Elena Mandarim
Caio Meira |
No espaço da FAPERJ são apresentados, principalmente, livros, CDs e DVDs editados com apoio do APQ 3 |
Como destaca a coordenadora, a grande novidade na participação da Fundação deste ano foi a "Conversa com o autor": quatro autores de livros editados com apoio do programa foram convidados para o espaço da FAPERJ para conversar com seus leitores e, principalmente, para divulgar seu trabalho diretamente junto ao público. "A ideia agora é repetir e ampliar a iniciativa durante a realização da 3 Feira FAPERJ de Ciência, Tecnologia e Inovação, que está prevista para acontecer entre 10 e 12 de outubro. Na ocasião, teremos até um espaço para a exibição de vídeos", adianta Mônica.
Para a coordenadora, a presença da FAPERJ na Bienal tem sido importante para divulgar a importância do programa APQ 3, que ganhou maior visibilidade entre os visitantes. "Muitos tomaram conhecimento de obras específicas, de diferentes especialistas, em diferentes áreas e instituições, e perceberam que, pelo catálogo do APQ 3, podiam procurar livros que dificilmente seriam encontrados no mercado editorial, por não serem considerados de interesse comercial. Isso atraiu principalmente os estudantes – tanto do ensino médio, da graduação e da pós-graduação – e até mesmo entre professores." Como observou Mônica, um dos livros que mais chamou a atenção desse público foi Química Hoje, organizado por Angelo da Cunha Pinto e Alicia Ivanissevich, assim como Envelhecimento e Representações Sociais, organizado por Luiz Fernando Rangel Tura e Antonia Oliveira Silva, além de diversos títulos sobre história e educação.
Lécio Augusto Ramos |
No espaço destinado à FAPERJ, o público pode conhecer e tirar dúvidas sobre as modalidades de fomento |
Para Mônica, outro ponto importante foi que a EdUerj aproveitou a ocasião para fazer um relançamento de 18 livros publicados com recursos da FAPERJ em 2012 e 2013. Entre eles, Nelson Rodrigues: persona, de Maria Cristina Batalha, que investiga os traços mais importantes do universo rodrigueano; Estudos ambientais em regiões metropolitanas: São Gonçalo, organizado por Marcelo Guerra Santos, que traz os resultados do I Simpósio Ambiental do Leste Metropolitano do Rio de Janeiro; Direitos Humanos e suas interfaces nas políticas sociais, organizado por Maria Cristina Leal e Silene de Moraes Freire, que mostra diversas discussões sobre a temática dos direitos humanos e políticas sociais na América Latina; e ainda Ética e pesquisa com populações vulneráveis, organizado por Stella Taquette – assessora da presidência da FAPERJ – e Célia Pereira Caldas, fomentando a discussão sobre os atuais limites éticos para quem lida com populações vulneráveis.
Conversa com autores
Nada melhor para conhecer uma obra literária do que poder trocar ideias com o autor. Com essa proposta, a FAPERJ organizou "Conversa com autores", no sábado, 31 de agosto, e na terça-feira, 3 de setembro. Para o professor William Soares, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que apresentou o livro A entrevista na pesquisa qualitativa, voltado para profissionais e pesquisadores, "seu grande diferencial é mostrar formas de trabalhar com a entrevista em diversas áreas do conhecimento e não apenas nas áreas de humanas, como linguística e jornalismo". "A Conversa com autores, durante a Bienal, foi também uma excelente oportunidade para a troca de ideias com pesquisadores de outros estados e de diferentes áreas do conhecimento", relata Soares.
Lécio Augusto Ramos |
Para William Soares, a "Conversa com autores" também permitiu a troca de ideias com pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento |
Já na terça-feira, 3 de setembro, foi a vez de Amilcar Araujo Pereira, da UFRJ, conversar com público sobre O mundo negro – relações raciais e constituição do movimento negro no Brasil, que também reúne resultados da sua tese de doutorado. Para Amilcar, o evento na Bienal foi interessante para promover seu livro diretamente com o público. "Tive a oportunidade de conversar com os presentes sobre como a minha pesquisa foi desenvolvida, parte no Brasil e parte nos Estados Unidos. Esse intercâmbio, inclusive, foi bastante importante para algumas das principais conclusões do estudo. Pela análise de várias reportagens do acervo jornalístico norte-americano, por exemplo, foi possível entender que a Frente Negra Brasileira, uma organização criada em São Paulo, em 1931, exerceu influência sobre negros norte-americanos, ainda na década de 1930", explica o pesquisador. E o inverso também ocorreu, uma vez que a luta pelos direitos civis dos negros americanos, dos anos 1960 e 1970, também influenciou a criação de grupos do movimento negro brasileiro.
Caio Meira |
Para Amílcar Pereira, o evento na Bienal foi uma oportunidade |
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