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Publicado em: 17/05/2004
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Uenf lança tecnologia para síntese de diamantes

Pesquisadores do Laboratório de Materiais Avançados (Lamav) da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) lançam, dia 15 de maio, uma tecnologia experimental para a síntese de diamantes. A apresentação em nível nacional desse processo será neste sábado, a partir das 16h, na feira de negócios Top Norte, promovida pelo Sebrae/RJ, no Parque de Exposições da Fundação Rural, em Campos.

 

Com o método desenvolvido pela Uenf, o Brasil passa a ser o primeiro país da América do Sul a dominar a tecnologia para síntese de diamantes. O produto é sintetizado a partir da mistura de pós de grafite e de uma ligasolvente, ambos nacionais.  A primeira síntese de diamante sintético no Brasil foi realizada, em 1987, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Entretanto, com o processo desenvolvido na Uenf, o Brasil passa a contar com tecnologia para a produção industrial. 

 

A síntese de diamantes é de extrema importância para o Brasil que, segundo dados do Departamento de Produção Mineral (DNPM), importou 6 toneladas de diamante em pó, apenas em 2002. Isso representa gastos da ordem de R$ 60 milhões.  O produto é utilizado na fabricação de equipamentos e ferramentas, como brocas de perfuração usadas na indústria petrolífera e em discos de corte.

 

“O diamante está em quase todos os ramos da indústria, desde a metal-mecânica até a produção de madeira. Pelo menos 60% da indústria  brasileira necessita de diamante, mas ainda importa toda a matéria-prima de que precisa”, explica o pesquisador russo Guerold S. Bobrovntichii, que lidera o grupo de cientistas que desenvolveu a tecnologia. 

 

Os estudos para a síntese de diamante começaram a ser desenvolvidos em 1998. O projeto ganhou impulso há quatro anos, graças ao apoio da FAPERJ. A partir de então, os pesquisadores do Setor de Materiais Superduros (SMDS) do Lamav conseguiram sintetizar 10 mil quilates de diamante, o que equivale a 2 Kg.

 

Além de desenvolver a nova tecnologia, as pesquisas do SMDS resultaram no registro de uma patente do método de fabricação de um dispositivo resistente à alta pressão, que é utilizado para síntese do pó de diamante. Os estudos também deram origem a cerca de 70 trabalhos científicos e a 16 publicações em revistas nacionais e internacionais.

 

Durante as pesquisas, a Uenf formou profissionais para continuar aprimorando o processo três doutores, seis mestres e 15 engenheiros de materiais e desenvolveu tecnologias específicas para construção de dispositivos de alta pressão, cápsulas deformáveis e outros componentes utilizados no processo de síntese.

 

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