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Publicado em: 26/12/2013

Parceria Capes/FAPERJ resulta em mais um edital

Lécio Augusto Ramos

Ruy Marques (esq.), Eliete Bouskela, Jorge Guimarães e Jerson Lima    durante assinatura de acordo de cooperação técnica Capes/FAPERJ

Dados da última avaliação trienal, divulgados recentemente pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), reforçam a qualidade dos cursos de pós-graduação das instituições de ensino superior (IES) em todo o País, desempenho que foi particularmente positivo no caso do estado do Rio de Janeiro. Segundo dados da Capes, enquanto a média de crescimento no País em relação à avaliação anterior (2010) foi de 18,6%, no Rio de Janeiro o percentual de crescimento foi de 19%. "Segundo essa avaliação, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) é a segunda colocada nacional, com conceitos 6 e 7, com um terço do total dos seus 99 cursos avaliados, e atrás apenas da Universidade de São Paulo (USP). Outros pontos a destacar são o crescimento da performance da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que teve três programas avaliados com conceito 7: educação, fisiologia clínica e experimental, e saúde coletiva; e a performance da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), que obteve seu primeiro conceito 6 num curso de pós-graduação, conferido ao programa de genética e melhoramento de plantas", analisou o presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães, que compareceu, na última sexta-feira, 20 de dezembro, à última reunião do Conselho Superior da Fundação, para assinatura do novo acordo de cooperação técnica entre as duas instituições. Como resultado desse acordo, está sendo lançado, nesta quinta, 26 de dezembro, a terceira edição do programa de Apoio ao Pós-Doutorado no Rio de Janeiro (PAPDRJ), parceria entre as duas instituições.

"É um enorme prazer assinar um acordo como este novamente. Os principais avanços da C&T no Brasil, ao logo da história foram obtidos pelo crescimento da qualidade dos cursos de pós-graduação. No último triênio, 23% das notas nacionais dos cursos de pós-graduação em todo o País cresceram, e apenas 8% delas desceram", prosseguiu Jorge Guimarães.

Para Ruy Marques, o PAPD é imprescindível e estratégico para a consolidação do crescimento da pesquisa no estado. Ele ainda adiantou algumas ações da FAPERJ para o próximo ano. "Esperamos contar com uma extensão do recém-lançado doutorado sanduíche reverso para estágios de doutorandos advindos de outros estados brasileiros", destacou. Ele também falou sobre a criação de uma versão mais ousada do edital Pensa Rio, voltado a apoiar temas estratégicos e relevantes para o governo do estado. "Teremos uma edição ampliada, com recursos na ordem de R$ 60 milhões, com três anos para desenvolvimento dos projetos contemplados. A partir de uma pré-seleção realizada on-line, em uma avaliação presencial, os proponentes realizariam curtas apresentações orais de seus projetos de pesquisa para um Comitê com especialistas estrangeiros", afirmou.

O acordo firmado pela Capes e a FAPERJ prevê oferecer bolsas de pós-doutorado e taxas de bancada para pesquisadores nas instituições de ensino superior (IES) pelo programa PAPD. A vigência das bolsas está prevista para ter início em abril de 2014. Os coordenadores dos cursos de pós-graduação que tiverem bolsistas contemplados com bolsas de pós-graduação ainda poderão concorrer a um segundo edital, o "Equipamento Solidário", voltado para apoiar a aquisição de equipamentos de pequeno e médio porte.

 

Programa de Apoio ao Pós-Doutorado (PAPD) – 2013

Lécio Augusto Ramos

Membros do Conselho Superior participam da última reunião de 2013

Para promover a fixação temporária de jovens doutores que atuem em pesquisas científicas, tecnológicas ou no campo da inovação, a FAPERJ e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) lançam nesta quinta-feira, 26 de dezembro, o último edital de 2013, completando os 45 editais inicialmente programados: o programa de Apoio ao Pós-Doutorado no Rio de Janeiro (PAPDRJ). O edital dá prosseguimento ao acordo para cooperação técnica e acadêmica fechado entre as duas agências de fomento, como forma de reforçar a pós-graduação e grupos de pesquisa sediados no estado, estimulando a renovação de quadros nas universidades e instituições de pesquisa fluminenses.

Tendo como parâmetro as premissas que originalmente instituíram o Plano Nacional de Pós-Doutorado, os projetos submetidos deverão atender a, pelo menos, a um dos seguintes princípios: aumentar qualitativa e quantitativamente o desempenho científico e tecnológico do estado, contribuindo assim para a competitividade internacional da pesquisa brasileira; objetivar a formação de recursos humanos para ensino, pesquisa e inovação; contemplar a inovação, ter relevância regional ou estar inserido em uma política de desenvolvimento do Estado; e estar relacionado à inovação e ao incremento da cooperação científica com empresas.

As propostas devem ser submetidas pelos orientadores dos programas de pós-graduação, que prioritariamente sejam pesquisadores 1 do CNPq ou Cientista do Nosso Estado da FAPERJ – também poderão ser feitas solicitações por pesquisadores nível 2 do CNPq ou de Jovens Cientistas do Nosso Estado da FAPERJ –, associados a instituições de ensino superior, centros e institutos de pesquisa fluminenses, reconhecidos pela Capes. Os projetos inscritos já deverão apresentar a indicação dos candidatos que receberão as bolsas previstas neste edital . Caso ainda não tenham concluído o doutoramento, os candidatos às bolsas precisam ao menos estar com defesa de tese marcada para, no máximo, 30 de março de 2014, atestada em documento comprobatório.

A prioridade para apoio será para projetos que envolvam programas de pós-graduação em instituições de ensino superior, vinculados ou não a empresas, para a formação e para a consolidação da formação de pós-graduandos para o ensino e para a pesquisa; para programas de pós-graduação de centros ou institutos de pesquisa, vinculados ou não a empresas, para o desenvolvimento de patentes e outros; os projetos que contem com o apoio adicional ao bolsista.

Com um total de recursos da ordem de R$ 66.900.000 – oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), do Tesouro Nacional e do Tesouro do Estado do Rio de Janeiro –, o programa concederá cem bolsas de pós-doutorado, no valor de R$ 4.100 mensais. Cada um dos bolsistas receberá ainda R$ 1.000 mensais a título de taxa de bancada para projetos, durante os cinco anos de vigência para as bolsas. Como forma de incentivo ao melhor aproveitamento da dedicação dos bolsistas ao projeto aprovado, a esses valores poderão se somar recursos com origem em institutos de pesquisa, instituições de educação superior, as empresas, as fundações universitárias, as organizações não-governamentais e outras entidades interessadas, a título de contrapartida ao projeto.

Os recursos de taxas de bancada poderão financiar tanto despesas de capital, como equipamentos e material permanente necessário ao desenvolvimento do projeto e ao funcionamento de laboratório; quanto despesas de custeio, como serviços de terceiros (pessoa física): despesas com hospedagem e passagens para a participação em eventos acadêmicos de curta duração, destinadas ao bolsista, e despesas com a realização de trabalho de campo e treinamento em novas técnicas de laboratório; serviços de terceiros (pessoa jurídica) para a produção de materiais didático-instrucionais, editoração gráfica, material de divulgação de atividades exclusivamente ligadas ao projeto, manutenção de equipamentos, funcionamento de laboratório; e material de consumo necessário ao desenvolvimento do projeto e ao funcionamento de laboratório. Outras despesas serão de responsabilidade da instituição onde o projeto está sendo realizado, como contrapartida.

Com prazo para inscrição on-line de propostas se estendendo até o dia 20 de fevereiro de 2014, a divulgação dos resultados está prevista para ser feita a partir de 27 de março. As bolsas deverão entrar em vigor a partir de 1� de abril do próximo ano.

 

Confira a íntegra do edital Apoio ao Pós-Doutorado (PAPD)