

Danielle Kiffer

 Fotos: Divulgação/ DAS Quinto Comunicação

      
    Além da tradução para o braille, as placas de sinalização
            táteis têm palavras e figuras em alto-relevo

Muitas vezes, a falta de sinalização faz com que as pessoas se percam pelos caminhos ou que não se localizem no interior de grandes espaços públicos, como fóruns. Sem sinalização, tudo se torna mais difícil, desde achar um banheiro, uma determinada sala ou se precaver de um acidente em um lugar em obras, por exemplo. A dificuldade pode ser ainda maior, se imaginarmos alguém cego ou com baixa visão, já que eles não têm como visualizar as placas de sinalização. Pensando nisso, Dan Abdul Soares Quinto, sócio proprietário da DAS Quinto Comunicação Visual e graduando na Faculdade de Engenharia de Produção, da Universidade Federal Fluminense (UFF), está desenvolvendo placas de sinalização tátil, escritas em braille, para que pessoas com problemas de visão possam se localizar e obter informações sobre os locais a que se direcionam. O projeto contou com recursos do edital de Apoio à Inovação Tecnológica, da FAPERJ.

A ideia surgiu quando Dan visitou, há cerca de três anos, a feira internacional Reatech de Reabilitação, Inclusão e Esporte Adaptado, em São Paulo, dedicada a criar novas oportunidades de negócios, intercâmbio de experiências e disseminação de conhecimento sobre atendimento, reabilitação e inclusão de pessoas com deficiência. "Naquele momento, percebi que havia uma demanda para placas de sinalização tátil. Além disso, sempre tive interesse por projetos sociais e acredito que poder incluir em meu ramo de atividades um produto como esse, que, de alguma forma, impacte e possa causar uma transformação positiva na vida das pessoas, se torna um diferencial", conta.

Inicialmente, em uma produção experimental, foram produzidas placas de PVC com furos feitos à máquina, preenchidos com tarugos de metal, para proporcionar o alto-relevo do braille. De acordo com Fernando Quinto, coordenador técnico da empresa, as pessoas com deficiência conseguiam entender, durante os testes, o que estava escrito, mas o material utilizado não era confortável para seus dedos. "Procuramos uma solução melhor e passamos a preencher os furos com pequenas esferas de metal, que podem também ser coloridas", complementa Fernando. Desta forma, além de ser mais agradável ao tato, como as bolinhas podem ter diversas cores, também é possível que as informações atraiam a atenção das pessoas que têm baixa visão.

 
                       
 Os pisos táteis indicam o local onde estão as placas   
 e permitem maior autonomia para deficientes visuais
As placas não contêm somente a versão em braille. Todas as informações que traz são em alto-relevo, desde as palavras à figura do bonequinho que nos permite reconhecer se o banheiro é masculino ou feminino. "Pensamos nisso porque nem todo mundo sabe reconhecer o sistema de leitura em braille. Imagina alguém que perdeu a visão há pouco tempo ou que aos poucos vem enxergando cada vez menos. Essas pessoas provavelmente ainda não aprenderam o braille, mas, tateando letra por letra, reconheceriam, se estivesse escrito, por exemplo, sala de informática em uma placa em alto-relevo", explica o coordenador técnico.

Outro produto fabricado pela empresa, também com o apoio da FAPERJ, é o mapa direcional. Mais do que uma placa, ele indica para o portador de deficiência visual ou de baixa visão onde estão salas, banheiros e corredores. Ou seja, localiza todas as informações sobre aquele lugar.

Entretanto, como alguém que não enxerga pode achar uma placa de sinalização ou um mapa tátil? Na verdade, essa questão é resolvida por meio de pisos táteis, uma espécie de tapete em PVC ou em borracha, que indica se a pessoa pode seguir em frente, por exemplo. São os chamados pisos direcionais, reconhecidos por conter pequenos retângulos de pontas arredondadas em alto relevo; e os de advertência, informação ou perigo, identificados por suas pequenas bolas. "No momento em que pisam no tapete de advertência, os cegos ou aqueles que têm alguma deficiência visual sabem que é para procurar a sinalização", explica Fernando. Embora os pisos táteis não sejam fabricados na DAS Quinta Comunicação, são comercializados pela empresa.

Em função do trabalho realizado, que permite maior autonomia a pessoas com deficiência visual, Dan atualmente é um embaixador do movimento Choice, a maior rede de universitários engajados em negócios de impacto social do Brasil. Criada em 2011 para disseminar a discussão sobre o tema nas universidades, o movimento convida universitários, inovadores e empreendedores a participarem do grupo daqueles que pretendem mudar a forma de fazer negócios e contribuir para criar um país com iguais oportunidades para todos.

 

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